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Em leilão disputado, governo garante R$ 18,2 bilhões em investimentos em transmissão de energia

Leilão desta quinta (28) é o segundo com mais investimentos contratados da história. Valores são remunerados por receita fixada e têm reflexos na conta de luz. O governo federal garantiu R$ 18,2 bilhões em investimentos na construção de linhas de transmissão de energia, em leilão realizado nesta quinta-feira (28) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em São Paulo. Todos os lotes foram arrematados, em um certame disputado por mais de 20 empresas e consórcios. A Eletrobras saiu como a principal vencedora do leilão, e garantiu quatro dos 15 lotes. Veja as vencedoras: Lote 1 (obras no Ceará e Piauí) - Eletrobras Lote 2 (Piauí) - Grupo EDP Lote 3 (Ceará) - Eletrobras Lote 4 (Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas) - FIP Warehouse Lote 5 (Ceará, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Bahia) - Eletrobras Lote 6 (Bahia e Minas Gerais) - FIP Warehouse Lote 7 (Bahia, Tocantins e Piauí) - Grupo EDP Lote 8 (Rio de Janeiro) - Brasiluz Lote 9 (Santa Catarina) - Eletrobras Lote 10 (São Paulo) - Cox Brasil Lote 11 (Mato Grosso do Sul) - Consórcio Paraná IV Lote 12 (Maranhão e Piauí) - Energisa Lote 13 (Piauí, Maranhão e Tocantins) - Grupo EDP Lote 14 (Bahia) - FIP Warehouse Lote 15 (Minas Gerais) - Consórcio Olympus XVII O leilão prevê a construção de 6.464 quilômetros de novas linhas, com a estimativa de criação de 34,9 mil empregos, segundo a Aneel. O leilão é feito por deságio. Ou seja, arremata o lote a empresa que oferecer a menor Receita Anual Permitida (RAP) – valor fixado para remunerar os investimentos feitos. O sistema elétrico é organizado em geração, transmissão e distribuição. As usinas geradoras de energia se conectam à rede de transmissão, que corta o país e é operada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Por meio de leilões, o governo contrata a construção e manutenção das linhas de transmissão por meio de leilões. As usinas conectadas ao sistema usam essas linhas para fornecer energia. Com o sucesso do certame, o leilão de transmissão desta quinta-feira (28) é o segundo com mais investimentos contratados da história. O topo do ranking é ocupado pelo certame realizado em dezembro do ano passado, que movimentou R$ 19,7 bilhões. O recorde anterior havia sido estabelecido ainda em 2023, com o primeiro certame do ano, que contratou R$ 15,7 bilhões. Os investimentos bilionários em redes de transmissão estão associados à expansão das usinas de energia renovável no Brasil, principalmente solar e eólica no Nordeste e no norte de Minas Gerais. Leia mais: Oferta de energia cresce mais que consumo, e Brasil 'joga fora' excesso; entenda Governo quer prorrogar desconto em tarifas para usinas de energia renovável; entenda Para escoar a produção até os consumidores, concentrados na região Sudeste, o governo contrata a construção dessa infraestrutura. Os investimentos são remunerados pela Receita Anual Permitida (RAP) das transmissoras, fixada pela Aneel e com reflexos na conta de luz.

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Rei das criptomoedas é condenado a 25 anos de prisão por fraude nos EUA


