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Embraer registra prejuízo de R$ 63,5 milhões no 1° trimestre de 2024


Embraer afirmou que "a administração acredita que as estimativas atuais ainda são válidas e representam riscos e oportunidades equilibrados para as operações do ano vigente". Embraer registra prejuízo de R$ 63,5 milhões no 1° trimestre de 2024 Divulgação/Embraer A Embraer registrou prejuízo líquido ajustado de R$ 63,5 milhões no primeiro trimestre de 2024, segundo informou a fabricante brasileira de aeronaves nesta terça-feira (7). O prejuízo líquido ficou abaixo do resultado negativo registrado no mesmo período de 2023, que foi de R$ 460,5 milhões. Em comunicado à imprensa, a Embraer ressaltou que "a administração acredita que as estimativas atuais ainda são válidas e representam riscos e oportunidades equilibrados para as operações do ano vigente". A fabricante informou que o fluxo de caixa livre ajustado sem Eve no período "foi negativo em R$ 1,7 bilhão devido à preparação para um número maior de entregas nos próximos trimestres". Nos três primeiros meses do ano, a Embraer entregou 25 aeronaves, dez a mais em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando foram entregues 15 aeronaves. A alta é de 67%. De acordo com a empresa, a carteira de pedidos chegou a US$ 21,1 bilhões no primeiro trimestre desde ano. O montante representa um aumento de US$ 2,4 bilhões na carteira de pedidos da multinacional na comparação com o último trimestre de 2023, quando foram registrados US$ 18,7 bilhões -- uma alta de 13%. O balanço da Embraer apontou que, dos 25 jatos entregues nos três primeiros meses deste ano, dez são do modelo "Phenom 300", quatro "E195-E2", quatro "Praetor 600", três "E175", três "Praetor 500" e um "Phenom 100". Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina

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Transporte executivo e pulverização impulsionam mercado de aviação agrícola


