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Mercado financeiro passa a prever crescimento da economia acima de 2% em 2024, vê inflação mais alta e estima queda menor nos juros

Números foram divulgados nesta terça-feira (23) pelo Banco Central. Novas projeções foram divulgadas após o governo ter proposto mudança nas metas fiscais, o que permitirá expansão maior dos gastos. Os analistas do mercado financeiro elevaram a projeção para o crescimento da economia brasileira neste ano -- que ultrapassou a marca dos 2%. Eles também passaram a projetar mais inflação, um queda menor da taxa básica de juros nos próximos anos e elevaram as expectativas para a o dólar no fim de 2024 e de 2025. As informações constam no relatório "Focus", divulgado nesta terça-feira (23) pelo Banco Central. O levantamento ouviu mais de 100 instituições financeiras, na semana passada, sobre as projeções para a economia. A mudança nas expectativas do mercado financeiro ocorre após o governo confirmar a proposta de reduzir as metas para o saldo positivo nas contas públicas neste e nos próximos anos. A meta, que era de superávit já em 2025, passou a ser de déficit zero. Se aprovada a proposta, a equipe econômica ganhará um espaço de cerca de R$ 160 bilhões para novos gastos em 2024 e 2025. Após as alterações, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, já avisou na última semana que o trabalho da instituição para conter a inflação ficou "custoso e difícil" -- indicando que o ritmo antes esperado de queda dos juros pode mudar. Produto Interno Bruto Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, a projeção do mercado subiu de de 1,95% para 2,02%. Foi a décima alta seguida no indicador. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia. Já para 2025, a previsão de alta do PIB do mercado financeiro ficou estável em 2%. Em 2023, o PIB do Brasil cresceu 2,9%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Inflação Para a inflação deste ano, os analistas dos bancos elevaram a expectativa de inflação de 3,71% para 3,73%. Com isso, a expectativa dos analistas para a inflação de 2024 se mantém abaixo do teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta central de inflação é de 3% neste ano, e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5% neste ano. Especial g1: o que é inflação Entenda: como a inflação mexe no seu bolso Para 2025, a estimativa de inflação avançou de 3,56% para 3,60% na última semana. No próximo ano, a meta de inflação é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%. Para definir a taxa básica de juros e tentar conter a alta dos preços, o BC já está mirando, neste momento, na meta do ano que vem, e também em 12 meses até meados de 2025. Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso porque os preços dos produtos aumentam, sem que o salário acompanhe esse crescimento. Taxa de juros Os economistas do mercado financeiro elevaram as estimativas para a taxa básica de juros da economia brasileira para o final deste ano e de 2025. Atualmente, a taxa Selic está em 10,75% ao ano, após seis reduções seguidas promovidas pelo Banco Central. Para o fechamento de 2024, a projeção do mercado para o juro básico da economia subiu de 9,13% para 9,50% ao ano. Para o fim de 2025, por sua vez, o mercado financeiro subiu a projeção de 8,5% para 9% ao ano. Isso quer dizer que os economistas passaram a ver uma queda menor dos juros neste ano e em 2025. Outras estimativas Veja abaixo outras estimativas do mercado financeiro, segundo o BC: Dólar: a projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2024 subiu de R$ 4,97 para R$ 5. Para o fim de 2025, a estimativa continuou em R$ 5,05. Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção subiu de US$ 79,8 bilhões para US$ 80 bilhões de superávit em 2024. Para 2025, a expectativa para o saldo positivo permaneceu em US$ 75 bilhões. Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano subiu de US$ 67 bilhões para US$ 67,3 bilhões de ingresso. Para 2025, a estimativa de ingresso avançou de US$ 73,4 bilhões para US$ 73,5 bilhões. Taxa Selic: entenda o que é a taxa básica de juros da economia brasileira

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Armazenagem de grãos: entenda os desafios para conter déficit no país diante de produção crescente