Sam Bankman-Fried é fundador da FTX, corretora de criptomoedas que chegou a valer cerca de US$ 32 bilhões e foi uma das maiores do mundo antes de falir, em 2022. Sam Bankman-Fried ao deixar o fórum em Nova York na terça-feira (26) Mary Altaffer/AP O empresário Sam Bankman-Fried foi condenado a 25 anos de prisão por se apropriar de US$ 8 bilhões (R$ 40 bilhões) de clientes da FTX —corretora de criptomoedas que chegou a valer cerca de US$ 32 bilhões e foi uma das maiores do mundo antes de falir, no final do ano passado. O anúncio ocorreu nesta quinta-feira (28) no tribunal federal de Manhattan, em Nova York. A condenação já havia sido decidida em novembro —na ocasião, sem a definição da pena. "Ele sabia que estava errado", disse o juiz Lewis Kaplan antes de anunciar a sentença. "Ele sabia que era um criminoso (...) Mas ele não vai admitir nada, como é o seu direito." Bankman-Fried irá apelar da condenação e da sentença. Os promotores haviam pedido entre 40 e 50 anos de prisão para os crimes do empresário. Essa foi uma das maiores fraudes financeiras já registradas. O veredito veio pouco mais de um ano após a FTX ter feito um pedido de recuperação judicial, em um rápido colapso corporativo que chocou os mercados financeiros e fez derreter sua fortuna pessoal estimada em US$ 26 bilhões (R$ 130 bilhões). A sentença marcou a queda de Bankman-Fried de "rei das criptomoedas" e importante doador político para alvo de uma megaoperação das autoridades americanas numa investigação de fraude nos mercados de criptomoedas. . LEIA TAMBÉM De US$ 32 bilhões a zero: o que aconteceu com a gigante das criptomoedas FTX O ex-bilionário foi extraditado das Bahamas em dezembro de 2022, quando foi preso e solto logo em seguida, sob o pagamento de fiança. Ele voltou a ser preso em agosto de 2023, sob acusações de tentativa de manipulação de testemunhas do caso. O que aconteceu com a FTX? Os problemas da FTX começaram quando a mídia começou a noticiar que, para salvar a Alameda Research, um fundo de investimento também criado por Bankman-Fried, o executivo emprestou dinheiro da própria FTX para a empresa. As informações são de que ele utilizou os recursos dos clientes que estavam depositados na corretora para financiar a operação da Alameda, o que é ilegal — já que, embora sejam do mesmo dono, os negócios das empresas devem ocorrer de forma separada. A notícia veio à tona no começo de novembro de 2022, junto a um balanço patrimonial da Alameda. O documento revelava que cerca de US$ 14,6 bilhões eram mantidos em FTT (o token da FTX, uma espécie de moeda oficial da plataforma). Com isso, os clientes da corretora, começaram uma corrida para sacar seus depósitos, com medo de perderem seus recursos. Por não ter dólares suficientes para arcar com todos os saques, a FTX quebrou e entrou com um pedido de recuperação judicial na justiça americana em 11 de novembro de 2022. A companhia faliu e levou Bankman-Fried a perder tudo.

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Carga tributária recuou para 32,4% do PIB em 2023, estima Tesouro