Companhia participante da Agrishow estima que quase a metade de suas vendas é voltada para produtores rurais. Procura também reflete maior demanda por qualificação profissional. Transporte executivo movimenta mercado de aeronaves no setor agrícola Érico Andrade/g1 Em 2023, o número de aeronaves vendidas para produtores rurais bateu recorde. Foram 149 diante de 80 em 2022, segundo dados do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag). Números que, segundo especialistas do setor, foram impulsionados não só pela demanda por pulverização, como também por transporte executivo. “Há cada vez mais o entendimento de que esse tipo de investimento é capaz de aumentar produtividade e facilitar a vida do produtor”, afirma Sany Onofre, gerente de negócios da Embraer. Faça parte do canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp A empresa lidera o setor com mais da metade das 2,6 mil aeronaves em operação no Brasil. O modelo Ipanema, em sua sétima geração, é o líder de vendas quando o assunto é pulverização. Foram 65 unidades vendidas no ano passado. O avião, que custa R$ 4 milhões, usa 100% de etanol como combustível e tem uma autonomia de quatro horas, em média. “Chegamos a 1,6 mil modelos vendidos neste ano e percebemos que há uma demanda crescente a partir da consciência dos produtores de que a velocidade de pulverização e o fato do avião não tocar o solo, evitando danificar o plantio, acaba sendo um diferencial importante para grandes propriedades”, conta Onofre, que esteve presente na Agrishow deste ano, maior feira de tecnologia agrícola do país realizada em Ribeirão Preto até o início do mês. Em 2024, o Brasil deve se manter na segunda posição do ranking das maiores frota de aviões agrícolas, ficando atrás somente dos Estados Unidos, que tem 3,8 mil aeronaves, segundo o Sindag. Mato Grosso, Rio Grande do Sul e São Paulo são os estados com mais veículos cadastrados. LEIA TAMBÉM Automação e precisão: agro mobiliza investimentos em tecnologia de indústrias de outros setores 'Gigantes' na lavoura, plantadeiras ganham versões capazes de reduzir tamanho para facilitar transporte Embraer conta com modelos exclusivos de aeronaves voltadas para pulverização Wolfgang Pistori/g1 Aviação executiva Além da pulverização, a aviação executiva é cada vez mais um mote de vendas importante entre os produtores rurais. A TAM Aviação Executiva, por exemplo, estima que 43% da sua operação é voltada para o setor agrícola. “Há cada vez mais novas áreas onde a agricultura está se desenvolvendo e crescendo. Não é incomum um produtor ter terras no Centro-Oeste e no Rio Grande do Sul, por exemplo”, afirma Leonardo Fiuza, presidente da empresa. Segundo ele, a companhia tem atualmente 23 modelos para táxi aéreo, entre aviões e helicópteros, que cobrem diferentes necessidades dos produtores rurais, e que custam a partir de R$ 1 milhão. “O perfil de quem procura por esse serviço é de grandes empresas, que adquirem aeronaves para uso dos seus executivos ou dos seus sócios. E esse uso, na grande maioria, é um uso para trabalho, é um uso para deslocamento em função do negócio e para expansão do negócio, para otimização de tempo”, diz. Cessna 206 Turbo Stationair, da TAM AE, em exposição na Agrishow, em Ribeirão Preto Wolfgang Pistori/g1 Cresce procura por qualificação A média salarial de um piloto de avião agrícola no país é de R$ 10 mil por mês, segundo a Sindag. Houve um aumento de 10% no número de profissionais qualificados desde 2022, chegando a 2,2 mil pilotos licenciados. Além da qualificação de piloto de aeronave, quem entra nesse mercado precisa fazer uma especialização para atuar em lavouras. Ele também será responsável pela pulverização e precisa estar apto para descarregar produtos químicos e auxiliar no combate de incêndios no campo. Os profissionais geralmente prestam serviço para mais de um produtor e esse valor pode aumentar. “Existem pelo menos quatro grandes escolas de aviação agrícola no país. Hoje, o profissional que escolhe essa carreira, geralmente não sai mais”, explica Onofre, da Embraer. Veja mais notícias da Agrishow 2024 Já foi à Agrishow? Conheça a maior feira de agronegócio do Brasil

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Entenda o que é o líquido vermelho que sai da carne; spoiler: não é sangue


