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Chuvas no RS: enchentes atingem 87% dos empregos industriais do estado, estima federação

A situação de calamidade pública no Rio Grande do Sul, causada pelas fortes chuvas e enchentes que já deixaram 100 mortos, centenas de desaparecidos e mais de 200 mil desalojados, também já impactou os empregos e a economia do estado. Segundo estimativas da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), os municípios atingidos pelos alagamentos representam 87% dos empregos industriais da região. *Esta matéria está em atualização

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Balança comercial tem superávit de US$ 9 bilhões em abril


Números foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. No ano, saldo comercial positivo chegou a US$ 27,7 bilhões. Plataforma de petróleo GETTY IMAGES via BBC A balança comercial registrou superávit de US$ 9,041 bilhões em abril, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços nesta quarta-feira (8). O resultado é de superávit quando as exportações superam as importações. Quando acontece o contrário, o resultado é deficitário. O saldo neste mês ficou acima do registrado em abril do ano passado, quando foi de US$ 8 bilhões. Segundo o governo, em abril: as exportações somaram US$ 30,92 bilhões; as importações somaram US$ 21,879 bilhões. Destaques das exportações em abril: Óleos combustíveis de petróleo: alta de 125,9% Açúcares e melaços: expansão de 110,9% Óleos brutos de petróleo: aumento de 92,4% Carne bovina: elevação de 79,4% Acumulado do ano No ano, as exportações totalizam US$ 108,85 bilhões e as importações, US$ 81,11 bilhões. Com isso, até agora foi registrado um superávit de US$ 27,736 bilhões.

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Preço do leite deve subir no campo após enchentes no RS, diz Cepea


Além de perderem animais e terem estruturas destruídas pelas inundações, produtores não estão conseguindo transportar o produto e sofrem com falta de energia, água e dificuldade para conseguir ração. Rio Grande do Sul é o terceiro maior produtor de lácteos do Brasil, depois de Minas Gerais e Paraná. Jarra de leite. Leite no copo. Wenderson Araujo/Trilux As perdas geradas pelas enchentes no Rio Grande do Sul devem provocar um aumento de preços do leite cru e derivados no campo a partir desse mês, segundo um relatório divulgado na terça-feira (7) pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea-Esalq/USP). O Rio Grande do Sul é o terceiro maior produtor de leite do Brasil, depois de Minas Gerais e Paraná. A alta de preços deve ser provocada por uma redução da oferta em decorrência de diversos prejuízos que as fazendas e as indústrias estão tendo. ARROZ: indústria negocia comprar da Tailândia, para não faltar PREJUÍZO no campo no RS chega a R$ 500 milhões Muitas propriedades perderam animais e tiveram as suas estruturas destruídas por inundações. Além disso, o bloqueio de rodovias está dificultando o transporte do leite para outros locais, e a chegada de insumos – principalmente de ração – até algumas propriedades rurais. "[Há] relatos de racionamento e menor produção devido à má alimentação do rebanho. Há, também, relatos de situações mais críticas que resultam em descarte de leite no campo, devido à falta de ração, energia elétrica e combustível", diz o relatório. Há ainda propriedades sem água e energia elétrica. A falta de energia impede a automação da ordenha e o resfriamento do leite nas fazendas. Enquanto na indústria, impacta o processamento dos lácteos e sua conservação. "As perdas estruturais no campo e nas indústrias podem retardar a recuperação da oferta do leite cru e dos lácteos. Com isso, a perspectiva de preços ao produtor em alta se fortalece para este e para os próximos meses", diz o Cepea. "Em paralelo, acredita-se que, mesmo com muitas famílias desabrigadas, as compras institucionais de lácteos podem sustentar a demanda. De qualquer maneira, o aumento dos custos logísticos deve ser repassado às cotações dos lácteos", acrescenta. O Cepea reforça que, até o momento, não se sabe qual será a intensidade da alta de preços, tendo em vista que eles estão calculando os prejuízos. Chuvas no RS causam destruição no campo De onde vem o leite

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Reforma tributária: shows musicais nacionais e ingressos de futebol têm previsão de alíquota reduzida; academias de ginástica, não