Volume produzido pela agricultura cresce mais de 10 milhões de toneladas por ano, mas capacidade de estocagem não chega à metade. Representante setorial estima investimento anual de R$ 15 bilhões para conter diferença. Silo de armazenamento de grãos no campo Divulgação A produção de grãos como soja, milho e feijão no país cresce, em média, 10,9 milhões de toneladas por ano, mas o incremento na capacidade de guardar todo esse volume que projeta o Brasil no exterior não chega nem à metade dessa evolução, com 4,8 milhões. Estratégica para evitar desperdícios, reduzir custos e aumentar a competitividade no exterior, a armazenagem de grãos é um dos principais desafios do setor agrícola brasileiro, que atualmente lida com um déficit total de aproximadamente 120 milhões de toneladas. Siga o canal g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Algo que passa principalmente por investimentos, afirma Paulo Bertolini, presidente da Câmara Setorial de Equipamentos para Armazenagem de Grãos da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (CSEAG/Abimaq). "O principal fator associado ao déficit de armazenagem é a falta de investimento em estruturas de processamento e armazenagem de grãos. Essa falta de investimento que acompanha o crescimento da agricultura brasileira, essa dinâmica formidável que é agricultura brasileira, não tem acontecido nas últimas décadas", afirma. O setor de silos e de armazenagem é um dos que movimentam negócios na Agrishow, uma das maiores feiras de tecnologia agrícola do mundo que acontece em Ribeirão Preto (SP) entre 29 de abril e 3 de maio, com projeção de receber 200 mil pessoas e resultar em pelo menos R$ 13,2 bilhões em contratos. O g1 tem uma página especial com a cobertura do evento. Milho está entre os principais grãos plantados no verão Gilson Abreu/AEN Produção x armazenagem de grãos O Brasil fechou o ciclo 2022/2023 com 320,1 milhões de toneladas de grãos, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em alta de 17,4% sobretudo por ganhos de produtividade e com destaque para o milho, responsável por mais de 60% da área cultivada. Para o período entre 2023/2024, a projeção mais recente prevê uma queda de 8%, com uma produção de 294 milhões de toneladas. Ainda assim, a atual capacidade de armazenamento é insuficiente. Segundo informações compiladas pela CSEAG em relatório divulgado no fim de março, até o ano passado o potencial de estoque era de 201 milhões de toneladas. Sem investimentos significativos, a tendência é de que essa diferença continue a subir. "A projeção continua acima de 100 milhões de déficit de armazenagem. Não tem nada, nenhum indicativo de que isso mude." Os atuais valores reproduzem uma tendência observada nos últimos anos (veja gráfico acima) em que a diferença entre o que o Brasil produz e consegue armazenar apenas aumentou. Em 2017, por exemplo, o déficit era de 59 milhões de toneladas, ou seja, três vezes e meia menor do que o atual. Com grão a mais e armazéns de menos, a saída, para produtos como o milho, é deixar o excedente a céu aberto, o que representa prejuízos, tanto com desperdício na quantidade quanto com a perda de qualidade. "O Brasil cresce em média 10 milhões de toneladas na sua produção todos os anos, enquanto a capacidade estática de armazenagem de grãos cresce apenas metade disso, ou seja 5 milhões toneladas. Dessa forma, a cada ano que se passou nas últimas décadas o Brasil cresceu no seu déficit de armazenagem 5 milhões de toneladas", analisa Bertolini. Maior safra de grãos da história e preços baixos da soja e do milho resultam em armazéns lotados e toneladas de milho expostas a temperaturas elevadas, a possíveis chuvas e a ataques de insetos e roedores COOAVIL/ Divulgação LEIA TAMBÉM Plano Safra: lideranças do agro pedem R$ 36 bilhões para investimento em máquinas agrícolas em 2024 ‘Sisteminha’: projeto de incentivo a agricultura familiar transforma quintal em miniatura de fazenda O raio-X da armazenagem de grãos É justamente na