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FGTS: saque-aniversário é liberado para nascidos em maio


Trabalhador tem direito a uma retirada por ano de parte do valor das contas do Fundo de Garantia, podendo fazer o saque até dois meses após o mês de aniversário. Aplicativo app FGTS da Caixa - saque-aniversário Fabiana Figueiredo/G1 Nesta quinta-feira (2) foi liberado o saque-aniversário do FGTS para nascidos em maio. O período de retirada vai até 31 de julho, caso contrário o valor retorna para o saldo do fundo. Criado em 2020, o saque-aniversário do FGTS permite ao trabalhador sacar parte do saldo das contas ativas e inativas do FGTS, anualmente, no mês de seu aniversário. A adesão é opcional e os saques podem ser feitos pelo app FGTS, pelo site do FGTS e pelo internet banking da Caixa — não é preciso ir até uma agência bancária. FGTS: Quem pode sacar? Como consultar o saldo? Quem tem direito? Minha empresa não depositou o FGTS; o que eu faço? Quem não optar pela adesão permanece na sistemática padrão, que é o saque-rescisão. Entenda abaixo as diferenças: Saque-rescisão: sistemática na qual o trabalhador, quando demitido sem justa causa, tem direito ao saque integral da conta do FGTS, incluindo a multa rescisória, quando devida. Trata-se da modalidade padrão em que o trabalhador ingressa no FGTS. Saque-aniversário: sistemática opcional onde anualmente, no mês de aniversário, o trabalhador pode sacar parte do seu saldo de FGTS. Caso o trabalhador seja demitido, poderá sacar apenas o valor referente à multa rescisória (a multa de 40% paga pela empresa) e não poderá sacar o valor integral da conta. Calendário de saques em 2024 Nascidos em janeiro: saques de 2 de janeiro a 29 de março Nascidos em fevereiro: saques de 1º de fevereiro e 30 de abril Nascidos em março: saques de 1º de março a 31 de maio Nascidos em abril: saques de 1º de abril a 28 de junho Nascidos em maio: saques de 2 de maio a 31 de julho Nascidos em junho: saques de 3 de junho a 30 de agosto Nascidos em julho: saques de 1º de julho a 30 de setembro Nascidos em agosto: saques de 1º de agosto a 31 de outubro Nascidos em setembro: saques de 2 de setembro a 30 de novembro Nascidos em outubro: saques de 1º de outubro a 29 de dezembro Nascidos em novembro: saques de 1º de novembro a 31 de janeiro de 2025 Nascidos em dezembro: saques de 2 de dezembro a 28 de fevereiro de 2025 Como funciona a modalidade O saque-aniversário foi criado para ser mais uma oportunidade de resgate das contas do FGTS. Por essa modalidade, o trabalhador pode fazer uma retirada por ano de parte do valor das contas do Fundo de Garantia de acordo com o mês em que nasceu, mas perde direito à retirada do saldo total de sua conta do FGTS em caso de demissão sem justa causa. Portanto, tem direito apenas à multa rescisória de 40% do valor do FGTS. O saque-aniversário só é liberado para o trabalhador que comunica à Caixa que quer receber os valores anualmente. Do contrário, ele só poderá sacar o FGTS nas situações previstas em lei, entre elas compra da casa própria, aposentadoria e demissão sem justa causa – veja aqui todas as situações A formalização do pedido, porém precisa ser feita até o último dia do mês de aniversário. Caso contrário, o trabalhador terá direito a parcela anual do saque-aniversário somente no ano seguinte. A Caixa lembra, porém, que o saque-aniversário é opcional. "Quem não fizer a opção, permanecerá na sistemática do saque-rescisão", explica. Mas caso o trabalhador não saque esse recurso, ele volta automaticamente para a sua conta no FGTS. Quem opta pelo saque aniversário, continua tendo direito à retirada o saldo do FGTS para a casa própria, em caso de doenças graves, de aposentadoria e de falecimento do titular e para as demais hipóteses previstas em lei para o saque. Qual é o rendimento do dinheiro no FGTS? Entenda Limites de retirada Nos saques anuais do FGTS há limite de retirada. O valor do saque anual será um percentual do saldo da conta do trabalhador. Para contas com até R$ 500, será liberado 50% do saldo, percentual que vai se reduzindo quanto maior for o valor em conta. Para as contas com mais de R$ 500, esses percentuais para os saques serão acrescidos de uma parcela fixa. (veja os valores na tabela mais abaixo) Exemplos: Quem tem R$ 750 na conta recebe 40% de R$ 750, que são R$ 300, mais a alíquota adicional de R$ 50, totalizando R$ 350. Quem tem R$ 25 mil na conta recebe 5% de R$ 25 mil, que dá R$ 1.250, mais a alíquota adicional de R$ 2.900, que dá o total de R$ 4.150. Quem tem R$ 100 mil recebe 5% de R$ 100 mil, que dá R$ 5 mil, mais a alíquota adicional de R$ 2.900, que dá o total de R$ 7.900. À medida que os saques vão sendo feitos, o saldo diminui, aumentando o percentual que pode ser sacado. Limite dos saques anuais do FGTS Reprodução/Ministério da Economia Como aderir ao saque-aniversário A Caixa disponibiliza canais de atendimento para que o trabalhador com conta do FGTS, ativa ou inativa, realize a opção. Eles são os seguintes: Site do FGTS APP FGTS (o aplicativo é o Caixa FGTS e está disponível tanto para aparelhos com sistema Android quanto aqueles com iOS) Página do site da Caixa Uso em operações de crédito Também é permitido ao optante pelo saque-aniversário solicitar empréstimo bancário utilizando o saldo do FGTS como garantia. Na prática, o cotista antecipa saques a que teria direito no mês de aniversário e os valores ficam bloqueados para repasse posterior dos recursos para a instituição financeira credora. Segundo dados do Ministério da Economia, a troca de crédito pessoal sem garantia por crédito com garantia dos recebíveis do saque-aniversário do FGTS permite uma redução no custo do empréstimo. Saque-aniversário do FGTS 2024 já está disponível para os trabalhadores