Medida foi confirmada pelo secretário Bernard Appy, do Ministério da Fazenda. Proposta de regulamentação da reforma ainda precisa ser aprovada pelo Congresso. Reforma tributária: equipe econômica detalha regulamentação que será analisada pelo Congresso Produções artísticas nacionais, como shows musicais e peças cinematográficas (filmes), nos quais os intérpretes sejam majoritariamente brasileiros, assim como atividades esportivas – incluindo ingressos para jogos de futebol – têm previsão de alíquota reduzida dos impostos sobre consumo. A informação foi divulgada pelo secretário extraordinário do Ministério da Fazenda para a reforma tributária, Bernard Appy, durante audiência pública na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (8). A medida está prevista na regulamentação da reforma tributária. A PEC sobre o tema foi aprovada no fim do ano passado, e a proposta para regulamentação foi apresentada em abril ao Legislativo. Para ter validade, ainda tem de ser aprovada. A chamada alíquota padrão está estimada pelo governo federal em 26,5%. As atividades com alíquota reduzida, conforme a proposta, pagariam 40% disso, ou seja, cerca de 10,6%. "Nas produções artísticas, as produções nacionais em que os intérpretes sejam majoritariamente nacionais [teriam alíquota reduzida]. Se tiver show de um grande astro estrangeiro, não vai estar com alíquota reduzida, mas de um astro nacional sim. Peça de teatro vai ter alíquota reduzida", disse o secretário Bernard Appy. Ele afirmou que atividades esportivas também são beneficiadas na proposta, englobando ingressos e negociações de jogadores de futebol. "Fora as sociedades anônimas de futebol, que tem um tratamento à parte", lembrou ele. No caso das academias de ginástica, porém, a proposta não prevê alíquota menor. Deste modo, pagariam a alíquota cheia de 26,5%. "Academia de ginástica não entrou [na alíquota reduzida]. É uma demanda, eu sei que existe, uma discussão que eu acho que vai aparecer no Congresso Nacional. Tinha muitas demandas especificas, a gente optou por não tratar. Palavra final é do Congresso, tem que olhar o custo benefício", completou Appy.

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Sem 'imposto do pecado', compra de armas e munição pode até ter 'cashback' com reforma tributária, alerta secretário

'Bancada da bala' conseguiu retirar da reforma o imposto seletivo sobre armas, em derrota para o governo. Congresso trabalha para regulamentar texto aprovado em 2023. O secretário extraordinário do Ministério da Fazenda para a reforma tributária, Bernard Appy, afirmou nesta quarta-feira (8), que a compra de armas e munições pode até mesmo contar com o mecanismo de "cashback" (devolução de parte do imposto pago) na reforma tributária. Isso acontece, segundo ele, porque os parlamentares decidiram retirar a incidência do chamado "imposto do pecado" sobre esses itens nos momentos finais da votação da PEC da reforma tributária no fim do ano passado – uma vitoria da "bancada da bala", e uma derrota para o governo. "Armas, do jeito que está vai ter 'cashback'. Não está no imposto seletivo por decisão de vocês aqui, hem. Estava no imposto seletivo e foi retirado. Então, por definição do Congresso caiu o imposto seletivo sobre armas e munições", disse Appy, durante audiência pública na Câmara dos Deputados. Como funcionaria o 'cashback' Pela proposta do governo federal, dos estados e municípios para regulamentação da reforma tributária, a devolução de impostos será destinadas às famílias com renda per capita de até meio salário-mínimo para a população inscrita no Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal. Pela proposta, haverá devolução de: 100% para do imposto pago no caso da CBS (IVA federal) e de 20% para o IBS (IVA estadual e municipal), no caso do gás de cozinha 50% para a CBS e 20% para o IBS, no caso de energia elétrica, água e esgoto; 20% para a CBS e para o IBS, nos demais casos. Desse modo, pelas regras propostas (que ainda têm de passar pelo Legislativo para terem validade), a população de baixa renda poderia contar com uma devolução de até 20% do imposto pago na compra de armas e munições. O Ministério da Fazenda estimou que cerca de 73 milhões de brasileiros teriam direito ao "cashback" – devolução do imposto pago. 73 milhões teriam direito ao 'cashback' de impostos na reforma tributária, diz Fazenda Armas e munições O destaque — sugestão de alteração no texto — para retirada da incidência do "imposto do pecado" sobre armas e munições, que acabou sendo aprovado, foi apresentado pelo PL. Um pedido semelhante havia sido rejeitado durante a votação da PEC no 1° turno, mas deputados da oposição conseguiram reverter votos no plenário. A inclusão do dispositivo precisava de 308 votos, quórum mínimo de votação para uma alteração na Constituição. Contudo, recebeu apenas 293 votos a favor e 198 contrários e, com isso, foi derrubado. No caso das armas e munição, a taxação do imposto do pecado, derrubada no momento final da tramitação, incidiria para produção, comercialização e importação, exceto para as destinadas à administração pública — por exemplo, a compra para as Polícias. O que é o imposto do pecado? O governo chegou a orientar contrário ao destaque. “Não se trata de um debate ideológico, é um debate técnico. As forças de segurança pública não vão pagar, não incide sobre as compras governamentais, em especial as forças de segurança pública. O que estamos fazendo é técnica, não justifica reduzir os impostos sobre armas e aumentar para serviços, alimentação e etc.. Estamos distribuindo a carga tributária”, disse o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), no ano passado. Em 2023, o Brasil teve menor número de armas registradas em quase duas décadas