região que mais produz grãos no país, o Centro-Oeste, onde o déficit é mais acentuado, com 84 milhões de toneladas. Dos 162,4 milhões de toneladas produzidos, apenas se consegue armazenar 78,4 milhões de toneladas, ou seja, 48%. "Os maiores déficits de armazenagem, proporcionalmente, estão nas áreas de fronteira agrícola, onde a agricultura é mais jovem, onde ela cresceu mais." Nordeste, Sul e Norte aparecem na sequência, respectivamente com 14,7 milhões, 10,4 milhões e 9 milhões. Apenas o Sudeste tem capacidade para armazenar todo o volume que produz, de 30,2 milhões em 2023. Entre todos os estados brasileiros, os que mais têm capacidade de estoque são Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul, com volumes que variam entre 31 milhões e 49 milhões de toneladas. De todas as unidades de armazenamento em funcionamento, 84% estão em áreas urbanas e industriais, com destaque para o que está sob controle de tradings, armazenamentos privados e cooperativas, enquanto que apenas 16% ficam nas fazendas produtoras. Paulo Bertolini, presidente da Câmara Setorial de Equipamentos para Armazenagem de Grãos (CSEAG/ABIMAQ) Divulgação/ Abimaq Silos em fazendas e crédito Um dos desafios do setor agrícola é mudar essa proporção. Na visão dos especialistas, as fazendas apresentam uma série de vantagens na armazenagem, sobretudo pela redução de custos. Segundo a CSEAG, os principais benefícios são: elimina custos com transporte e frete, principalmente na safra; reduz custos com eliminação de impurezas e umidade; reduzir perdas, que chegaram a 36 milhões de toneladas em todo o país em 2023; permite um aproveitamento total dos grãos; otimiza a operação da colheita; permite escolher a melhor época para comercialização; elimina o pagamento de taxas de secagem, armazenagem e quebra técnica; diminui perdas com descontos em classificação do produto; oferece garantia de qualidade do produto. Mesmo assim, essa modalidade de armazenamento pouco evoluiu ao longo dos anos. Entre 2010 e 2023, a capacidade saltou de 20,38 milhões de toneladas para 33,22 milhões, uma variação em termos absolutos de 13 milhões que elevou a proporção com relação ao total de 14% para 16% . "Nos Estados Unidos, mais de 60% da capacidade de armazenagem está dentro das fazendas (...). Os Estados Unidos, maior produtor mundial de grãos, consegue armazenar mais do que uma safra e meia. O Brasil não consegue armazenar uma única safra", afirma o representante da câmara setorial na Abimaq. Colheita da soja Jaelson Lucas/Arquivo AEN A ampliação dessa modalidade, bem como da capacidade geral de estoque em todo o país, passa necessariamente por mais recursos financeiros. Nos cálculos da câmara setorial da Abimaq, apenas para equiparar produção e armazenagem são necessários, por ano, R$ 15 bilhões em investimentos. Bertolini explica o cálculo desse montante. "Em média, uma tonelada estática de armazém para grãos custa em torno de R$ 1,5 mil. Isso vai não só em termos de equipamento, mas também todo o serviço de montagem desse equipamento, obra civil, terraplanagem, parte elétrica, frete desse equipamento, tudo isso está nessa conta. Se o Brasil cresce 10 milhões de toneladas em média todos os anos em sua produção agrícola, precisa investir R$ 15 bilhões somente para acompanhar esse nível de crescimento", diz. Uma das principais fontes de incentivo está no Plano Safra, com o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), mas com valores que se esgotaram rapidamente no ciclo 2023/2024 e não tiveram suplementação, segundo Bertolini. "Temos uma indústria de alta capacidade e tecnologia que é reconhecida internacionalmente, uma vez que a gente fornece para 40 países. Para redução do deficit de armazenagem é preciso investimento. Para que haja investimento tem que ter linhas de crédito adequadas com dinheiro suficiente para a demanda e necessidade brasileira", argumenta. Veja mais notícias sobre a Agrishow 2024 VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região