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13º do INSS: pagamento para quem recebe mais que 1 salário mínimo começa nesta quinta; veja datas

Abono será pago a pessoas que receberam benefícios como aposentadoria ou auxílio-acidente neste ano. Nos anos anteriores, pagamento foi antecipado para estimular a economia. Primeiros a receber serão os beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) com final 1 ou 6. INSS começa a pagar 13º de aposentados e pensionistas nesta quarta (24) Começa nesta quinta-feira (2) o pagamento do abono anual aos beneficiários da Previdência Social, também conhecido como "13º do INSS" para quem recebe mais que 1 salário mínimo. Para quem recebe menos, o pagamento já começou no dia 24 de abril. Primeiros a receber serão os beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) com final 1 ou 6. Em março, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou um decreto que antecipou o repasse. Terão direito ao abono pessoas que, em 2024, tenham recebido auxílio por incapacidade temporária, auxílio-acidente, aposentadoria, pensão por morte ou auxílio-reclusão da Previdência Social. Mais de 33,7 milhões serão beneficiados. Tradicionalmente, o abono seria pago no segundo semestre de cada ano. No entanto, nos últimos anos, o governo passou a antecipar o benefício com o objetivo de estimular a economia. Em 2022 e em 2023, por exemplo, o abono foi pago em maio e junho. De acordo com o decreto, o abono será pago em duas parcelas. Veja abaixo. Veja o calendário de pagamento do 13º do INSS ▶️ PARA QUEM RECEBE MAIS QUE 1 SALÁRIO MÍNIMO Final do NIS: 1 e 6 - pagamentos em 2/5 e 3/6 Final do NIS: 2 e 7 - pagamentos em 3/5 e 4/6 Final do NIS: 3 e 8 - pagamentos em 6/5 e 5/6 Final do NIS: 4 e 9 - pagamentos em 7/5 e 6/6 Final do NIS: 5 e 0 - pagamentos em 8/5 e 7/6 ▶️ PARA QUEM RECEBE ATÉ 1 SALÁRIO MÍNIMO Final do NIS: 1 - pagamentos em 24/4 e 24/5 Final do NIS: 2 - pagamentos em 25/4 e 27/5 Final do NIS: 3 - pagamentos em 26/4 e 28/5 Final do NIS: 4 - pagamentos em 29/4 e 29/5 Final do NIS: 5 - pagamentos em 30/4 e 31/5 Final do NIS: 6 - pagamentos em 2/5 e 3/6 Final do NIS: 7 - pagamentos em 3/5 e 4/6 Final do NIS: 8 - pagamentos em 6/5 e 5/6 Final do NIS: 9 - pagamentos em 7/5 e 6/6 Final do NIS: 0 - pagamentos em 8/5 e 7/6 LEIA TAMBÉM Saiba tudo sobre o Imposto de Renda 2024 Veja quem é obrigado a declarar Veja como baixar o programa Veja o calendário dos lotes de restituição

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Setor de máquinas agrícolas fatura 35% menos no trimestre, mas espera recuperação e juros de 'um dígito' no Plano Safra