Queda da carga tributária foi de 0,64 ponto percentual do PIB no ano passado, de acordo com estimativa do Tesouro Nacional. Crescimento da economia em 2023 ajudou no recuo do indicador. A carga tributária – ou seja, a proporção entre os impostos pagos e a riqueza total do país – somou 32,44% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, segundo estimativa divulgada nesta quinta-feira (28) pela Secretaria do Tesouro Nacional. No último ano, a arrecadação da União, dos estados e dos municípios somou R$ 3,52 trilhões, enquanto o PIB em valores correntes totalizou R$ 10,85 trilhões. Segundo o Tesouro, a carga tributária teve uma queda de 0,64 ponto percentual do PIB em relação ao valor registrado em 2022 – que foi de de 33,07% do PIB. O indicador atingiu, no ano passado, o menor nível desde 2020, quando somou 31,08% do PIB, segundo cálculos do Tesouro Nacional. A queda da carga tributária foi favorecida pelo crescimento da economia, que avançou 2,9% em 2023. O valor da carga tributária engloba tributos pagos ao governo federal, estados e municípios. A divisão é a seguinte: a carga tributária somente da União somou 21,99% do PIB no ano passado, contra 22,41% do PIB em 2022; no caso dos estados, a carga tributária estimada pelo Tesouro Nacional somou 8,12% do PIB em 2023, em comparação com 8,48% do PIB no ano anterior; os municípios, por sua vez, tiveram sua carga estimada em 2,32% do PIB em 2023, contra 2,18% do PIB no ano anterior. Comparação internacional Os números do Tesouro Nacional mostram que a carga tributária brasileira, no ano passado, se aproximou dos valores da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), formada por nações mais desenvolvidas, e ficou bem acima da média da América Latina. Comparação internacional da carga tributária Reprodução de estudo do Tesouro Nacional Estrutura da carga tributária Os dados mostram que a carga tributária brasileira se concentrou, principalmente, em impostos sobre bens e serviços (consumo) no último ano, seguido pela taxação da renda. Estrutura da carga tributária brasileira Reprodução de estudo do Tesouro Nacional Determinação da CGU De acordo com o Tesouro Nacional, a estimativa é feita por conta de uma determinação da Controladoria Geral da União (CGU), e segue o padrão do Manual de Estatísticas de Finanças Públicas de 2014 do Fundo Monetário Internacional (FMI). A instituição explicou que a CGU precisa dos dados para utilizar na prestação das contas do presidente da República que será analisada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pelo Congresso Nacional. O Tesouro Nacional lembra, porém, que a Secretaria da Receita Federal do Brasil é a área responsável pela publicação do dado oficial da carga tributária no Brasil. Esse documento geralmente divulgado somente no segundo semestre deste ano. "Inflação estável e crescimento revisto pra cima" diz Míriam Leitão sobre relatório do Banco Central

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Dólar chega a R$ 5, de olho em dados dos EUA e do Brasil; Ibovespa opera em alta


Na véspera, a moeda norte-americana recuou 0,07%, cotada a R$ 4,9787. Já o principal índice acionário da B3 encerrou em alta de 0,65%, aos 127.691 pontos. Cédulas de dólar Pexels O dólar opera em alta nesta quinta-feira (28) e já batia na casa dos R$ 5, conforme investidores repercutiam a divulgação de dados econômicos no Brasil e nos Estados Unidos. Por aqui, o foco fica com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central também ficava no radar. (veja mais abaixo) Já nos Estados Unidos, o país revisou o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do último trimestre do ano passado, de 3,2% para 3,4%. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa brasileira, a B3, operava em alta. Veja abaixo o resumo dos mercados. Dólar Às 14h13, o dólar subia 0,46%, cotado a R$ 5,0016. Na máxima, chegou a R$ 5,0071. Veja mais cotações. Vale lembrar que a sessão pode ser mais volátil no mercado cambial nesta quinta-feira, por conta da formação da taxa Ptax de fim de mês. A Ptax é uma taxa de câmbio calculada pelo Banco Central que serve de referência para a liquidação de contratos futuros. No fim de cada mês, agentes financeiros costumam tentar direcioná-la para níveis mais convenientes às suas posições, sejam elas compradas ou vendidas em dólar. No dia anterior, a moeda norte-americana teve queda de 0,07%, cotada a R$ 4,9787. Com o resultado, acumulou: queda de 0,40% na semana; ganho de 0,13% no mês; avanço de 2,60% no ano. Ibovespa Na mesma hora, o Ibovespa operava em alta de 0,21%, aos 127.957 pontos. Na véspera, o índice teve alta de 0,65%, aos 127.691 pontos. Com o resultado, acumulou: alta de 0,52% na semana; queda de 1,03% no mês; recuo de 4,84% no ano. Entenda o que faz o dólar subir ou descer DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? O que está mexendo com os mercados? Em uma a agenda cheia antes do feriado, investidores repercutem uma série de indicadores nacionais e internacionais. Por aqui, o Banco Central elevou de 1,7% para 1,9% sua estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. A informação consta do relatório de inflação do primeiro trimestre, divulgado nesta quinta-feira (28). "A revisão moderada reflete, principalmente, dinamismo levemente maior que o esperado da economia no início do ano, como sugerem os indicadores disponíveis", informou o BC. O BC também manteve a sua estimativa para a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em 3,5% para 2024. A meta de inflação deste ano é de 3%, e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%. Segundo a instituição, a probabilidade estimada de a inflação ultrapassar o limite superior do intervalo de tolerância da meta de inflação deste ano, que é de 4,5%, é de 19%. Além disso, o mercado também repercute os novos dados de emprego no país. A taxa de desemprego no Brasil foi de 7,8% no trimestre encerrado em fevereiro, uma alta de 0,3 ponto percentual em relação ao trimestre anterior. Ontem, o Ministério do Trabalho e Emprego informou que o país criou 306,1 mil empregos formais em fevereiro deste ano. O número representa uma melhora em comparação ao mesmo mês do ano passado, quando foram gerados 252,5 mil empregos com carteira assinada (valor ajustado), um aumento de 21,2%. Já no exterior, as atenções continuam voltadas para os dados de inflação dos EUA, que saem no final desta semana. A expectativa é de alta de 0,3% em fevereiro do índice PCE sobre o mês anterior e de 2,8% na base anual. Analistas entendem que qualquer número mais alto será considerado como um revés para as apostas de um corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em junho. Entre os indicadores, a expansão do PIB do quarto trimestre do ano passado foi revisada para uma taxa anualizada de 3,4%, ante os 3,2% relatados antes. Já os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram para 210.000 na semana encerrada em 23 de março. Dados de confiança do consumidor nos EUA também ficam sob os holofotes.