Apesar de parecer com sangue, a cor avermelhada vem de uma proteína chamada mioglobina, presente nas células de fibras musculares do boi. Líquido que sai da carne não é sangue, mas pode conter um pouco de hemoglobina Unsplash Se você é daqueles que adora se referir à carne malpassada do churrasco como “sangrando”, saiba que está usando a expressão de forma errada. O que escorre não é sangue – ou, pelo menos, não pode ser chamado de sangue, apesar de conter uma pequena parte dele. Trata-se de um líquido formado, principalmente, por uma proteína chamada mioglobina (responsável por deixar essa cor avermelhada) e água. Contém também outros nutrientes, entre eles, uma pequena parte de hemoglobina, proteína do sangue. Composição do líquido da carne Bianca Batista e Dhara Assis/g1 O g1 conversou com médicos veterinários que elencaram alguns fatos que podem ajudar a entender como esse líquido se forma e por que ele é confundido com sangue. Veja a seguir. 🐂O sangue do boi é retirado logo após o abate: uma das primeiras etapas da produção da carne é a sangria, um procedimento que acontece assim que o animal é abatido. Antes, ele é insensibilizado, ou seja, deixa de receber estímulos externos, uma norma que faz parte das regras de abate humanitário no Brasil. Depois, ele recebe um corte no pescoço para escoar o sangue. O que sai é reaproveitado nos abatedouros para fazer outros subprodutos da indústria animal, como a farinha de sangue, usada em rações. Nesse processo, até 80% do sangue é retirado, mas há um resquício que continua nos órgãos e músculos, explica a médica veterinária Angélica Simone Cravo Pereira, professora do Departamento de Nutrição e Produção Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (USP). 🥩O boi precisa "virar carne": após a sangria, a carcaça do animal é submetida a vários processos de preparação até chegar na fase do resfriamento. É aí que os músculos do animal se transformam em carne, própria para consumo humano. Nessa fase, o pH precisa diminuir, para evitar risco de contaminação, como a formação de bactérias no alimento. Em paralelo, algumas enzimas agem para deixar a carne mais macia. ⚖️Perda de líquido: depois do resfriamento, a carcaça ainda passa pela desossa, onde os cortes são feitos. Em seguida os pedaços são embalados e transportados para açougues e supermercados. Durante essa jornada, e até mesmo no manuseio doméstico da carne, é possível que haja um pouco de perda de um líquido vermelho, que muitas vezes é confundido com sangue. 🩸Não é sangue! A aparência pode confundir, mas o que sai da carne bovina é um líquido composto majoritariamente por água e mioglobina, uma proteína presente nas células das fibras musculares do boi, segundo os médicos veterinários Alessandra Silva Dias Campos e Felipe Machado Sant´Anna, professores do Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH). A mioglobina se junta ao oxigênio que vai para as células e ajuda a transportá-lo e armazená-lo nos músculos dos animais. É ela que faz esses tecidos serem vermelhos e, consequentemente, o líquido que sai da carne. 🤔Mas tem um pouco de sangue: apesar de ser em menor proporção, existem outros nutrientes nesse fluido, incluindo hemoglobina, que é a proteína encontrada dentro das células do sangue. “A maior parte é água e mioglobina. O restante é uma mistura do que sobrou de hemoglobina no músculo depois da sangria com outros nutrientes, como ferro, zinco e complexo B”, pontua a professora Angélica Simone Cravo Pereira. Leia mais: Criança pode ser vegetariana? Veja o que dizem os especialistas e quais cuidados adotar Vaca louca: relembre a doença que ficou conhecida nos anos 80 e 90 Descubra por que as moscas de frutas aparecem na sua cozinha Como escolher carne bovina no supermercado? O que você precisa ficar de olho: Escolha uma carne que tenha perdido pouco líquido na embalagem – quanto maior a perda, é sinal de que o alimento será mais seco e menos nutritivo🩸; O produto deve estar bem vedado e dentro da data de validade 📅; Não leve nenhum produto que esteja com odor forte ou diferente do habitual 👃; A coloração precisa ser a mais próximo possível de um vermelho vivo, que indica que o alimento está fres 🍖; Tenha certeza de que a carne esteja resfriada adequadamente. Os termômetros das gôndolas devem apontar de 5ºC a 7°C. Para carnes congeladas, precisa estar em -12ºC 🌡️. Leia mais: Umami: descubra o que comer para despertar o quinto gosto do paladar humano Água quente com vinagre pode ser o segredo para arroz soltinho Frutas, verduras e legumes mofados: descubra o que você está fazendo de errado De onde vem o Maracujá De onde vem a manga

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Temporais no Rio Grande do Sul causam mais de R$ 500 milhões em prejuízos no campo