Receita líquida registrada foi de R$ 11,6 bilhões, diante de seca no campo, taxas elevadas e falta de créditos do governo federal no atual ciclo. Números foram divulgados durante a Agrishow, em Ribeirão Preto (SP). Colheitadeira gigante, usada em cultivos de grãos, exposta em estande na Agrishow 2024 em Ribeirão Preto, SP Érico Andrade/g1 O setor de máquinas e equipamentos agrícolas registrou uma queda de 35,8% no faturamento do primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado diante de um cenário ainda prejudicado por seca em diferentes regiões do país, taxas de juros elevadas e a ausência de recursos do atual Plano Safra. Ao todo, as empresa do segmento registraram até março uma receita total de R$ 11,6 bilhões, de acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) durante a Agrishow, maior feira de tecnologia agrícola do país que acontece em Ribeirão Preto (SP) até sexta-feira (3). O volume equivale a cerca de 20% de todo o faturamento com máquinas e equipamentos - que foi de R$ 56,6 bilhões no trimestre. Siga o canal g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp "Essa queda se deve basicamente a três fatores. Primeiro, nós tivemos uma seca severa em todo o Brasil que afetou muito a soja e o milho que é o principal mercado de máquinas agrícolas. O segundo fator é o preço das commodities, que já estava baixo e a rentabilidade também do agricultor não é boa, e o terceiro fator é que não temos mais recursos do Plano safra, e os juros de mercado são muito caros, em torno de 15%, o agricultor não faz investimento", afirmou Pedro Estevão, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Abimaq. As exportações das tecnologias do agro seguiram a mesma tendência, com uma baixa de 23%, e um volume total de US$ 351,3 milhões (RS 1,8 bilhão). Da mesma forma, houve recuo de 37% no número de tratores e colheitadeiras comercializados: de 14.891, caiu para 9.323. LEIA TAMBÉM Tarcísio anuncia investimento de R$ 1,4 bilhão para o agronegócio Plano Safra: governo federal promete novo recorde para ciclo 2024/2025 Estevão também manteve projeções anteriores de queda para o fim do ano, na faixa dos 15%, mas espera uma recuperação a partir do segundo semestre, sobretudo após o anúncio do novo Plano Safra, que, segundo líderes do governo federal, deve ter um novo recorde no total de créditos a serem concedidos. Segundo a Abimaq, a União também prometeu juros abaixo dos 10% para o ciclo 2024/2025. "A gente está entendendo que no segundo semestre há uma recuperação das vendas de máquinas, em função do Plano Safra. O juro deve vir, o governo está falando, em um dígito, uma coisa abaixo de 10%. E a segunda safra de milho tem vindo bem, o pessoal deve colher uma boa safra de milho. Ou seja: o principal problema que a gente teve que foi a quebra de safra, juro alto, estão se dissipando esses problemas." Agrishow 2024: g1 faz giro pela feira do agronegócio em Ribeirão Preto, SP Veja mais notícias da Agrishow 2024 Já foi à Agrishow? Conheça a maior feira de agronegócio do Brasil

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Lula e Haddad celebram mudança em perspectiva de nota de crédito do Brasil na Moody's