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Venda de motos novas cresce 21% no 1º trimestre; veja as mais vendidas


De janeiro a março, o país registrou 432.288 novos emplacamentos, contra 357.047 no mesmo período de 2023. É o primeiro trimestre mais forte em vendas desde 2012. Honda CG 160 Start 2020 Honda/Divulgação Os brasileiros já compraram mais de 430 mil motos novas até março de 2024, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Foram, no total, 432.288 novos emplacamentos no primeiro trimestre deste ano, um aumento de 21,07% em relação a igual período de 2023. Só em março de 2024, a federação registrou 152.670 novos emplacamentos. Em relação a fevereiro, a alta foi de 12,02% (136.292 unidades); Em relação a março de 2023, o avanço foi de 4,61% (145.936 unidades). Os números são fortes mesmo em relação ao ano passado, que registrou o maior patamar de emplacamentos de motos desde 2012. Ao todo, foram 1.581.526 motos emplacadas em 2023, contra 1.637.506 naquele ano. O primeiro trimestre de 2012, inclusive, registrou 442 mil emplacamentos de novas motos, apenas 2% a mais que a mesma janela de 2024. "O segmento vem sendo influenciado positivamente por uma série de fatores nos últimos anos, como o aumento dos serviços de entrega e a busca por um transporte individual econômico", afirma Andreta Junior, presidente da Fenabrave. Ainda de acordo com Andreta Junior, o início de 2024 registra alta expressiva na venda de motos também por conta da melhora do crédito. O g1 mostrou como juros mais baixos tem favorecido a alta de emplacamentos também entre os carros e comerciais leves. De acordo com Andreta Junior, houve um aumento de 15% na aprovação de crédito e a expectativa é que a queda da taxa básica de juros e consequentemente dos spreads bancários (diferença entre os juros de captação dos bancos e as taxas cobradas na ponta consumidora) também beneficiem o setor. "Quando tem uma queda na taxa de juros, o mercado consegue alongar o prazo [de financiamento]. E a inadimplência também está estabilizada, então tudo tem contribuído também para a venda de veículos", disse. LEIA MAIS Quase R$ 8 milhões: veja o ranking e os preços dos carros mais caros à venda no país As mais vendidas A Honda CG 160 foi a moto nova mais vendida no Brasil no primeiro trimestre de 2024, segundo dados da Fenabrave. Ao todo, foram emplacadas 102.931 unidades do modelo no acumulado de janeiro a março. A segunda colocação do ranking ficou com a Honda Biz, com 72.084 unidades vendidas, seguida pela Honda Pop 110i, que fechou o pódio com 37.186 emplacamentos no período. Entre as marcas, os dados da Fenabrave mostram uma predominância da Honda no mercado brasileiro de motos, com 70,78% do total de unidades comercializadas de janeiro a março deste ano. Na sequência, estão a Yamaha (17,14%), a Mottu (3,47%), a Shineray (2,84%) e a Haojue (1,04%). Veja a lista de mais motos vendidas no 1º trimestre: Honda CG 160: 102.931 unidades Honda Biz: 72.084 unidades Honda Pop 110i: 37.186 unidades Honda NXR 160: 36.232 unidades Mottu Sport 110i: 15.011 unidades Honda PCX 160: 13.927 unidades Honda CB 300F: 11.955 unidades Yamaha YBR 150: 11.376 unidades Honda XRE 300: 11.201 unidades Yamaha Fazer 250: 11.168 unidades Da saída da Ford ao recorde de investimentos: o que reacendeu o ânimo das montadoras no Brasil Aumento de veículos financiados Entre os veículos de quatro rodas, foram mais de 500 mil novos emplacamentos no país no primeiro trimestre, uma alta de 9,1% em relação ao mesmo período de 2023. Outro ponto levantando pelo executivo é que esse cenário também deve mudar a proporção de carros financiados no total de veículos vendidos no país. De acordo com Andreta Junior, esses automóveis adquiridos por meio de empréstimos correspondiam a cerca de 52,6% do total de veículos vendidos em fevereiro de 2023 — proporção que passou para 56,7% do total em fevereiro deste ano. "Esse número foi reduzido nos últimos tempos, já que estava-se comprando muito mais carros à vista do que financiados. Agora com a queda da taxa de juros, a tendência é que [esse número] volte para o volume de 60%, 70% do total", completou o presidente da Fenabrave. Da saída da Ford ao recorde de investimentos: o que reacendeu o ânimo das montadoras no Br