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Haddad defende tratar dívida do RS como prioridade e manter negociação com outros estados

Em dia de Copom para definir o nível da taxa Selic, Haddad diz que 'juro brasileiro é um dos mais altos do mundo' e que inflação está bem comportada. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta quarta-feira (8) que o governo defina rapidamente – ainda nesta semana – as regras para suspender o pagamento da dívida do Rio Grande do Sul. O estado enfrenta uma calamidade pública por conta das fortes chuvas na região. Haddad acrescentou, no entanto, que o momento não deve ser usado por outros estados envididados, como MG, RJ e SP, para alterar as negociações em curso. Esses estados não passam pela mesma situação crítica, mas têm endividamento alto. "O que vamos fazer nesta semana é mandar uma proposta para resolver o problema do Rio Grande do Sul neste momento específico, pois precisamos atender e não há tempo a perder. Isso não vai inviabilizar a continuidade das tratativas com os demais governadores, que não estão sendo afetados pela crise climática neste momento", declarou Haddad, em entrevista ao programa "Bom dia, ministro", da EBC. Segundo ele, é preciso separar os dois temas, ou seja, quando um estado enfrenta situação de calamidade, e o outro se trata da renegociação normal da dívida dos estados -- discussão já aberta pela equipe econômica e que está em curso. Klava: governo vai propor suspensão da dívida do RS "A proposta do Palácio é de criar um regramento para os casos de calamidade. Espero que essa crise climática seja enfrentada, e que não vejamos de novo isso, mas os cientistas estão dizendo que eventos extremos vão acontecer com mais frequência. Então, o que mandamos ao Palácio diz sobre a possibilidade de acionar esse tipo de mecanismo no futuro, é preventivo. Outro assunto é renegociação de dívida, uma coisa que está em curso e que, do meu ponto de vista, não vale a pena misturar", acrescentou o ministro da Fazenda. No fim de março, o governo federal anunciou uma proposta para reduzir os juros da dívida dos estados – um dos principais problemas que afetam os caixas dos governadores. Em troca, a proposta exige que os estados ampliem as matrículas no ensino médio técnico. Um eventual proposta, assim que definida em negociação com governadores, ainda tem de passar pelo crivo do Congresso Nacional para ter validade. Reunião do Copom sobre taxa de juros Questionado sobre a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que define nesta quarta-feira o patamar da taxa básica de juros, Haddad lembrou da indicação da instituição de que a taxa seria reduzida em 0,5 ponto percentual nesta semana, de 10,75% para 10,25% ao ano. Entretanto, o ministro da Fazenda não quis cravar um patamar de redução dos juros nesta quarta-feira. "Espero um corte de juros hoje para continuarmos nessa construção de uma economia mais saudável", declarou. Em sua visão, "a taxa de juros [brasileira] continua uma das mais elevadas do mundo, e inflação de março e previa de abril se comportaram muito bem". Em pesquisa realizada na semana passada pelo BC, e divulgada nesta segunda-feira (6), porém, a maior parte dos analistas do mercado passou a prever corte menor nos juros, de 0,25 ponto percentual, com a taxa Selic sendo fixada em 10,50% ao ano. Mercado prevê PIB acima de 2%, inflação mais alta e queda menor da Selic A expectativa do mercado por um corte menor nos juros nesta semana aconteceu após a equipe econômica do presidente Lula propor uma redução nas metas para as contas públicas neste ano. Com a redução das metas fiscais, o espaço que o governo pode obter para novos gastos públicos é de cerca de R$ 161 bilhões nos dois anos -- o que pode impulsionar mais a inflação. Além disso, o cenário externo também está mais tensionado e incerto pelo adiamento e redução do espaço para juros cortes de taxas nas economias desenvolvidas -- como os Estados Unidos. Analistas avaliam que isso reduz o espaço para cortes de juros nas economias emergentes, sob o risco de pressão na taxa de câmbio -- que também é ruim para a inflação. "Estou seguro que fizemos a nossa parte, indicamos quatro diretores de alto nível [ao Banco Central, que participam da definição da taxa de juros], com reputação irretocável. Respeito os demais diretores que estão lá, não sei o que vai acontecer hoje", acrescentou o ministro Haddad.