Presidente afirmou que país 'voltou a ter credibilidade econômica', e o ministro da Fazenda avaliou que decisão reconhece perspectivas positivas na economia do país e é fruto de esforços dos Três Poderes. Agência Moody's mantém nota de crédito do Brasil, mas muda perspectiva para 'positiva' O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemoram nesta quarta-feira (1º) a decisão da agência de classificação de risco Moody's de alterar a perspectiva de nota de crédito do Brasil de estável para positiva. Em publicação numa rede social, Lula afirmou que a atualização o Brasil "voltou a ser respeitado no mundo e voltou a ter credibilidade econômica e ambiental". Já Haddad avaliou que a decisão reconhece perspectivas positivas na economia do Brasil. O ministro da Fazenda avaliou, ainda, que a atualização “tem a ver” com o trabalho conjunto dos Três Poderes — Executivo, Legislativo e Judiciário —, que, segundo ele, “colocaram os interesses do país acima de divergências superáveis”. "A Moody’s acompanhou as outras agências de risco ao reconhecer a mudança para melhor das nossas perspectivas econômicas. Isso tem a ver com o trabalho conjunto dos Três Poderes, que colocaram os interesses do país acima de divergências superáveis. Mesmo com a deterioração momentânea da economia global, o Brasil caminha e recupera credibilidade econômica, social e ambiental. Temos muito a fazer", escreveu Haddad. A agência de classificação de risco Moody's anunciou, mais cedo, nesta quarta, que manteve a nota de crédito do Brasil no nível Ba2, mas mudou a perspectiva da avaliação de "estável" para "positiva". O "rating" atual do Brasil na classificação da Moody's é Ba2 – o que coloca o país no chamado "grau especulativo", indicando um risco maior para investimentos estrangeiros. Ao indicar um viés positivo na análise, a Moody's sinaliza que pode elevar a nota de crédito no futuro. Representantes da agência se reuniram com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no último dia 23, mas não houve anúncios após o encontro. "A Moody's avalia que as perspectivas para o crescimento real do produto interno bruto (PIB) do Brasil são mais robustas do que nos anos pré-pandêmicos, como consequência da implementação de reformas estruturais em vários governos, bem como pela presença de barreiras institucionais que reduzem a incerteza sobre a direção futura das políticas públicas", diz a nota da agência. O comunicado diz que um "crescimento mais forte" e uma "consolidação fiscal" podem estabilizar o peso da dívida nas constas públicas, mas aponta que "há riscos" para a continuidade dessa melhora. "A afirmação do rating Ba2 está baseada na força fiscal ainda relativamente fraca do Brasil, dado o nível elevado de endividamento do país e sua fraca capacidade de pagamento da dívida, que permanece sensível a choques econômicos ou financeiros", afirma a Moody's. A nota de crédito é usada pelos investidores para avaliar em quais países ou empresas o investimento é mais seguro. Se a nota é mais baixa, o risco é maior – o que, em economia, significa cobrar juros mais altos. Alguns fundos europeus ou norte-americanos, por exemplo, só investem em títulos de países com grau de investimento — as notas mais altas. Ou seja: ter uma classificação boa ajuda a atrair esses recursos internacionais. Entenda o que fazem as agências de classificação de risco Agência Fitch eleva nota de crédito do Brasil de BB- para BB 12/01/2023 - Lula e Haddad REUTERS/Adriano Machado/File Photo Em busca do 'grau de investimento' Na classificação da Moody's, o Brasil está atualmente a "dois degraus" do grau de investimento. O mesmo acontece nas classificações das agências S&P e Fitch (veja abaixo). O país chegou receber o grau de investimento da Moody's entre 2009 e 2015, mas vem se mantendo na nota de crédito Ba2 desde então. "O Ministério da Fazenda reafirma o compromisso do país com uma trajetória sustentável para as contas públicas, combinando esforços para melhorar a arrecadação e para conter a dinâmica das despesas", diz a nota divulgada pelo governo. "O melhor balanço fiscal do governo levará à redução das taxas de juros e à melhoria das condições de crédito. Desta forma, serão criadas as condições para a ampliação dos investimentos públicos e privados e a geração de empregos, aumento da renda e maior eficiência econômica, elementos essenciais para o desenvolvimento econômico e social do Brasil", prossegue o ministério. Veja as notas de crédito do Brasil (ratings) em todas as agências de risco Arte g1 Grau especulativo Além da Moody's, há outras duas agências principais de classificação de risco que concedem (ou não) o chamado grau de investimento às economias globais: a S&P Global Ratings e a Fitch. As três firmas adotaram trajetórias semelhantes ao avaliar a segurança para investir no Brasil nos últimos anos. S&P e Fitch concederam o grau de investimento ao Brasil um ano antes da Moody's, em 2008 – e também retiraram o grau um ano antes, em 2014. Em dezembro de 2023, a S&P elevou a nota do Brasil de BB- para BB. Assim como na escala da Moody's, o Brasil ficou a dois degraus do grau de investimento.

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Fed mantém juros dos EUA na faixa de 5,25% a 5,50%, mas cita falta de progresso rumo à meta de inflação