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As empresas chinesas que estão usando o México como porta de entrada para os EUA


Empresas chinesas estão correndo para instalar fábricas no México, de modo a evitar as tarifas e sanções dos EUA. A fabricação no México permite que a empresa chinesa Man Wah evite a taxação dos EUA. BBC As poltronas reclináveis ​​e os sofás de couro macio provenientes da linha de produção da fábrica da Man Wah Furniture na cidade mexicana de Monterrey são 100% "made in Mexico". Eles são destinados a grandes varejistas dos EUA, como a Costco e o Walmart. Mas a empresa é chinesa, e sua fábrica mexicana foi construída com capital do país asiático. A relação triangular entre os EUA, a China e o México está por trás da palavra da moda nos negócios mexicanos: nearshoring. A expressão em inglês é usada para se referir à estratégia das empresas de levar a produção para mais próximo dos mercados onde será vendida. A Man Wah é uma das dezenas de empresas chinesas que se mudaram para parques industriais no norte do México nos últimos anos, com o intuito de aproximar a produção do mercado dos EUA. LEIA TAMBÉM Governo anuncia Desenrola para pequenas empresas, microcrédito e ações de estímulo à casa própria Lagosta, bacalhau e foie gras na cesta básica? A polêmica proposta de isentar de impostos itens de luxo Após 'fritura' do presidente da Petrobras, ministro diz ver 'correção de rumo' na companhia Além de pouparem no frete, seu produto final é considerado completamente mexicano — o que significa que as empresas chinesas podem evitar as tarifas e sanções impostas pelos EUA aos produtos chineses em meio à guerra comercial entre os dois países. Enquanto o gerente geral da empresa, Yu Ken Wei, me mostra as vastas instalações da fábrica, ele afirma que a mudança para o México fez sentido do ponto de vista econômico e logístico. “Esperamos triplicar ou até mesmo quadruplicar a produção aqui”, diz ele em espanhol. “A intenção aqui no México é elevar a produção até o nível da nossa operação no Vietnã." O gerente geral da companhia, Yu Ken Wei, planeja pelo menos triplicar a produção no México. BBC A empresa só chegou à cidade de Monterrey em 2022, mas já emprega 450 pessoas no México. Yu Ken Wei afirma que espera empregar mais de 1.200 funcionários, para operar novas linhas de produção na fábrica nos próximos anos. “As pessoas aqui no México são muito trabalhadoras e aprendem rápido”, diz Yu. "Temos bons operários, e a produtividade deles é alta. Então, do ponto de vista de mão de obra, acho que o México também é estrategicamente muito bom." Não há dúvida de que o nearshoring proporciona um importante impulso à economia mexicana — em junho do ano passado, as exportações totais do México haviam aumentado 5,8% em relação ao ano anterior, chegando a US$ 52,9 bilhões (R$ 275 bilhões). A tendência está mostrando poucos sinais de desaceleração. Em apenas dois meses deste ano, os anúncios de investimento de capital no México corresponderam a quase metade do total no ano de 2020. A fábrica de sofás Man Wah está localizada dentro do Hofusan, um parque industrial chinês/mexicano. A demanda pelos lotes é altíssima: todos os espaços disponíveis foram vendidos. Na verdade, a Associação de Parques Industriais do México afirma que todas as instalações previstas para serem construídas no país até 2027 já foram adquiridas. Não é de se admirar que muitos economistas mexicanos digam que o interesse da China no país não é uma moda passageira. “As razões estruturais que estão trazendo capital para o México vieram para ficar”, avalia Juan Carlos Baker Pineda, ex-vice-ministro do Comércio Exterior do México. “Não tenho nenhuma indicação de que a guerra comercial entre a China e os EUA vai arrefecer tão cedo.” Baker Pineda fez parte da equipe de negociação do México envolvida no estabelecimento do acordo de livre comércio USMCA (que substituiu o antigo Nafta). "Embora a origem chinesa do capital que entra no México possa ser desconfortável para as políticas de alguns países, de acordo com a legislação comercial internacional, estes produtos são, para todos os efeitos, mexicanos", diz ele. Isso ofereceu ao México uma posição estratégica clara entre as duas superpotências: o México substituiu recentemente a China como principal parceiro comercial dos EUA, uma mudança significativa e simbólica. A direção da Man Wah elogia as habilidades dos trabalhadores mexicanos. BBC O crescimento das relações comerciais do México com os EUA também aconteceu, em parte, por meio de um segundo aspecto fundamental do nearshoring no país: empresas americanas também se instalaram no México, muitas vezes depois de transferirem a produção de fábricas na Ásia. Talvez o anúncio de maior destaque tenha sido o do empresário Elon Musk, que revelou planos no ano passado de construir uma nova Tesla Gigafactory nos arredores de Monterrey. Mas a empresa de carros elétricos ainda não iniciou a construção da fábrica de US$ 10 bilhões. E, embora a Tesla aparentemente ainda esteja comprometida com o projeto, ela desacelerou seus planos em meio a preocupações com a economia global e às recentes demissões na montadora. Mas no que diz respeito ao investimento chinês, alguns especialistas pedem cautela pelo fato de o México ter sido arrastado para a luta geopolítica mais ampla entre os EUA e a China. “O velho rico da cidade, os EUA, está tendo problemas com o novo rico da cidade, a China”, diz Enrique Dussel, do Centro de Estudos China-México da Universidade Nacional Autônoma do México. “E o México — sob a gestão de governos anteriores e nesta [gestão] — não tem uma estratégia face a esta nova relação triangular.” Com as eleições se aproximando em ambos os lados da fronteira entre os EUA e o México, pode haver novos aspectos políticos pela frente. Mas quer seja Donald Trump ou Joe Biden no comando da Casa Branca nos próximos quatro anos, poucos esperam que haja qualquer avanço nas relações entre os EUA e a China. Dussel acredita que o nearshoring é melhor definido pelo que ele chama de “security-shoring”, uma vez que Washington colocou as preocupações de segurança nacional acima de todos os outros fatores na sua relação com a China. O México, argumenta ele, deve ter cuidado para não ser pego no meio deste fogo cruzado. “O México está levantando um grande cartaz para a China dizendo: 'Bem-vinda ao México!'. Não é preciso ter doutorado para saber que isso não vai acabar bem para as relações bilaterais entre os EUA e o México no médio prazo”, acrescenta Dussel. As empresas chinesas correm para comprar terreno para construir fábricas no México. BBC Outros são mais otimistas. “Na minha opinião, a questão não é se esta tendência vai continuar — mas, sim, o quanto podemos tirar proveito desta tendência”, afirma Juan Carlos Baker Pineda. "Tenho certeza de que as pessoas estão tendo essas mesmas discussões na Colômbia, no Vietnã, na Costa Rica. Por isso, precisamos garantir no México que essas condições que estão alinhadas andem de mãos dadas com as decisões corporativas e governamentais para sustentar essa tendência no longo prazo." De volta a Monterrey, as talentosas costureiras mexicanas da Man Wah Furniture dão os últimos retoques em outro sofá antes de ser despachado para os EUA. Quando uma família americana comprar o sofá em uma loja do Walmart perto dela, pode não fazer ideia da complexa geopolítica por trás da sua produção. Mas quer o nearshoring seja uma saída inteligente para os EUA, ou parte de uma guerra onerosa entre superpotências, é atualmente a principal vantagem do México nestes tempos hostis para o comércio global. PIB da China cresce 5,3% em termos anuais no 1º trimestre

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Mega-Sena pode pagar R$ 3,5 milhões nesta terça-feira


As apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.716 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 3,5 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta terça-feira (23), em São Paulo. No concurso do último sábado (20), uma aposta do Rio de Janeiro (RJ) levou sozinha o prêmio de R$ 102 milhões. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer. A Mega soma três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.