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Chuvas no RS: veja as medidas anunciadas pelos principais bancos para apoiar os atingidos


Ampliação de linhas de crédito, isenção de tarifas e suspensão da cobrança de contratos em atraso curto são algumas das iniciativas de instituições financeiras para as vítimas do desastre no Rio Grande do Sul. Porto Alegre durante temporais no Rio Grande do Sul REUTERS/Renan Mattos Instituições bancárias anunciaram uma série de medidas em apoio à população atingida pelos fortes temporais no Rio Grande do Sul. Entre as iniciativas, estão a ampliação de linhas de crédito, isenção de tarifas e suspensão da cobrança de contratos em atraso curto. As medidas contemplam pessoas físicas e jurídicas. Nesta reportagem, você vai conferir as medidas anunciadas individualmente pelos maiores bancos do país. Itaú Unibanco Bradesco Santander Banco do Brasil Caixa Econômica Federal Nubank BTG Pactual O que diz a Febraban De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), suas instituições associadas anunciaram um total de R$ 20 milhões em doações para a região. O montante é a soma de recursos disponibilizados pelo Itaú, Bradesco, Santander, BTG Pactual, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Além disso, em resumo, as ações de auxílio a clientes contemplam os seguintes serviços: flexibilização de carência e prazo nas ofertas de crédito para famílias e empresas, com revisão de taxas; ampliação de linha de crédito; prorrogação dos contratos dos clientes impactados em 90 dias com revisão de taxa; suspensão da cobrança dos contratos em atraso curto; suspensão da negativação dos clientes com até 15 dias de atraso; suspensão de até 3 meses nos contratos de financiamento habitacional (desde que solicitado pelos mutuários); suporte no acionamento do seguro habitacional; isenções e reprecificações de tarifas; priorização no atendimento dos clientes da região para seguros de pessoas, patrimônio, veículos; renegociação com ofertas e condições especiais para clientes afetados e suspenção de cobrança. engajamento dos colaboradores com campanha de conscientização e solicitação de apoio e ajuda; campanhas internas envolvendo empregados e clientes para arrecadação de materiais de higiene pessoal a serem encaminharmos às regiões afetadas; disponibilização de contas para o recebimento de doações voluntárias, que serão revertidas em kits de higiene e limpeza, entre outros, conforme necessidade da população impactada. O que diz a Associação Brasileira de Bancos (ABBC)? A Associação Brasileira de Bancos (ABBC) também informou que fez uma doação de R$ 1 milhão para auxiliar a população impactada pela tragédia, além de ter lançado uma campanha de solidariedade envolvendo as 120 instituições associadas para amenizar os impactos da enchente. Os recursos serão inicialmente destinados ao socorro, resgate e atendimento emergencial às vítimas. Depois, o dinheiro deve ser empregado na reconstrução das comunidades afetadas. A distribuição será coordenada em colaboração com duas organizações locais: o Banco de Alimentos e os Parceiros Voluntários. Itaú Unibanco O Itaú Unibanco informou que adotou uma série de medidas emergenciais. Segundo a instituição, as iniciativas foram definidas "com base nas necessidades mais urgentes dos clientes do banco" e "no contato com governo estadual e com autoridades locais". Na relação com os clientes, o banco disse que reforçou o atendimento em suas centrais e canais digitais e mobilizou suas equipes na região para desenhar planos específicos. Para clientes corporativos, a instituição anunciou: suspensão de mensalidades e tarifas de conta corrente e na Rede (maquininhas) por pelo menos três meses; repactuações de parcelamentos (pular parcelas) para clientes que tiverem essa necessidade; manutenção de limites de crédito e disponibilização de novas linhas especiais; comunicação proativa e facilitação da abertura de sinistros de seguros de vida ou patrimoniais para pessoas e empresas; clientes em atraso, mesmo antes da tragédia, terão a suspensão temporária de cobranças. Para clientes pessoas físicas, as medidas são: prioridade da região nas centrais de atendimento; em conta corrente e cartões, haverá isenção de tarifas e anuidade, suspensão de encargos de parcelamento de fatura e