Referencial permaneceu inalterado pela sexta reunião consecutiva. Esse continua sendo o maior nível das taxas desde 2001. Sede do Federal Reserv (Fed), Banco Central dos EUA. REUTERS/Joshua Roberts O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) manteve os juros do país inalterados nesta quarta-feira (1º), em uma faixa de 5,25% a 5,50% ao ano. A decisão foi unânime. Esse continua sendo o maior nível das taxas desde 2001. A medida já era esperada pelo mercado e veio após o comitê ter mantido o mesmo referencial na última reunião, em março. Desta vez, contudo, o Fed sinalizou uma preocupação com a falta de avanço do processo de desinflação dos EUA. "Nos últimos meses, não houve novos progressos em direção ao objetivo de inflação de 2%", informou o colegiado, reforçando que os indicadores recentes da economia norte-americana continuaram se expandindo "em um ritmo sólido". O Fed indica, portanto, que o patamar de juros dos EUA não foi suficiente para construir uma confiança na queda inflacionária nos primeiros meses de 2024. Isso mantém no mercado um cenário de dúvida em relação a quando podem ocorrer cortes no referencial de juros do país. Quando os juros americanos estão elevados, a rentabilidade das Treasuries (títulos públicos norte-americanos), os mais seguros do mundo, é maior. Assim, quem busca segurança e boa remuneração prioriza o investimento no país, e se afasta de emergentes, como o Brasil. Com o fluxo de dólares voltado para os EUA, investidores deixam a bolsa brasileiras e a taxa de câmbio piora por aqui — que, em último caso, pode complicar também a nossa inflação. Ao publicar a decisão, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) voltou a afirmar que não considera apropriado reduzir o intervalo de juros até que tenha "maior confiança de que a inflação está evoluindo de forma sustentável para 2%", a meta do Fed. Também voltou a dizer que está "preparado para ajustar a orientação da política monetária conforme apropriado caso surjam riscos que possam impedir o alcance de seus objetivos". Sobre o mercado de trabalho, o comitê reafirmou que "os ganhos no emprego permaneceram fortes e a taxa de desemprego permaneceu baixa". Disse ainda que "os riscos para alcançar os seus objetivos de emprego e inflação evoluíram para um melhor equilíbrio ao longo do ano passado". O colegiado ponderou, no entanto, que as perspectivas econômicas são incertas, e que segue "muito atento" aos riscos inflacionários. 'Inflação ainda está muito alta', diz Powell Presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, em entrevista coletiva após decisão sobre juros, em Washington, nos EUA. (1/5/24) Reuters/Kevin Lamarque Após o anúncio da decisão, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que provavelmente levará mais tempo do que o esperado anteriormente para que as autoridades do Fed ganhem a confiança necessária para iniciarem os cortes nas taxas de juros. “A inflação ainda está muito alta”, disse Powell. "Progressos adicionais para derrubá-la não estão garantidas e o caminho a seguir é incerto. É provável que ganhar maior confiança demore mais do que o esperado anteriormente." Por outro lado, o presidente do Fed disse ser "improvável" que haja um aumento na taxa básica de juros dos EUA na próxima decisão. Segundo ele, o foco do BC norte-americano tem sido manter sua atual postura restritiva. "Acho improvável que o próximo movimento seja uma elevação da taxa", disse Powell, após ser questionado sobre os riscos de que os juros precisem ser elevados para reduzir a inflação do país. Na visão de investidores, o discurso do presidente do Fed foi menos duro do que o esperado, mesmo com uma série de dados negativos de inflação nos últimos meses. Os comentários de Powell se revelaram "notavelmente menos agressivos do que o que muitos temiam, alinhando-se à declaração do Fomc em vez de atacar o mercado", apontaram analistas da Evercore ISI, conforme noticiou a Reuters. "A mensagem básica foi que os cortes foram adiados, e não descarrilhados", continuou a consultoria. Reflexos dos juros norte-americanos Os juros em níveis elevados nos Estados Unidos aumentam a rentabilidade dos Treasuries (títulos públicos norte-americanos) e devem continuar a refletir nos mercados de ações e no dólar, com a migração cada vez maior de investidores para o país, em busca de uma melhor remuneração. No cenário macroeconômico, os efeitos dos juros altos nos Estados Unidos também se refletem no longo prazo, indicando uma tendência de desaceleração econômica global, já que empréstimos e investimentos também ficam mais caros. No Brasil, investidores seguem na expectativa pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC), que será divulgada na próxima quarta-feira (8). A maior parte do mercado aposta em uma nova redução da taxa básica de juros (Selic), em 0,50 ponto percentual, para 10,25% ao ano.