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Imposto de Renda 2024: bolsas de estudo, herança e rescisão; veja lista de rendimentos isentos


Atualização dos valores de obrigatoriedade não mexeram a lista de rendimentos isentos. Imposto de Renda AGÊNCIA BRASIL Duas mudanças importantes aconteceram nos critérios de obrigatoriedade para a declaração do Imposto de Renda 2024. ▶️ A quantia para quem recebeu rendimentos tributáveis passou de R$ 28.559,70 para R$ 30.639,90 em 2023. ▶️ Para rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte passou de R$ 40 mil para R$ 200 mil. Os demais critérios de obrigatoriedade você pode conferir no final da reportagem. Mas é importante saber também que a lista de rendimentos isentos não teve alterações. Confira abaixo a lista completa de rendimentos isentos. LEIA MAIS Saiba tudo sobre o Imposto de Renda 2024 Veja como fazer a declaração Veja quem é obrigado a declarar Veja como baixar o programa Veja o calendário dos lotes de restituição Imposto de Renda 2024: Saiba como evitar cair na malha fina Rendimentos isentos no Imposto de Renda 2024 Bolsas de estudo e de pesquisa caracterizadas como doação, exceto médico-residente ou Pronatec, exclusivamente para proceder a estudos ou pesquisas e desde que os resultados dessas atividades não representem vantagem para o doador, nem importem contraprestação de serviços; Bolsas de estudo e de pesquisa caracterizadas como doação, quando recebidas exclusivamente para proceder a estudos ou pesquisas, recebidas por médico-residente e por servidor da rede pública de educação profissional, científica e tecnológica que participe das atividades do Pronatec; Capital das apólices de seguro ou pecúlio pago por morte do segurado, prêmio de seguro restituído em qualquer caso e pecúlio recebido de entidades de previdência privada em decorrência de morte ou invalidez permanente; Indenizações por rescisão de contrato de trabalho, inclusive a título de Programa de Demissão Voluntária (PDV), e por acidente de trabalho, e FGTS; Ganho de capital na alienação de bem, direito ou conjunto de bens ou direitos da mesma natureza, alienados em um mesmo mês, de valor total de alienação até R$ 20 mil, para ações alienadas no mercado de balcão, e de R$ 35 mil, nos demais casos; Ganho de capital na alienação do único imóvel por valor igual ou inferior a R$ 440 mil e que, nos últimos 5 anos, não tenha efetuado nenhuma outra alienação de imóvel; Ganho de capital na venda de imóveis residenciais para aquisição, no prazo de 180 dias, de imóveis residenciais localizados no Brasil e redução sobre o ganho de capital; Ganho de capital na alienação de moeda estrangeira mantida em espécie cujo total de alienações, no ano-calendário, seja igual ou inferior ao equivalente a US$ 5 mil; Lucros e dividendos recebidos; Parcela isenta de proventos de aposentadoria, reserva remunerada, reforma e pensão de declarante com 65 anos ou mais; Pensão, proventos de aposentadoria ou reforma por moléstia grave ou aposentadoria ou reforma por acidente em serviço; Rendimentos de cadernetas de poupança, letras hipotecárias, letras de crédito do agronegócio e imobiliário (LCA e LCI) e certificados de recebíveis do agronegócio e imobiliários (CRA e CRI) Rendimento de sócio ou titular de microempresa ou empresa de pequeno porte optante pelo Simples Nacional, exceto pro labore, aluguéis e serviços prestados; Transferências patrimoniais – doações e heranças; Parcela não tributável correspondente à atividade rural; Imposto sobre a renda de anos-calendário anteriores compensado judicialmente neste ano-calendário; 75% dos rendimentos do trabalho assalariado recebidos em moeda estrangeira por servidores de autarquias ou repartições do governo brasileiro situadas no exterior, convertidos em reais Incorporação de reservas ao capital/bonificações em ações; Transferências patrimoniais – meação e dissolução da sociedade conjugal e da unidade familiar; Ganhos líquidos em operações no mercado à vista de ações negociadas em bolsas de valores nas alienações realizadas até R$ 20 mil em cada mês, para o conjunto de ações; Ganhos líquidos em operações com ouro, ativo financeiro, nas alienações realizadas até R$ 20 mil em cada mês; Recuperação de prejuízos em renda variável (bolsa de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhados e fundos de investimento imobiliário e Fiagro); Rendimento bruto, até o máximo de 90%, da prestação de serviços decorrente do transporte de carga e com trator, máquina de terraplenagem, colheitadeira e assemelhados; Rendimento bruto, até o máximo de 40%, da prestação de serviços decorrente do transporte de passageiros; Restituição do imposto sobre a renda de anos-calendário anteriores. Juros referentes aos Rendimentos Recebidos Acumuladamente; Pensão alimentícia. Rendimentos com tributação exclusiva e definitiva ▶️ Veja abaixo a lista. Mesmo que o imposto já tenha sido retido na fonte, os rendimentos precisam ser declarados. 13º salário (próprio e o recebido pelos dependentes); Juros sobre Capital Próprio (JCP); Multa ou outra vantagem paga ou creditada por pessoa jurídica em virtude de rescisão de contrato; Ganhos de capital na alienação de bens e dividendos; Rendimentos de aplicações financeiras; Participação nos Lucros e Resultados (PLR); Lucros decorrentes de prêmios em dinheiro obtido em loterias; Prêmios distribuídos sob a forma de bens e serviços por meio de concursos e sorteios de qualquer espécie; Rendimentos pagos em cumprimento de decisão judicial; Rendimentos recebidos acumuladamente (RRA) Benefícios líquidos pagos aos aplicadores em títulos de capitalização, entre outros. Quem é obrigado a declarar o Imposto de Renda em 2024 quem recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 30.639,90 em 2023. O valor é um pouco maior do que o da declaração do IR do ano passado (R$ 28.559,70) por conta da ampliação da faixa de isenção desde maio do ano passado; contribuintes que receberam rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma tenha sido superior a R$ 200 mil no ano passado; quem obteve, em qualquer mês de 2023, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas cuja soma foi superior a R$ 40 mil, ou com apuração de ganhos líquidos sujeitas à incidência do imposto; quem teve isenção de imposto sobre o ganho de capital na venda de imóveis residenciais, seguido de aquisição de outro imóvel residencial no prazo de 180 dias; quem teve, em 2023, receita bruta em valor superior a R$ 153.199,50 em atividade rural (contra R$ R$ 142.798,50 em 2022); quem tinha, até 31 de dezembro de 2023, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 800 mil (contra R$ 300 mil em 2022); quem passou para a condição de residente no Brasil em qualquer mês e se encontrava nessa condição até 31 de dezembro de 2023; quem optou por declarar os bens, direitos e obrigações detidos pela entidade controlada, direta ou indireta, no exterior como se fossem detidos diretamente pela pessoa física; Possui trust no exterior; Deseja atualizar bens no exterior.