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Desemprego sobe a 7,8% no trimestre terminado em fevereiro, diz IBGE


Taxa cresceu 0,3 ponto percentual em relação ao período anterior. Desemprego atinge 8,5 milhões de pessoas. O número veio dentro das projeções do mercado financeiro. Desemprego sobe a 7,8% no trimestre terminado em fevereiro, diz IBGE A taxa de desemprego no Brasil foi de 7,8% no trimestre encerrado em fevereiro, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta quinta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação ao trimestre imediatamente anterior, houve alta de 0,3 ponto percentual na desocupação, que era de 7,5%. No mesmo trimestre de 2023, a taxa era de 8,6%. O número veio dentro das projeções do mercado financeiro para o trimestre. Com os resultados, o número absoluto de desocupados cresceu 4,1% contra o trimestre anterior, atingindo 8,5 milhões de pessoas. Na comparação anual, o recuo é de 7,5%. Entre dezembro e fevereiro, houve estabilidade na população ocupada em 100,2 milhões de pessoas. No ano, o aumento foi de 2,2%, com mais 2,1 milhões de pessoas ocupadas. Com a ocupação estável, o IBGE destaca que a alta na taxa de desocupação se deveu especificamente ao aumento da procura por trabalho. "Em início de ano, há um processo de dispensas de temporários e de redução de velocidade da atividade econômica. Isso dificulta a reabsorção dos trabalhadores no mercado de trabalho. Mas comparando com o panoramoa de um ano atrás, o cenário ainda é de expansão", afirma Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE. O percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar — chamado de nível da ocupação — foi estimado em 57,1%, um recuo de 0,3 ponto percentual frente ao trimestre anterior. Em relação ao mesmo período do ano anterior, a alta é de 0,7 p.p. Já o número de pessoas dentro da força de trabalho (soma de ocupados e desocupados), ficou estável no trimestre, estimado em 108,8 milhões. A população fora da força totalizou 66,8 milhões, crescimento de 0,4%. Veja os destaques da pesquisa Taxa de desocupação: 7,8% População desocupada: 8,5 milhões de pessoas População ocupada: 100,25 milhões População fora da força de trabalho: 66,8 milhões População desalentada: 3,7 milhões Empregados com carteira assinada: 37,99 milhões Empregados sem carteira assinada: 13,3 milhões Trabalhadores por conta própria: 25,4 milhões Trabalhadores domésticos: 5,9 milhões Trabalhadores informais: 38,8 milhões Taxa de informalidade: 38,7% Flourish - visualisation/13577753?1142165 Carteira assinada bate recorde Na série comparável, houve recorde de trabalhadores com carteira de trabalho assinada, com 37,99 milhões. Segundo o IBGE, a formação de vagas formais foi justamente o que impediu um aumento mais relevante do desemprego no país. Na quarta-feira (27), o Ministério do Trabalho e Emprego informou que o país gerou criou 306,11 mil empregos formais em fevereiro deste ano, uma alta de 21,2% frente ao mesmo mês de 2023. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) não incluem os informais e são coletados das empresas quee abarcam o setor privado. Os dados da Pnad são obtidos por meio de pesquisa domiciliar e abrangem também o setor informal da economia. Assim, os resultados não são comparáveis, mas nesse caso apontam para direções parecidas ao apontar expansão das vagas formais. O número de empregados sem carteira não teve variação significativa no trimestre, na casa dos 13,3 milhões. Por outro lado, o contingente de informais caiu de 39,4 milhões para 38,8 milhões. Quem também contribui para o resultado pior de desemprego é o aumento do número de pessoas desalentadas, chegou a 3,7 milhões de pessoas. Trata-se de uma alta de 8,7% contra o trimestre