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'Estamos no caminho certo', diz número dois do Ministério da Fazenda após Agência Moody manter nota de crédito do Brasil


Agência de classificação de riscos Moody's anunciou nesta quarta-feira (1º) que manteve a nota de crédito do Brasil no nível Ba2 e mudou a perspectiva da avaliação de "estável" para "positiva". Dario Durigan, secretário-executivo do Ministério da Fazenda, em evento do IDP IDP/Youtube/Reprodução O secretário-executivo do Ministério da Fazenda e braço-direito de Fernando Haddad, Dario Durigan, disse nesta quarta-feira (1°) que o país está no caminho certo, após a agência de classificação de riscos Moody's manter a nota de crédito do Brasil no nível Ba2 e mudar a perspectiva da avaliação de "estável" para "positiva". "Estamos no caminho certo. Economia crescendo, desemprego caindo, renda das familias aumentando, contas externas fortes, inflação baixa e fiscal recuperando. [Há também] reformas importantes para produtividade da economia a médio e longo prazo", afirmou o secretário. A nota do Brasil na classificação da Moody's é Ba2 – o que coloca o país no chamado "grau especulativo", indicando um risco maior para investimentos estrangeiros. Ao indicar um viés positivo na análise, a Moody's sinaliza que pode elevar a nota de crédito no futuro. O comunicado diz que um "crescimento mais forte" e uma "consolidação fiscal" podem estabilizar o peso da dívida nas constas públicas, mas aponta que "há riscos" para a continuidade dessa melhora. "A afirmação do rating Ba2 está baseada na força fiscal ainda relativamente fraca do Brasil, dado o nível elevado de endividamento do país e sua fraca capacidade de pagamento da dívida, que permanece sensível a choques econômicos ou financeiros", afirma a agência. Educação financeira: o que é grau de investimento e grau especulativo

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Agência Moody's mantém nota de crédito do Brasil, mas muda perspectiva para 'positiva'


Revisão sinaliza que pode haver alteração futura na nota; hoje, Brasil está a dois degraus do 'grau de investimento'. Índice sinaliza a investidores onde é mais seguro aplicar o dinheiro. Agência Moody's mantém nota de crédito do Brasil, mas muda perspectiva para 'positiva' A agência de classificação de riscos Moody's anunciou nesta quarta-feira (1º) que manteve a nota de crédito do Brasil no nível Ba2, mas mudou a perspectiva da avaliação de "estável" para "positiva". O "rating" atual do Brasil na classificação da Moody's é Ba2 – o que coloca o país no chamado "grau especulativo", indicando um risco maior para investimentos estrangeiros. Ao indicar um viés positivo na análise, a Moody's sinaliza que pode elevar a nota de crédito no futuro. Representantes da agência se reuniram com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no último dia 23, mas não houve anúncios após o encontro. "A Moody's avalia que as perspectivas para o crescimento real do produto interno bruto (PIB) do Brasil são mais robustas do que nos anos pré-pandêmicos, como consequência da implementação de reformas estruturais em vários governos, bem como pela presença de barreiras institucionais que reduzem a incerteza sobre a direção futura das políticas públicas", diz a nota da agência. O comunicado diz que um "crescimento mais forte" e uma "consolidação fiscal" podem estabilizar o peso da dívida nas contas públicas, mas aponta que "há riscos" para a continuidade dessa melhora. "A afirmação do rating Ba2 está baseada na força fiscal ainda relativamente fraca do Brasil, dado o nível elevado de endividamento do país e sua fraca capacidade de pagamento da dívida, que permanece sensível a choques econômicos ou financeiros", afirma a Moody's. A nota de crédito é usada pelos investidores para avaliar em quais países ou empresas o investimento é mais seguro. Se a nota é mais baixa, o risco é maior – o que, em economia, significa cobrar juros mais altos. Alguns fundos europeus ou norte-americanos, por exemplo, só investem em títulos de países com grau de investimento — as notas mais altas. Ou seja: ter uma classificação boa ajuda a atrair esses recursos internacionais. Entenda o que fazem as agências de classificação de risco Agência Fitch eleva nota de crédito do Brasil de BB- para BB Em busca do 'grau de investimento' Na classificação da Moody's, o Brasil está atualmente a "dois degraus" do grau de investimento. O mesmo acontece nas classificações das agências S&P e Fitch (veja abaixo). O país chegou receber o grau de investimento da Moody's entre 2009 e 2015, mas vem se mantendo na nota de crédito Ba2 desde então. "O Ministério da Fazenda reafirma o compromisso do país com uma trajetória sustentável para as contas públicas, combinando esforços para melhorar a arrecadação e para conter a dinâmica das despesas", diz a nota divulgada pelo governo. "O melhor balanço fiscal do governo levará à redução das taxas de juros e à melhoria das condições de crédito. Desta forma, serão criadas as condições para a ampliação dos investimentos públicos e privados e a geração de empregos, aumento da renda e maior eficiência econômica, elementos essenciais para o desenvolvimento econômico e social do Brasil", prossegue o ministério. Veja as notas de crédito do Brasil (ratings) em todas as agências de risco Arte g1 Grau especulativo Além da Moody's, há outras duas agências principais de classificação de risco que concedem (ou não) o chamado grau de investimento às economias globais: a S&P Global Ratings e a Fitch. As três firmas adotaram trajetórias semelhantes ao avaliar a segurança para investir no Brasil nos últimos anos. S&P e Fitch concederam o grau de investimento ao Brasil um ano antes da Moody's, em 2008 – e também retiraram o grau um ano antes, em 2014. Em dezembro de 2023, a S&P elevou a nota do Brasil de BB- para BB. Assim como na escala da Moody's, o Brasil ficou a dois degraus do grau de investimento.