outros — até estorno de tarifas e juros, se necessário; contato para avisar sobre a disponibilidade de cobertura de seguros de vida e patrimoniais. Bradesco O Bradesco informou que irá oferecer condições especiais nas renegociações, com prazos de carência de até 180 dias, para clientes pessoas físicas e jurídicas que precisarem renegociar o pagamento de linhas de crédito como capital de giro, crédito pessoal e crédito direto ao consumidor. Ainda segundo a instituição, o pagamento dessas linhas por clientes da região poderá ser postergado por até 30 dias, caso necessário. Além disso, o banco irá suspender o sistema de cobrança feito por SMS, WhatsApp e telefone pelo prazo de 30 dias para clientes inadimplentes. Em outra frente, a Bradesco Seguros anunciou uma operação de emergência de tratamento de sinistros. O banco informou que a força-tarefa foi mobilizada em caráter especial e com contingente reforçado para atender aos segurados. "Até o momento, a companhia está com guinchos e carros de apoio à população nas cidades. Santa Cruz do Sul, São Leopoldo, Caxias do Sul e Porto Alegre são os municípios com mais chamados para a seguradora, que reforçou a equipe de atendimento", disse, em nota, o Bradesco. Imagens de satélite mostram antes e depois de maior enchente da história no RS Santander O Santander anunciou, principalmente, a adequação de prazos e condições para os clientes de todo o Rio Grande do Sul. Para pessoas físicas, as medidas são: Crédito pessoal: redução em até 20% nas taxas de juros, com até 40 dias para pagar a primeira parcela. O dinheiro é creditado na hora via app Santander; Cartão de crédito: prazo de parcelamento de fatura de cartões de crédito ampliado de 10 para 24 vezes, com desconto na taxa. Os limites dos cartões serão mantidos no mês de maio; Antecipação do FGTS: caso tenha saldo no FGTS e adesão ao saque aniversário é possível contratar diretamente no app do banco; Crédito Imobiliário: possibilidade de postergar as próximas duas parcelas; Limites de conta: limites de cheque especial implantados não sofrerão redução no mês de maio; Renegociação: pelo app ou no site www.santander.com.br/renegociacao uma renegociação com até 60 dias para pagar a primeira parcela, com a possibilidade reduzir até 70% as seis primeiras parcelas, com prazo de até 120 vezes; Clientes em atraso: não serão feitas ações de cobrança e negativação no mês de maio; Clientes da Santander Financiamentos: possibilidade de renegociação com até 60 dias para pagar a primeira parcela; Seguros: prioridade no acionamento dos sinistros e pagamento de indenizações. Para MEIs e Microempresas, as medidas são: Capital de Giro: até 59 dias para pagar a primeira parcela. O dinheiro é creditado na hora via app Santander; Cartão de Crédito: ampliação o prazo de parcelamento de fatura de cartões de 10 para 24 vezes, com desconto na taxa. Os limites dos cartões serão mantidos no mês de maio; Limites de conta: limites de cheque especial implantados não sofrerão redução no mês de maio; Renegociação: pelo app ou no site www.santander.com.br/renegociacao uma renegociação com até 60 dias para pagar a primeira parcela; Clientes em atraso: não serão feitas ações de cobrança e negativação no mês de maio; Clientes da Santander Financiamentos: créditos contratados através da Santander Financiamentos, com parcela em dia ou em atraso, terão ofertas de reorganização ou postergação da negativação em até 60 dias; Tarifas: isenção de tarifa do pacote de serviços de conta corrente no mês de maio; Seguros: prioridade no acionamento dos sinistros e pagamento de indenizações. Para médias e grandes empresas e clientes agro, o banco anunciou que "os especialistas Santander estão contatando os clientes para avaliar condições especiais de apoio de acordo com o porte e tipo de negócio". Banco do Brasil Além da doação de recursos, o Banco do Brasil anunciou que flexibilizou seus produtos e serviços envolvendo operações de crédito, do agronegócio e de seguros. Segundo o banco, os clientes pessoa física atingidos terão carência de até seis meses para pagamento da primeira parcela na contratação do BB Crédito Consignado ou do BB Crédito Salário. Já as micro e pequenas empresas terão acesso a crédito com linhas governamentais e próprias, além de condições diferenciadas. De acordo com