anterior, primeira alta desse contingente desde o trimestre móvel encerrado em abril de 2021. Rendimento em alta O rendimento real habitual teve alta frente ao trimestre anterior, de 1,1%, e passou a R$ 3.110. No ano, o crescimento foi de 4,3%. Já a massa de rendimento real habitual foi estimada em R$ 307,3 bilhões, mais um recorde da série histórica do IBGE. O resultado teve variação inexpressiva frente ao trimestre anterior, e cresceu 6,7% na comparação anual. "O crescimento do rendimento tem a ver com um processo de expansão, e se deve não apenas ao crescimento da população ocupada em si, mas a um crescimento via trabalho formal. Até mesmo onde o rendimento está caindo, o ramo em questão é de trabalhadores de contratos temporários e menor renda", diz Beringuy, do IBGE. Carteira de Trabalho. Reprodução/Internet

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Banco Central sobe para 1,9% previsão de crescimento do PIB em 2024

Informação consta no relatório de inflação primeiro trimestre deste ano, divulgado pela instituição. BC estima que inflação somará 3,5% neste ano, acima da meta central, mas dentro do intervalo de tolerância. O Banco Central elevou de 1,7% para 1,9% sua estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. A informação consta do relatório de inflação do primeiro trimestre, divulgado nesta quinta-feira (28). O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos no país, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira. "A revisão moderada reflete, principalmente, dinamismo levemente maior que o esperado da economia no início do ano, como sugerem os indicadores disponíveis", informou o Banco Central. Se o PIB cresce, significa que a economia vai bem e produz mais. Se o PIB cai, quer dizer que a economia está encolhendo. Ou seja, o consumo e o investimento total é menor. Nem sempre, entretanto, a alta do PIB equivale a bem-estar social. O aumento na projeção ocorre após o anúncio de que a economia brasileira cresceu 2,9% no ano passado. O resultado ficou acima do esperado pelo mercado financeiro. Com isso, o resultado para o PIB de 2024 estimado pelo BC também representará, se confirmado, uma desaceleração em relação ao patamar do ano passado. Com o aumento, a projeção do BC para o crescimento da economia brasileira neste ano passou a ficar um pouco acima da expectativa do mercado – que viu, na semana passada, uma alta de 1,85% para o PIB em 2024. Já o Ministério da Fazenda estimou, na semana passada, que o Produto Interno Bruto terá um crescimento de 2,2% neste ano. "Inflação estável e crescimento revisto pra cima" diz Míriam Leitão sobre relatório do Banco Central Inflação O Banco Central também manteve a sua estimativa para a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em 3,5% para 2024. A meta de inflação deste ano é de 3%, e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%. Segundo a instituição, a probabilidade estimada de a inflação ultrapassar o limite superior do intervalo de tolerância da meta de inflação deste ano, que é de 4,5%, é de 19%. Já para o ano de 2025, a estimativa de inflação do Banco Central subiu permaneceu em 3,2%. Para aquele ano, a meta de inflação é de 3%, podendo oscilar entre 1,5% e 4,5%. E, para 2026, o governo estimou que o IPCA, a inflação oficial, ficou estável também em 3,2%. Para esse ano, a meta de inflação é de 3%, podendo oscilar entre 1,5% e 4,5%. Para definir a taxa básica de juros, atualmente em 10,75% ao ano, e tentar conter a alta dos preços, o BC já está mirando, neste momento, na meta do ano que vem, e também em 12 meses até meados de 2025. Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso porque os preços dos produtos aumentam, sem que o salário acompanhe esse crescimento.