Valor ainda é parcial, uma vez que apenas 25 municípios, dos 336 listados no reconhecimento estadual e federal de Estado de Calamidade Pública, registraram os prejuízos sofridos. Gado é arrastado pela água após temporais no Rio Grande do Sul Reprodução/Globo Rural Os temporais no Rio Grande do Sul já causaram R$ 500 milhões em prejuízos na agricultura e na pecuária, informa a Confederação Nacional de Municípios (CNM). O valor ainda é parcial, uma vez que apenas 25 municípios dos 336 listados no reconhecimento estadual e federal de Estado de Calamidade Pública registraram os prejuízos sofridos. Somente na agricultura, as perdas são de R$ 423,8 milhões, e na pecuária, de R$ 83 milhões. Levando em conta o total da economia afetada no estado, os valores já somam R$ 967,2 milhões. Além disso, a CNM informa que, "considerando que o foco ainda é em salvar vidas, o valor total dos danos e prejuízos irá aumentar à medida que as águas forem baixando e os gestores locais conseguirem contabilizar esses dados". O temporal já deixou mais de 80 mortos e 100 desaparecidos. Perdas na lavoura As perdas no campo foram generalizadas. No último domingo (5), o Globo Rural mostrou lavouras de arroz, soja e hortaliças inundadas, além disso muitos animais morreram. No município de Estrela, mais de 56 mil frangos se afogaram. A força da água também arrastou maquinários e o gado. Confira no vídeo abaixo. Chuvas no RS causam destruição no campo Veja a seguir as perdas estimadas pela consultoria Datagro. Arroz: a consultoria Datagro prevê que as perdas apenas na produção de arroz sejam de R$ 68 milhões, totalizando 10% a 11% do total cultivado. O RS responde por 70% da produção nacional do grão. A estimativa era de que o estado colhesse 7,5 milhões toneladas de arroz este ano. Mas, com a tragédia, a safra deve ficar próxima das 6,7 milhões ou 6,8 milhões de toneladas, podendo gerar impactos na inflação, ressalta a consultoria. Soja: perdas de 3% a 6%, com prejuízo entre R$ 125 milhões e R$ 155 milhões a produtores. Segundo a consultoria, essa redução deve ter "algum impacto" de alta sobre as cotações internacionais e domésticas. Milho: perdas de 2% a 4%, com prejuízo de R$ 7 milhões a R$ 12 milhões. "Também aqui com leve impacto altista imediato sobre os preços locais. Mas sem peso para mexer significativamente no cenário de preços conservador do mercado internacional", afirma a consultoria. Rio Grande do Sul é o maior produtor de arroz do Brasil, veja no vídeo: Água quente com vinagre pode ser o segredo para arroz soltinho Saiba mais: Operadoras oferecem pacotes de internet grátis e sinal compartilhado para clientes no RS Aeroporto de Porto Alegre com voos suspensos: veja quais os direitos dos passageiros

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Mega-Sena pode pagar R$ 37 milhões nesta terça-feira


As apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.721 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 37 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta terça-feira (7), em São Paulo. No concurso do último sábado (4), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer. A Mega soma três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.

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Receita Federal dá mais prazo para entrega do imposto de renda por moradores de municípios atingidos por temporais no Rio Grande do Sul

Prazo para entrega venceria em 31 de maio, mas foi ampliado para 31 de agosto. Pagamento de tributos federais, incluindo parcelamentos, também foram estendidos, de acordo com portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU). A Receita Federal prorrogou nesta segunda-feira (6) o prazo para entrega da declaração do imposto de renda por moradores de 336 municípios atingidos pelos temporais no Rio Grande do Sul. O prazo para entrega venceria em 31 de maio, mas, agora, foi ampliado para 31 de agosto. O pagamento de tributos federais, incluindo parcelamentos, também foram estendidos, com base em uma portaria publicada nesta noite, em edição extra do Diário Oficial da União (DOU). JN acompanha voo da FAB que leva hospital de campanha para Rio Grande do Sul Agora, os tributos federais com vencimento em abril, maio e junho de 2024 poderão ser pagos para o último dia útil dos meses de julho, agosto e setembro de 2024, respectivamente. Os processos administrativos de interesse de contribuintes desses municípios também estão suspensos até 31 de maio. Uma outra portaria publicada no DOU desta segunda também prevê mais tempo para o pagamento de tributos relativos ao Simples Nacional, incluindo os recolhidos por microempreendedores individuais das regiões afetadas.