a instituição, também será mantido o amparo ao crédito para pessoas físicas e jurídicas, produtores rurais e municípios. O banco anunciou ainda que: será possível renegociar dívidas utilizando taxas diferenciadas, com até 180 dias de carência e 120 meses para pagamento; as empresas dos municípios gaúchos atingidos contarão com linhas de repactuação, com prazos de 30, 36 ou 48 meses, nas operações convencionais, ou até 72 meses, para as contratações via Pronampe; as operações de financiamento imobiliário e empréstimo com garantia de imóvel poderão ter até quatro parcelas de capital e encargos básicos repactuadas e transferidas para o final do cronograma; os produtores rurais dos municípios afetados terão as operações prorrogadas, de acordo com a necessidade e manutenção dos encargos originais. Além disso, haverá uma esteira diferenciada para o acionamento dos seguros/Proagro; nos seguros Residencial e Empresarial, foram ampliados os valores dos serviços de limpeza, cobertura de telhados e desentupimento previstos nas apólices; a BB Seguros também enviou reguladores e peritos para as regiões atingidas, com possibilidade de realizar a vistoria presencial ou de forma remota. O Banco do Brasil também informou que irá estornar a tarifa de emissão de segunda via dos cartões e "dará tratamento diferenciado para encargos e saldo devedor dos clientes das regiões afetadas". "O saldo devedor das faturas de cartões Ourocard não pagas integralmente durante o período de calamidade será transportado para o mês seguinte, sem incidência de encargos", disse a instituição. As ações de cobrança e negativação de clientes de municípios afetados também serão suspensas. Segundo o banco, ao todo, 25 agências do BB foram alagadas na região. A instituição afirmou que irá instalar, ao longo das próximas semanas, unidades temporárias de atendimento nos municípios onde não for possível a retomada do atendimento presencial. Caixa Econômica Federal A Caixa liberou o Saque Calamidade do FGTS para os trabalhadores das regiões atingidas e informou que enviou ao Rio Grande do Sul especialistas nas áreas de Habitação, FGTS e Governo para prestar apoio técnico às prefeituras. Além disso, a Caixa anunciou as seguintes medidas: Contratos habitacionais: irá possibilitar a pausa de até três meses nos contratos de financiamento habitacional nas regiões atingidas, mediante solicitação dos clientes. Também será possível incorporar as prestações no saldo devedor dos clientes inadimplentes. A Caixa também informou que dará suporte aos clientes para acionamento de seguro habitacional e procedimentos para pagamento de indenizações; Assessoria técnica aos municípios: além do envio de equipe técnica à região, as prefeituras poderão contar com o apoio para levantamento dos danos e estimativa de custos para a recuperação de obras em andamento ou edificações atingidas em contratos já acompanhados pela Caixa. Para clientes pessoa física e jurídica atingidos pelas enchentes, as medidas são: dispensa de encargos na renovação de contratos de penhor; pausa no pagamento de prestações por até três meses nos contratos de Crédito Pessoal PF, Capital de Giro PJ, Renegociação PF e PJ, entre outros; prorrogação do vencimento das operações de Crédito Rural de Custeio e Investimento. Para clientes que optarem pela contratação de um novo crédito, foram reduzidas as taxas de juros e disponibilizadas carências para contratação de financiamentos, com maiores prazos para pagamento no Crédito Consignado, Capital de Giro, entre outras modalidades. O banco não detalhou as novas taxas ou carências. Por fim, foram anunciadas medidas da Caixa Seguridade, incluindo reforços na equipe de atendimento e fluxo facilitado para acionamento de sinistro. Nubank Para clientes das regiões afetadas, o banco informou que está flexibilizando as condições de pagamento de dívidas existentes e que está priorizando o atendimento a esses clientes. "Essas novas condições poderão ser acessadas de forma simples e fácil via aplicativo do Nubank nos próximos dias", informou o banco. O Nubank, que não é associado à Febraban, anunciou a doação de R$ 1 milhão em apoio aos atingidos pelas enchentes no Rio Grande do Sul. BTG Pactual Procurado pelo g1, o banco não detalhou as medidas aos clientes relacionadas à tragédia na região.