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Reboque reforçado, mapeamento offline: tecnologias no agro inspiram carros pensados para produtores rurais


De olho no mercado rural, montadora recentemente anunciou R$ 4 bilhões em investimentos para adequar produção de veículos. Maior feira de tecnologia agrícola do país acontece em Ribeirão Preto até sexta-feira (3). Veja como funciona sistema de piloto automático em máquina agrícola Os desafios encontrados por fabricantes de máquinas agrícolas para atender as demandas do produtor rural brasileiro resultam em solução também para as montadoras de automóveis que miram esse público. Se o objetivo não é o mesmo, carro e trator muitas vezes compartilham o mesmo tipo de solo. Foi isso que percebeu o executivo-chefe da Mitsubishi no Brasil, Mauro Correia. Faça parte do canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Inspirada em máquinas agrícolas, picape da Mitsubish traz funcionalidades voltadas para o produtor rural Divulgação/ Mitsubish A marca japonesa apresenta uma picape que surgiu depois de a equipe visitar pelo menos 70 produtores rurais em todas as regiões do país. Com foco em novos produtos, principalmente pensados para o universo rural, a montadora recentemente anunciou R$ 4 bilhões em investimentos para adequar sua produção no país. “Nós percebemos que havia uma carência em atender necessidades específicas de quem vive parte da vida no campo, parte na cidade”, diz Correia. Tração 4x4 capaz de aguentar diferentes tipos de solos, de terra dura ou fofa a cascalho e pedra, reboque reforçado capaz de suportar mais de duas toneladas e mapeamento geográfico instantâneo offline são algumas das funções com inspiração em máquinas agrícolas e que podem ser conferidas de perto na Agrishow, maior feira de tecnologia agrícola do país que acontece em Ribeirão Preto (SP). “O produtor rural quer usar o mesmo veículo para andar pela propriedade dele e ir ao supermercado, então é preciso chegar a um conceito que traga harmonia entre os dois ambientes”, diz. Esse diálogo tecnológico não é algo recente. Um exemplo disso, segundo o coordenador de marketing da Massey Ferguson Eder Pinheiro, é o câmbio automático, hoje cada vez mais disseminado. “É uma coisa que vem do agro. O trator hoje consegue fazer a troca de velocidades a partir de um câmbio continuamente variável. Você sai de 30 metros e vai a 30 quilômetros por hora sem necessidade de mudança de marcha manual”, diz. Trator da Massey Ferguson Divulgação/Massey Ferguson Também não é algo que deve acabar tão cedo. No Brasil, os carros autônomos ainda não são uma realidade comum nas ruas, mas há sinais de que isso pode mudar, também graças à inspiração proporcionada pelos novos lançamentos de tratores. Nos modelos que chegam ao mercado, o software de navegação é capaz de “dirigir” a máquina no campo. Além de não sair da linha reta com poucos centímetros de tolerância na hora de arar e semear a terra, há máquinas capazes de fazer o retorno e mudar de rota sem necessidade de intervenção, desde que programadas para isso, como é o caso do MF 8S da Massey. Segundo Pinheiro, as inovações estão longe de parar por aí. Há muitos avanços a serem conduzidos nas máquinas agrícolas que poderão servir de inspiração para novos automóveis, por exemplo, quando o assunto é telemetria, ou seja, as ferramentas que captam em tempo real informações dos veículos. “Além de todas as necessidades de uma máquina de alto rendimento, é importante saber como ela está funcionando em tempo real. Se está sendo operada de forma correta”, afirma. Agrishow 2024: g1 faz giro pela feira do agronegócio em Ribeirão Preto, SP Veja mais notícias da Agrishow 2024 Já foi à Agrishow? Conheça a maior feira de agronegócio do Brasil

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Compactas e tecnológicas: máquinas oferecem recursos 'na medida certa' para pequenos produtores