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Quina pode pagar R$ 50 milhões nesta terça-feira, maior prêmio da história do concurso


Apostas podem ser feitas até as 19h em casas lotéricas ou pela internet. Valor do jogo mínimo é de R$ 2,50. Volantes da Quina Stephanie Fonseca/g1 O concurso 6.423 da Quina pode pagar R$ 50 milhões nesta terça-feira (23). Este é o maior prêmio da história da loteria em suas edições regulares (ou seja, sem contar a Quina de São João), de acordo com a Caixa Econômica Federal. O sorteio será realizado às 20h. As apostas podem ser feitas em casas lotéricas ou pela internet até as 19h desta terça. O custo para uma aposta simples, de cinco números, é de R$ 2,50. Na Quina, leva o prêmio máximo quem acertar as cinco dezenas. Caso ninguém acerte, o valor acumula para o sorteio seguinte. Já as apostas que acertarem quatro, três ou duas dezenas levam valores mais baixos. A Quina tem seis sorteios semanais: de segunda-feira a sábado, sempre às 20h. Como funciona a Quina Para apostar na Quina As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pelo site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. Os apostadores podem marcar de 5 a 15 números entre os 80 disponíveis no volante. Há ainda a opção de jogar por meio da Surpresinha. Nesse caso, o sistema escolhe os números para o apostador. Probabilidades A probabilidade de vencer na Quina varia de acordo com o número de dezenas jogadas e com o tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com cinco dezenas e preço de R$ 2,50, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 24.040.016, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 7.507,5​0, a probabilidade de levar o prêmio é de 1 em 8.005, ainda de acordo com a instituição. VÍDEOS: os vídeos mais assistidos do g1 nos últimos 7 dias

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Argentina tem 3º superávit mensal seguido, e Milei diz que país está no caminho contra 'inferno inflacionário'