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Governo quer prorrogar desconto em tarifas para usinas de energia renovável; entenda

Empresas vão ter mais três anos para construir centrais com garantia de desconto nas tarifas de uso da rede. Regra consta em minuta de medida provisória obtida pelo g1. O governo federal deve editar nos próximos dias uma medida provisória que prorroga, por mais 36 meses, o prazo para usinas de energia renovável receberem descontos no uso da rede geral de eletricidade. A medida consta na minuta da MP, obtida pelo g1. Com isso, o governo tenta resolver a fila de empreendimentos renováveis aguardando capacidade de escoamento de energia no sistema nacional. No mesmo texto, o governo estabelece transferências de recursos previstos na privatização da Eletrobras para reduzir as tarifas de energia. Para contar com a extensão de prazo, as usinas precisão transferir uma “garantia de fiel cumprimento” ao governo no valor de 5% do empreendimento. O montante será destinado à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Segundo o governo, o objetivo da medida é incentivar a implantação dos projetos – o que, nas contas da área técnica, poderia viabilizar R$ 165 bilhões em investimentos e mais de 400 mil empregos. Entenda a proposta A fila de usinas sem garantia de escoamento da energia produzida é consequência de uma lei publicada em março de 2021 e do decreto que a regulamenta. A lei encerra gradativamente os descontos nas tarifas de uso dos sistemas de distribuição e transmissão – que são subsidiados e fazem parte de um dos encargos na conta de luz. Entenda a sua conta de luz Além disso, o texto estabeleceu que os empresários que quisessem contar com os descontos deveriam apresentar o pedido à Aneel no prazo de 12 meses – o que gerou uma “corrida ao ouro” por parte das usinas. O cenário foi intensificado graças a um decreto editado pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2021. O texto flexibilizou o processo de autorização, o que aumentou o número de usinas autorizadas, mas que não conseguiriam operar por falta de capacidade no sistema. Depois de terem seus pedidos aceitos pela Aneel, as usinas precisavam entrar em operação em até 48 meses. É esse prazo que o governo pretende estender, dando mais três anos para a conclusão dos empreendimentos. Falta de capacidade no sistema O sistema elétrico é organizado em geração, transmissão e distribuição. As usinas geradoras de energia se conectam à rede de transmissão, que corta o país e é operada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). O governo contrata a construção e manutenção das linhas de transmissão por meio de leilões. As usinas conectadas ao sistema usam essas linhas para fornecer energia. Por causa da quantidade de usinas que estão sendo construídas, incentivadas pelos subsídios, os leilões têm batido recordes sucessivos de investimentos previstos. Nesta quinta-feira (28), a Aneel promove o primeiro leilão de transmissão de 2024, com previsão de R$ 18,2 bilhões. Temperaturas altas sobrecarregam sistema elétrico e causam oscilações de energia