Modelos enxutos, mas ao mesmo tempo potentes e adaptáveis a diferentes culturas estão entre os tratores apresentados na Agrishow voltados para a agricultura familiar. Há tecnologias que custam a partir de R$ 3,5 mil. Agrishow: equipamentos sob medida ajudam pequenos produtores rurais Mais de 70% dos alimentos consumidos no Brasil em 2024 devem vir de produções familiares, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag). Número expressivo que leva cada vez mais empresas do setor agrícola a concentrar esforços para desenvolver opções práticas e viáveis aos pequenos produtores. Dentro desse segmento, máquinas compactas (veja acima a simulação de algumas delas), que chegam a ter menos de 1 metro de largura, valores reduzidos ou condições de pagamento facilitadas, e ao mesmo tempo dotadas de avanços tecnológicos, estão entre as apostas das indústrias participantes da Agrishow, maior evento de tecnologia agrícola do Brasil que acontece em Ribeirão Preto (SP) até sexta-feira (3). Faça parte do canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Um dos visitantes que ajudam a movimentar os negócios é Jonas Eduardo Silva, que tem uma produção de hortaliças em Ribeirão Preto e comprou na feira um motocultivador, que ajuda no preparo do solo. “Trabalho com plantio há dez anos e agora a gente vai finalmente começar a mecanizar essa produção que ainda é pequena, mas esperamos crescer”, conta. O equipamento que ele adquiriu é um tratorito da Branco Motores, que tem 80 centímetros de largura e serve para diferentes culturas. Com versões que custam a partir de R$ 3,5 mil, ele funciona como um carrinho de mão e costuma ser o primeiro passo para mecanização no campo, segundo o coodenador de vendas da empresa, Carlos Celso. “A ideia desse equipamento é inicialmente substituir a enxada, o esforço é mínimo”, afirma. Tratorito em exposição na Agrishow ajuda produtores rurais que precisam mecanizar preparo de solo Wolfgang Pistori/g1 Potência na medida certa Tratores básicos, com motores relativamente potentes, e que demandam investimentos a partir dos R$ 75 mil, também devem ter crescimento acentuado de vendas em 2024 diante da alta demanda por mecanização na agricultura familiar brasileira. “Vemos propriedades familiares na Europa com capacidade de produção bem maior do que a média no Brasil, mas essa realidade está mudando. Com a mecanização, além de uma capacidade de produção maior, vem também a qualidade de vida daquela família que está produzindo”, analisa o coordenador comercial da Agritech, César de Oliveira. A empresa em que ele atua está lançando uma versão compacta de um trator com motor 4x4 e transmissão com até 12 velocidades de marcha. “Também adaptamos a cabine para maior conforto, que geralmente não é prioridade nesse tipo de máquina mais compacta”, afirma Oliveira. Trator voltado para pequenos produtores em exposição na Agrishow 2024, em Ribeirão Preto (SP) Divulgação/ Agritech O motor mais potente também é destaque na Yanmar. A versão com 105 cavalos do trator Solis visa principalmente a fruticultura. “Esse equipamento vai conseguir fazer sua função em diferentes tipos de solo. Ele vai conseguir fazer a auxiliar em todas as etapas da plantação”, afirma Rafael Ribeiro, coordenador de vendas da Yanmar, que também tem algumas versões de tratores com menos de 90 centímetros de largura. Trator Solis, de pequeno porte, voltado para diferentes culturas e locais estreitos Divulgação/ Yanmar Condições que cabem no bolso do produtor Condições de pagamento com juros menores, incentivadas por programas como o "Mais Alimentos", do governo federal, ajudam a impulsionar a venda dos equipamentos que são um ponta pé inicial na mecanização das pequenas propriedades. LEIA TAMBÉM 'Carro voador': em fase de liberação no Brasil, veículo que já faz voos na China vira atração de feira em Ribeirão Preto De pulverização a controle de pragas: mais versáteis, drones evoluem para atender diferentes funções no campo Mas quando a busca por tecnologia avança e os aportes demandados ficam acima dos R$ 100 mil, os produtores recorrem a parcerias e cooperativas como opções de crédito. “O consórcio também é bastante procurado, porque as parcelas acabam sendo bem acessíveis”, diz Antonio Semmler, diretor comercial da Motocana. É para o pequeno produtor que a empresa projetou o FL 300, que custa cerca de R$ 180 mil. O trator é uma alternativa para carregar madeiras de reflorestamento que tem uma base acoplada que ajuda a dar estabilidade e fazer o recolhimento de forma a usar pouco espaço. Agrishow 2024: g1 faz giro pela feira do agronegócio em Ribeirão Preto, SP Veja mais notícias da Agrishow 2024 Já foi à Agrishow? Conheça a maior feira de agronegócio do Brasil

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