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Câmara aprova projeto que reconhece estado de calamidade no RS e facilita repasses federais ao estado


Texto dispensa cumprimento de regras e prazo previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal; votação agora vai para o Senado. Mais de 80 pessoas já morreram por causa dos temporais no Rio Grande do Sul. A Câmara dos Deputados aprovou nesta segunda-feira (6) um projeto que reconhece o estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul até 31 de dezembro em razão das fortes chuvas que atingem o estado desde a última semana. A votação foi simbólica, ou seja, sem a necessidade de registro de votos no painel, uma vez que a proposta era de amplo consenso. Vista aérea da Orla do Rio Guaiba, em Porto Alegre (RS), completamente coberta de água após o transbordamento do rio nosábado (4). MAX PEIXOTO/DIA ESPORTIVO/ESTADÃO CONTEÚDO O texto agora vai ao Senado e depois será promulgado pelo presidente do Congresso, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O objetivo da proposta é facilitar o repasse de verbas públicas ao estado para ajudar a socorrer e reconstruir as regiões atingidas pelos temporais. Depois de mais de uma semana de tempestades, o Rio Grande do Sul está tendo que lidar com transbordamento de rios, alagamento de cidades e destruição de parte de rodovias. Até esta segunda, mais de 80 pessoas já morreram em razão das chuvas. Anúncio conjunto O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou o projeto de decreto legislativo após uma reunião no Palácio do Planalto com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Também participaram o vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Edson Fachin, e ministros do governo. Lula decreta medida para acelerar repasses ao RS O projeto, na prática, permite que os recursos utilizados nas ações relacionadas ao Rio Grande do Sul não sejam submetidas aos parâmetros da Lei de Responsabilidade Fiscal. “Ficam fora do limite de gastos e das metas fiscais qualquer benefício, incentivo ou gastos que venhamos a fazer com estados e municípios”, explicou a ministra do Planejamento, Simone Tebet. Leia também: Temporais no RS: veja resgates impressionantes durante as chuvas Chuvas no Rio Grande do Sul; VEJA FOTOS Como ajudar as vítimas dos temporais no RS O projeto Segundo o texto, as despesas pagas com crédito extraordinário e as renúncias fiscais necessárias para enfrentar o estado de calamidade não serão computadas nos resultados fiscais e o governo não precisará contingenciar o Orçamento para cumprir a meta. Tebet explica como vai funcionar o decreto legislativo para recursos de socorro ao RS Especialistas avaliam que a legislação já permite que isso seja feito sem necessidade de alterações na legislação. “Se há preocupação com a questão das regras fiscais, também a Lei do Novo Arcabouço Fiscal determina a não incidência do limite de gastos sobre esse tipo de despesas”, afirmou o economista-chefe da Warren Investimentos, Felipe Salto. Além da questão do limite fiscal, o projeto aprovado também dispensa o Rio Grande do Sul de limites, condições e demais restrições aplicáveis e demais entes no que diz respeito a: contratação e aditamento de operações de crédito; concessão de garantias; contratação entre entes da Federação; recebimento de transferências voluntárias. O Rio Grande do Sul já se encontra em estado de calamidade pública em razão de um outro decreto legislativo aprovado em setembro de 2023. A avaliação, no entanto, é de que é necessário um novo decreto para tratar especificamente das chuvas que afetam o estado neste momento. 'A população mesmo se salvou', diz homem que ficou ilhado após chuvas no RS Ações emergenciais Ainda no final de semana, Lira afirmou que a Câmara “dará todo o apoio” aos mais de 300 municípios afetados pelo evento climático extremo. “O povo do RS precisa de muita solidariedade e, principalmente, ações efetivas no atendimento à população atingida e para reconstrução das áreas devastadas por essa tragédia. O governador Eduardo Leite e o povo gaúcho contam com minha solidariedade e trabalho”, disse Lira ao visitar o Rio Grande do Sul junto à comitiva de autoridades federais. O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou que o Planalto vai priorizar o pagamento de emendas voltadas para a recuperação do estado. Segundo Guimarães, a maior parte das emendas será voltada para a área da saúde.