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Governo quer reduzir conta de luz em 3,5% em 2024 ao pagar empréstimos das distribuidoras; entenda

Rascunho de MP obtido pelo g1 também tenta resolver aumento na tarifa de energia do Amapá, que se tornou um problema político para o governo Lula. O governo pretende reduzir a conta de luz em 3,5% neste ano com o pagamento dos empréstimos feitos pelas distribuidoras por conta da pandemia e da crise hídrica de 2021. A informação consta em minuta de medida provisória obtida pelo g1. Para chegar a esse efeito de redução na conta, o governo quer antecipar pagamentos previstos na lei de privatização da Eletrobras e destiná-los ao pagamento da "conta Covid" e da "conta escassez hídrica". Essas contas são fruto de transações de emergência às distribuidoras para lidar com custos adicionais da pandemia – que gerou crise econômica e aumento da inadimplência – e da escassez hídrica entre 2020 e 2021, quando a falta de chuva obrigou as empresas a contratar energia mais cara. Agora, o custo desses empréstimos tem sido uma parcela dos reajustes tarifários, com efeitos sobre a conta de luz. Governo quer prorrogar desconto em tarifas para usinas de energia renovável; entenda A medida provisória também pretende solucionar o aumento da tarifa de energia do Amapá, que se tornou um problema político para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) (entenda mais abaixo). Segundo interlocutores do governo, o texto está finalizado e aguarda publicação no Diário Oficial da União. Entenda a proposta em três perguntas e respostas: De onde virão os recursos? Como serão utilizados? Como a medida resolve o problema do Amapá? Entenda a sua conta de luz De onde virão os recursos? Para reduzir as tarifas, o governo pretende transferir recursos de três fontes: fundos regionais da Eletrobras Esses fundos foram criados pela lei que permitiu a privatização da Eletrobras, publicada em 2021. O texto estabelece que a empresa vai destinar recursos para a recuperação de bacias hidrográficas afetadas por suas atividades. Com a medida que o governo pretende publicar, a União vai poder transferir parte desses montantes para as tarifas de energia. Os valores serão propostos pelo Ministério de Minas e Energia em até 30 dias depois da publicação da medida e aprovados pelos comitês gestores dos fundos. Os recursos são: R$ 350 milhões por ano ao longo de 10 anos, transferidos pelas usinas da Eletrobras na bacia do Rio São Francisco; R$ 295 milhões por ano ao longo de 10 anos, transferidos pela Eletronorte; R$ 230 milhões por ano ao longo de 10 anos, transferidos pelas usinas de Furnas. De acordo com o governo, esse dinheiro será usado para amenizar o impacto dos reajustes nas tarifas de energia do consumidor que compra da distribuidora local, o chamado “mercado regulado” ou “cativo”. antecipação das transferências da Eletrobras para a conta de subsídios Também por conta de sua privatização, a Eletrobras deve transferir para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) cerca de R$ 32 bilhões ao longo de 25 anos. A CDE congrega subsídios na conta de luz e é um dos fatores que mais tem pesado para o aumento das tarifas. Em 2022, a empresa fez uma transferência inicial de R$ 5 bilhões. Os demais depósitos seriam anuais, no valor de cerca de R$ 1 bilhão. Agora, o governo quer antecipar novamente essas transferências. Contudo, o valor ainda não está fechado. O texto ao qual o g1 teve acesso diz apenas que a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) está autoriza a negociar a antecipação, “mediante diretrizes” do governo. Entenda como a privatização da Eletrobras impacta na conta de luz investimentos obrigatórios em pesquisa, desenvolvimento e eficiência energética As distribuidoras têm que destinar parte de sua receita operacional líquida em projetos de pesquisa, desenvolvimento e eficiência energética. A proposta do governo é utilizar uma parcela dos recursos que não tenham sido destinados a projetos contratados ou iniciados até 1º de setembro de 2020, ou que não tenham iniciado sua execução. Como os recursos serão aplicados? Os montantes dos fundos regionais da Eletrobras só poderão ser aplicados para reduzir as tarifas dos estados localizados na área de influência de cada fundo. Ou seja, os estados do Norte, Nordeste e Sudeste. Já a antecipação dos depósitos da Eletrobras na conta de subsídios, a CDE, será destinada à redução das tarifas. A prioridade será a quitação antecipada dos empréstimos da conta Covid e da conta escassez hídrica, cujo impacto deve ser de 3,5% na conta de luz em 2024. Os recursos dos investimentos obrigatórios, por sua vez, serão destinados às tarifas de energia ou à CDE. A definição será do Ministério de Minas e Energia. Como a medida resolve o problema do Amapá? No ano passado, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) chegou a colocar em consulta pública uma proposta de reajuste médio de 44% na energia do Amapá -- aumento que levaria o estado ao topo da lista das maiores tarifas do país. Depois da consulta, o valor médio caiu para 34% --ainda considerado alto. Na terça-feira (26), a Aneel decidiu congelar as tarifas no estado e esperar a medida provisória prometida pelo governo. Diante da repercussão política, a resposta do governo Lula é usar o fundo regional do Norte para reduzir a tarifa do Amapá. Contudo, o texto ao qual o g1 teve acesso não esclarece se isso será feito exclusivamente por meio do pagamento dos empréstimos ou se haverá um aporte maior no Amapá. A intenção é reduzir a conta para patamar similar aos outros estados da região. Em dezembro de 2023, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse em evento no estado que o governo usaria R$ 350 milhões dos recursos para pagar os empréstimos.