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Indústria negocia compra de arroz da Tailândia para compensar perdas previstas no RS


Estado, que sofre com inundações, responde por 70% da produção nacional do grão. Associação das indústrias brasileiras deve importar 75 mil toneladas do cereal do país asiático. Indústria negocia compra de arroz da Tailândia para compensar perdas previstas por enchentes no RS Celso Tavares/g1 A indústria brasileira se mobiliza para importar arroz da Tailândia – o segundo maior exportador de arroz do mundo, depois da Índia – após enchentes deixarem parte das plantações do Rio Grande do Sul debaixo d'água. O estado é o maior produtor do grão no Brasil. "Estamos negociando para trazer 75 mil toneladas de arroz, de 2 a 3 navios. É uma forma de a gente aumentar a oferta e garantir o abastecimento", conta Andressa Silva, diretora-executiva da Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz). A preocupação com a oferta do cereal existe por causa destes 6 fatores: o Brasil consome internamente quase todo arroz que produz e 70% dele vem do RS. a estimativa era de que, na safra atual, o país somasse 10,6 milhões de toneladas do cereal; com as enchentes no Sul, o montante pode cair para menos de 10 milhões. antes da chuva histórica, o mercado já previa problemas na oferta de arroz neste ano porque a temporada começou com os menores estoques do grão em quase duas décadas e o plantio no RS atrasou por causa das enchentes de 2023. a expectativa era de que o RS contribuísse com 7,5 milhões de toneladas nesta safra, mas 800 mil toneladas podem estar agora debaixo d'água. antes da tragédia, 80% do arroz do estado já tinha sido colhido. Mas alguns silos onde a produção está armazenada também foram atingidos pelas enchentes. além disso, o estado está com problemas para transportar o arroz que já foi colhido após destruição de estradas. Analistas ouvidos pelo g1 avaliam que a redução da oferta poderá encarecer o arroz. Com o objetivo de evitar especulações nos preços, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, informou que o órgão está escrevendo um edital para comprar até 1 milhão de toneladas de arroz. "Neste momento, é para evitar especulação com o arroz, até porque os produtores já têm para suprir a demanda nacional, porém, tem dificuldade logística. Com a dificuldade logística para abastecer, vem a especulação”, reforçou. Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a afirmar à Empresa Brasil de Comunicação (EBC) que, se for o caso, o Brasil pode importar arroz para lidar com os prejuízos e assegurar um preço compatível com o bolso do brasileiro. A seguir, entenda: as perdas no Rio Grande do Sul o preço do grão vai aumentar? por que a indústria está optando pela Tailândia? ➡️As perdas no Rio Grande do Sul Ainda não se tem um levantamento oficial da quantidade de arroz que foi perdida nas enchentes, até porque muitos locais estão inundados. O que se tem são estimativas com base na área plantada das áreas atingidas. Antes da tragédia, o Rio Grande do Sul já tinha colhido 80% da sua safra, mas estima-se que 100 mil dos 180 mil hectares que faltavam estão debaixo d'água, colocando em risco uma produção de 810 mil toneladas, calcula Evandro Oliveira, consultor do Safras & Mercado. As perdas estão concentradas em municípios produtores da região Central do estado, como Cachoeira do Sul, São Sepé, Encruzilhada do Sul, Santa Maria, São Pedro do Sul e Santa Cruz do Sul. É justamente nesses locais que o arroz foi plantado mais tarde, destaca Evandro. As enchentes não atingiram somente as plantações. Alguns silos – estruturas de armazenagem – também foram atingidos pela água, segundo a Abiarroz e o Ministério da Agricultura, que se reuniu com representantes da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul). LEITE também pode encarecer com a tragédia no RS "A previsão era de que o Brasil colhesse 10,6 milhões de toneladas de arroz. Agora, esse montante não deve passar de 10 milhões", ressalta Andressa Silva, da associação das indústrias. O consumo anual de arroz no Brasil chega a 10,5 milhões de toneladas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Ou seja, o país consome praticamente tudo o que produz. 🍚O mercado já previa problemas na oferta de arroz neste ano. Primeiro porque a temporada começou com os menores estoques do grão em quase duas décadas, diz o consultor do Safras. Segundo porque o plantio, que acontece em setembro, atrasou por causa de enchentes anteriores, que atingiram o RS naquele período, afirma Andressa. Meses depois, durante a colheita, mais chuvas e ventos fortes dificultaram os trabalhos nas lavouras. "E agora, por fim, o El Niño deu o seu último golpe antes de se despedir", pontua Oliveira. ANTES e DEPOIS: veja os estragos das enchentes em Porto Alegre PERDAS NO AGRO somam mais de R$ 500 milhões ➡️ O preço do arroz vai aumentar? Segundo o consultor do Safras & Mercado, a redução na oferta do produto pode provocar um aumento de preços ao consumidor nos próximos meses. "No mercado de arroz, a gente tem uma transmissão gradual até chegar nas prateleiras. Os preços [ao produtor] começaram a cair em janeiro, tiveram uma boa queda em fevereiro até meados de março, e a gente só foi sentir algum alívio nas prateleiras no mês de abril", diz Evandro. André Braz, coordenador dos índices de preços do FGV Ibre, também vê tendência de alta no preço do arroz nas próximas semanas, tendo em vista o protagonismo do estado do RS na produção do cereal. "Ainda é cedo para calcular o tamanho do prejuízo, mas ele vai ser grande", diz. Andressa Silva, da Abiarroz, diz que a saca de 50 kg estava sendo vendida por R$ 110 no Rio Grande do Sul antes da chuva histórica e que, nesta semana, a cotação já subiu para R$ 150. Oliveira pondera que, caso o Brasil consiga suprir as perdas na produção por meio da importação, a situação de preço pode se equilibrar. Imagem de uma colheitadeira em uma plantação de arroz Reprodução Globo Rural ➡️Por que a Tailândia? O Brasil importa arroz da Tailândia em casos de emergência, como já ocorreu na pandemia, conta Andressa, da Abiarroz. Os maiores vendedores de arroz para as empresas brasileiras são a Argentina, Paraguai e Uruguai, parceiros do Brasil no Mercosul. "A escolha da Tailândia se deu por causa do preço e da qualidade", diz Andressa, acrescentando que as sacas foram negociadas por volta de R$ 115 com o país asiático. Já o preço oferecido pelos produtores do Mercosul foi um pouco mais elevado, em torno de R$ 125. Segundo Oliveira, do Safras, o Brasil já trouxe arroz dos parceiros do Mercosul no início deste ano, mas países como o Uruguai e Paraguai também sofreram com os efeitos do El Niño e, por isso, estão segurando as exportações para garantir o abastecimento interno. A Argentina, por outro lado, conseguiu recuperar a sua produção depois de ter tido perdas com a seca provocada pelo La Niña. Portanto, o país segue como uma opção na importação. Arroz branco, parboilizado e integral: entenda as diferenças