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Governo vai lançar pacote de ajuda ao RS, com crédito para reconstrução de casas, diz Haddad

Ministro da Fazenda falou sobre medidas de socorro à população gaúcha, atingida por fortes chuvas nos últimos dias. Governo também prepara um tratamento diferenciado para a dívida do estado com a União. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira (6) que o governo deve lançar um pacote de ajuda ao Rio Grande do Sul, que inclui linhas de crédito bancário para reconstrução de moradias destruídas pelas fortes chuvas e enchentes. "A questão do crédito, vai ter que ter uma linha de crédito específica para reconstrução de casas das pessoas, nem todo mundo, a maioria das pessoas não tem cobertura de seguros, então isso tudo vai ter que ser visto", declarou. Haddad confirmou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Caixa e o Banco do Brasil podem ser agentes de distribuição dessas linhas de crédito. O ministro tem reunião na terça-feira (7) com a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros A intenção é apresentar alguns cenários ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na terça-feira (7) e fechar os detalhes do pacote no dia seguinte (8). Segundo o ministro, o pacote também inclui o diferimento da cobrança de impostos para empresas no estado. Ou seja, o adiamento dos prazos para pagamento. Nível do Guaíba deve demorar dias para baixar; entenda Dívida do estado Além disso, o governo também prepara um tratamento diferenciado para a dívida do Rio Grande do Sul com a União. "É um caso totalmente atípico e precisa de um tratamento específico", disse. De acordo com Haddad, a dívida do estado vai ser tratada de forma faseada. Isso, inclusive, já teria sido discutido com os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco. Porém, em uma segunda fase, o endividamento do Rio Grande do Sul seria discutido junto à renegociação da dívida dos estados, em análise pelo governo federal. "Inclusive foi objeto de conversa nossa do Executivo com o Legislativo, junto ao presidente Lira e ao presidente Pacheco, que nós íamos dar um tratamento emergencial para essa questão e isso não ia nos impedir de depois, na segunda fase, continuar as tratativas em torno disso", declarou. O governo também discute a abertura de crédito extraordinário --alocação de recursos extras para atender a despesas inesperadas e urgentes. Contudo, Haddad disse que o crédito será "bem centralizado para nós não perdermos a governança". Para utilizar os recursos, segundo o ministro, será preciso aprovação do governo e do Congresso.

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Produção de arroz deve ter prejuízo de R$ 68 milhões com chuvas no RS, diz Datagro


Estado é responsável por 70% da produção do grão no Brasil. Cerca de 80% da colheita do cereal já foi concluída, mas perdas podem chegar a 800 mil toneladas em áreas atingidas. Arroz na colheitadeira Celso Tavares / g1 As chuvas no Rio Grande do Sul têm o potencial de gerar perdas de 10% a 11% na produção de arroz do estado e um prejuízo de R$ 68 milhões aos agricultores da região, segundo cálculos da consultoria Datagro. O RS responde por 70% da produção nacional do grão. Antes do temporal, que já deixou mais de 80 mortos e 100 desaparecidos, a estimativa era de que o estado colhesse 7,5 milhões toneladas de arroz este ano. Mas, com a tragédia, a safra deve ficar próxima das 6,7 milhões ou 6,8 milhões de toneladas, podendo gerar impactos na inflação, ressalta a consultoria. Até a semana passada, cerca de 83% da área plantada de arroz já estava colhida. A área que ainda falta colher corresponde a 150 mil hectares, dos quais 30% estão localizados em regiões afetadas pelas inundações. Soja e milho O Rio Grande do Sul também tem produção de soja e milho e feijão. Para essas culturas, o Datagro prevê: Soja: perdas de 3% a 6%, com prejuízo entre R$ 125 milhões e R$ 155 milhões a produtores. Segundo a consultoria, essa redução deve ter "algum impacto" de alta sobre as cotações internacionais e domésticas. Milho: perdas de 2% a 4%, com prejuízo de R$ 7 milhões a R$ 12 milhões. "Também aqui com leve impacto altista imediato sobre os preços locais. Mas sem peso para mexer significativamente no cenário de preços conservador do mercado internacional", afirma a consultoria. Chuvas no RS causam destruição no campo Arroz branco, parboilizado e integral: entenda as diferenças

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