Apesar da melhora fiscal, 57,4% dos argentinos estão vivendo abaixo da linha de pobreza, o que representa mais de 26 milhões de pessoas, aponta estudo publicado pelo jornal Ámbito Financiero. Milei fala em cadeia nacional sobre resultados fiscais da Argentina. Reprodução/TV Pública Argentina A Argentina registrou um superávit financeiro de mais de 275 bilhões de pesos (US$ 315,4 milhões) em março, informou o Ministério da Economia do país nesta segunda-feira (22). O superávit acontece quando as receitas do governo são maiores que as despesas. Esse foi o terceiro mês consecutivo de contas no azul após anos de déficits regulares. Em janeiro, as contas públicas argentinas tiveram saldo positivo pela primeira vez em quase 12 anos, ao registrar superávit de cerca de US$ 589 milhões. Já em fevereiro, o superávit foi de US$ 1,45 bilhão. As cifras também contemplam o pagamento de juros da dívida pública. Com o resultado de março, essa é a primeira vez desde 2008 que o país registra três meses consecutivos de superávit financeiro, afirmou o presidente ultraliberal da Argentina, Javier Milei, em pronunciamento à população em rede nacional na noite desta segunda. Em nota técnica, o Ministério da Economia também informou que o resultado acumulado de janeiro a março representa um superávit primário de aproximadamente 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB). Após juros, o superávit é de 0,2% do PIB. “O conceito de superávit fiscal, que parece simplesmente uma definição técnica, nada mais é do que o único ponto de partida possível para terminar de uma vez, e para sempre, com o inferno inflacionário que foi a Argentina desde a queda da convertibilidade”, destacou Milei. Javier Milei, presidente da Argentina, faz pronunciamento à população em rede nacional. Reuters/Agustin Marcarian Na tentativa de controlar a inflação elevada, Milei implementou medidas de austeridade, incluindo cortes dolorosos nos gastos do Estado, reduzindo subsídios e podando o setor público. O governo Milei tem como meta um déficit fiscal financeiro "zero" este ano, parte das metas econômicas acordadas com o Fundo Monetário Internacional (FMI), com o qual o país tem em andamento um programa de empréstimo de US$ 44 bilhões. O próprio FMI disse no início do mês que o progresso alcançado pelo governo do presidente é "impressionante", mas disse que "o caminho para a estabilização [econômica] nunca é fácil e requer uma implementação forte de políticas". O FMI também recomendou que Milei proteja os setores sociais mais pobres da Argentina, enquanto avança com suas reformas. Isso porque um estudo publicado pelo jornal Ámbito Financiero projeta que 57,4% dos argentinos estão vivendo abaixo da linha de pobreza, o que representa mais de 26 milhões de pessoas. O esforço do governo tem por objetivo resolver desequilíbrio econômico que causou uma inflação na Argentina que passa dos 287,9% em 12 meses, segundo o instituto oficial de estatísticas, o Indec. Trata-se da variação interanual mais alta do mundo. “Entendo a situação que estamos vivendo. Mas percorremos mais da metade do caminho”, afirmou o presidente argentino em pronunciamento nesta segunda. “Esse esforço vai valer a pena”, continuou. No dia 12, a inflação da Argentina ficou em 11% em março, o que representa uma desaceleração em comparação ao observado em fevereiro, quando os preços subiram 13,2%. Um dia antes, o Banco Central da Argentina anunciou a redução da taxa básica de juros do país de 80% para 70% ao ano. A autoridade monetária afirmou que está observando uma "desaceleração pronunciada" da inflação, "apesar do forte efeito estatístico tardio que a inflação carrega em suas médias mensais". O BC acrescentou que, desde que Milei assumiu o cargo, a base monetária foi reduzida substancialmente, o que ajuda a absorver a liquidez e a conter os aumentos de preços. Chanceler argentina tem primeira reunião bilateral com o Brasil desde a posse de Milei

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Quina: ninguém acerta as cinco dezenas e prêmio acumula em R$ 50 milhões, o maior da história


Confira os números sorteados: 31 - 38 - 41 - 70 - 79. Próximo sorteio acontece nesta terça (23). Veja abaixo os números do sorteio do concurso 6422 da Quina realizado nesta segunda-feira (22): 31 - 38 - 41 - 70 - 79 Confira quantas apostas foram premiadas no concurso 6422: Ninguém conseguiu os 5 acertos, e a premiação acumulou para R$ 50 milhões, o maior da história; 4 acertos: 98 apostas ganhadoras, cada uma vai receber R$ 11.962,41; 3 acertos: 7.521 apostas ganhadoras, cada uma vai receber R$ 148,44; 2 acertos: 215.973 apostas ganhadoras, cada uma vai receber R$ 5,16. Próximo sorteio acontece nesta terça-feira (23). Quina, concurso 6422 Reprodução/Caixa Como jogar na Quina Como funciona a Quina Para jogar na Quina, é preciso escolher de 5 a 15 números dentre os 80 disponíveis. Também é possível optar pela Surpresinha da Quina – nesse caso, os números são escolhidos pela Caixa Econômica Federal, que administra a loteria. O valor da aposta e a chance de acerto variam de acordo com a quantidade de números escolhidos: Chances de acerto e valor da aposta São premiadas as apostas que acertarem de 2 a 5 números. A divisão do prêmio é a seguinte: 35% do valor do prêmio entre quem acertou 5 números; 15% entre quem acertou 4; 10% entre quem acertou 3; 10% entre quem acertou 2. O que é a Teimosinha da Quina Na Teimosinha da Quina, o apostador concorre com a mesma aposta por 3, 6, 12, 18 ou 24 concursos consecutivos. Volantes da quina Stephanie Fonseca/G1 Sorteio da Quina A Quina tem 6 sorteios semanais, que ocorrem de segunda-feira a sábado, às 20h. O que é a Quina de São João A Quina de São João tem o sorteio realizado uma vez por ano em uma data próxima ao dia 24 de junho, dia de São João. Os prêmios são maiores que os dos concursos regulares.

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