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Ovos de Páscoa: uma viagem através dos séculos, da nobreza aos chocolates


O podcast 'De onde vem o que eu como' explica o costume que evoluiu ao longo dos séculos, desde ovos de materiais preciosos até os ovos de chocolate que conhecemos hoje. No século XII, na França, a tradição dos ovos de Páscoa teve início quando Luís VII, após retornar da segunda cruzada no período da quaresma, mesmo em meio à derrota, foi presenteado. Esse gesto marcante desencadeou uma prática que se tornaria sinônimo desta temporada, um costume que evoluiu ao longo dos séculos, incorporando desde ovos de materiais preciosos até os deliciosos ovos de chocolate que conhecemos hoje. À medida que a tradição se espalhava, os ovos foram se tornando cada vez mais elaborados, com os nobres trocando versões de porcelana, vidro e até mesmo ouro. Inspirado nessas práticas, o joalheiro Peter Carl Fabergé deu vida aos famosos Ovos Fabergé, símbolos de riqueza e sofisticação. Nesta semana, o podcast "De onde vem o que eu como" conta como a família real da Rússia está envolvida na criação da tradição de dar ovos de Páscoa. O podcast também explica qual chocolate usar para fazer seu ovo em casa. 🎧OUÇA o episódio (acima) e, abaixo, conheça mais sobre os ovos de Páscoa. De onde vem o que eu como sobre a história dos Ovos de Páscoa Junior reis - Unsplash 🐰Curiosidade sobre a Páscoa. Os ovos de chocolate surgiram séculos mais tarde, na França, pelas mãos dos confeiteiros franceses. Originalmente, ovos de animais eram esvaziados e recheados com chocolate, logo se transformando em uma tradição em muitos lares. Leia também: Ovo de Páscoa: 10 receitas para fazer em casa; Pitaya não tem sabor? Tem sim e a espécie mais doce, a Baby do Cerrado, é nativa do Brasil; Doce de leite: a fascinante história da criação do doce no susto. Ouça outros episódios do podcast: Veja a série de vídeos do "De onde vem o que eu como": De onde vem o que eu como: chocolate De onde vem o que eu como: baunilha De onde vem o que eu como: morango De onde vem o que eu como: flores comestíveis

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