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Como fazer o Saque Calamidade do FGTS; veja o passo a passo


Trabalhador ​pode solicitar o Saque Calamidade do FGTS por meio do app FGTS ou nas agências da Caixa Econômica Federal. Saques do FGTS Divulgação Os trabalhadores com saldo no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) podem recorrer ao Saque Calamidade em casos de desastres naturais que tenham atingido a sua área de residência. O valor do saque será o saldo disponível na conta do FGTS, na data da solicitação, limitado à quantia de R$ 6.220,00 para cada evento caracterizado como desastre natural. O intervalo entre um saque e outro não pode ser inferior a 12 meses. Com as enchentes no estado do Rio Grande do Sul, o governo estadual decretou estado de calamidade, situação que foi reconhecida pelo governo federal. Com isso, os municípios gaúchos podem começar a se habilitar para o recebimento do benefício. "A Caixa está prestando suporte aos municípios afetados pelas últimas chuvas no Rio Grande do Sul, com o intuito de efetuar a liberação do FGTS aos cidadãos residentes nas áreas atingidas pelo desastre", diz nota da Caixa enviada ao g1. Os trabalhadores ​de municípios habilitados poderão solicitar o Saque Calamidade do FGTS por meio do app FGTS ou nas agências da Caixa Econômica Federal. Veja nesta reportagem: Quem tem direito ao Saque Calamidade? O que é um desastre natural? Como solicitar o Saque Calamidade pelo app? Como solicitar o Saque Calamidade por agências da Caixa? Quem tem direito Saque Calamidade? Têm direito ao benefício os moradores de áreas afetadas por desastres naturais, que tiveram seus imóveis atingidos ou interditados, identificados pela Defesa Civil Municipal. É necessário possuir saldo na conta do FGTS e não ter realizado saque pelo mesmo motivo em período inferior a 12 meses. O valor máximo para retirada é de R$  6.220,00 por conta vinculada. Ao registrar a solicitação é possível indicar uma conta da Caixa, inclusive a Poupança Digital Caixa Tem, ou de outra instituição financeira para receber os valores, sem nenhum custo. O que é um desastre natural? Para fins do Saque Calamidade do FGTS, são considerados desastres naturais: Enchentes ou inundações graduais; Enxurradas ou inundações bruscas; Alagamentos; Inundações litorâneas provocadas pela brusca invasão do mar; Precipitações de granizos; Vendavais ou tempestades; Vendavais muito intensos ou ciclones extratropicais; Vendavais extremamente intensos, furacões, tufões ou ciclones tropicais; Tornados e trombas d'água; Desastre decorrente do rompimento ou colapso de barragens que ocasione movimento de massa, com danos a unidades residenciais. Como solicitar o Saque Calamidade pelo app? Veja abaixo o passo a passo para solicitação do Saque Calamidade pelo app FGTS. Acesse o aplicativo FGTS e vá em "Meus Saques"; Escolha "Outras Situações de Saques"; Selecione "Calamidade Pública"; Informe o município de residência e clique em "Continuar"; Escolha a forma de receber o FGTS (crédito em conta bancária ou saque presencial); Anexe os documentos requeridos; Confirme a solicitação. Como solicitar o Saque Calamidade pela agência da Caixa? Veja abaixo quais os documentos obrigatórios para solicitação do Saque Calamidade pelas agências da Caixa. Comprovante de residência em nome do trabalhador (emitido nos 120 dias anteriores à decretação da emergência); Sem um comprovante de residência, o titular da conta do FGTS poderá apresentar uma declaração com nome completo, data de nascimento, endereço residencial e número do CPF do trabalhador, emitida pelo governo municipal, em papel timbrado, atestando que o trabalhador é residente na área afetada; Documento de identificação do trabalhador ou diretor não empregado. CPF; CTPS física ou digital ou outro documento que comprove vínculo empregatício. Lula diz que não faltarão recursos para atender necessidades do RS

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