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'Enem dos Concursos': governo fala sobre o Concurso Nacional Unificado (CNU)

Possibilidade de adiar as provas foi levantada por causa da tragédia climática que atinge o Rio Grande do Sul. 'Enem dos Concursos': governo fala sobre o Concurso Nacional Unificado (CNU) Possibilidade de adiar as provas foi levantada por causa da tragédia climática que atinge o Rio Grande do Sul. O Concurso Nacional Unificado (CNU) - conhecido como 'Enem dos Concursos' - está inicialmente marcado para domingo (5) em todo o Brasil.. No entanto, a hipótese de adiar o exame passou a ser debatida no governo após a chuva histórica que atingiu o Rio Grande do Sul.. O estado decretou calamidade pública diante da devastação: são 32 mortos, 74 desaparecidos e mais de 24 mil moradores fora de casa.. O Rio Grande do Sul tem 86 mil candidatos inscritos, e os exames seriam realizados em 10 cidades - algumas delas em situação de emergência.. Mais cedo, o ministro Paulo Pimenta (Comunicação) afirmou que o custo para adiar a prova é de R$ 50 milhões e afirmou que o governo avalia uma "saída jurídica".

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De sensores de solo a máquinas versáteis, tecnologias otimizam custos no cultivo de grãos


Maior feira de agronegócio do país, Agrishow tem opções com investimentos a partir de R$ 7 mil e inovações que prometem baixar em até 90% os gastos dos produtores. Agrishow 2024: tecnologias de monitoramento ajudam a reduzir custos no campo A queda da safra de grãos é, em parte, consequência dos efeitos do clima, mas uma parte dos prejuízos contabilizados pelos produtores têm relação com problemas como desperdício de matérias-primas, falhas humanas e equipamentos obsoletos. Em culturas como a cana-de-açúcar, por exemplo, a perda média de uma plantação, no Brasil, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), é de 20%. Para fazer frente a isso, empresas apostam na popularização de soluções que aumentam a precisão dos processos. Máquinas multiculturas, sensores de solo que economizam água e mapeamentos remotos com uso de inteligência artificial estão entre as alternativas que podem ser conferidas na Agrishow, maior feira de tecnologia agrícola do país que acontece em Ribeirão Preto (SP). Faça parte do canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp “Acredito que a saída é a educação, é a capacitação e o entendimento de todos os envolvidos no processo agrícola para aumentar a precisão e diminuir perdas. A tecnologia e a inteligência artificial já são realidade no campo”, afirma o engenheiro agrônomo e presidente da Herbicat, Luis Cesar Pio. A empresa acaba de lançar durante a Agrishow um piloto automático com visão computacional e IA. O objetivo é danificar o mínimo possível a plantação. Trata-se de um sistema de câmeras capaz de identificar linhas de plantio e evitar contato entre o trator e a plantação. As câmeras se comunicam por cabo com um computador de bordo que está ligado à direção do trator. A empresa garante que o sistema funciona em qualquer tamanho de máquina e reduz a perda para a média de 5%. Máquina de multiculturas das Indústrias Colombo Divulgação/ Indústrias Colombo Máquinas adaptadas Produtores que optam pelo plantio de mais de uma cultura no mesmo solo visam potencializar os ganhos. Isso é mais comum em médias e pequenas propriedades, como aponta o pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo Manoel Ricardo de Albuquerque. “Para haver ganhos em termos de produção e qualidade do solo nestes casos é necessário observar uma série de fatores. Técnicas específicas para o controle de erosão, calagem e adubação, além de uso de equipamentos e maquinários adequados é essencial”, aponta. Parte da indústria percebeu que o equipamento capaz de colher feijão com precisão não tinha o mesmo sucesso na colheita de amendoim, por exemplo. “A saída muitas vezes acaba sendo utilizar o mesmo trator e uma plataforma determinada para cada tipo de cultura, mas esse trator quase sempre vai danificar o grão”, diz Neto Colombo, diretor de operações das Indústrias Colombo. Também com a promessa de índices mínimos de perda, Neto explica que a colhedora Avanti, lançamento da marca, é capaz de um fluxo de baixo impacto do material a ser trilhado, ou seja, não danifica a semente quando a plataforma recolhedora passa por cima do solo semeado. A versão mais compacta da colhedora acaba de ser lançada na Agrishow e custa em torno de R$ 3,2 milhões. “A esteira de descarregamento composta por lona de borracha mantém a alta integridade de grãos e agrega valor no produto. A compra do feijão ou do amendoim no mercado é visual, além de menores perdas, visualmente será um produto mais bonito." Sistema que monitora necessidade de água na irrigação promete aumentar economia em até 30% Divulgação/Valley Sensores que economizam água “Água em excesso é tão prejudicial quanto a falta dela na lavoura”, explica o gerente comercial da Valley, Sandro Rodrigues. Por isso, cada vez mais opções de controle da irrigação são procuradas pelos produtores. Sensores de solo ligados aos bicos de irrigação e controle meteorológico são a base da plataforma recentemente lançada pela empresa. A empresa promete economia de até 30% de água com um investimento de aproximadamente R$ 15 mil. “O sistema é capaz de jogar todas as informações para o aplicativo de celular, o produtor recebe as informações hídricas da plantação e consegue alterar o planejamento de irrigação se necessário." Sistema que monitora necessidade de água na irrigação promete aumentar economia em até 30% Divulgação/ Valley Mapeamento remoto e IA A Climate FieldView, plataforma da alemã Bayer, aposta na grande base de clientes para popularizar seu sistema capaz de identificar falhas, corrigir planos e mapeamento inteligente. O equipamento é acoplado ao maquinário e joga as informações para um tablet ou para um celular. Guilherme Belardo, líder de desenvolvimento de negócios da empresa, explica como ele funciona. "A combinação de dados, informações, insights e soluções possibilita a correção rápida de situações mais urgentes pelo próprio operador e também um planejamento mais preciso do produtor com o banco de dados que ele vai criando”, diz. Esse equipamento custa em média R$ 7 mil para quem não é cliente da Bayer e, segundo a marca, é o primeiro passo para digitalização da propriedade. Há uma escala de produtos que são oferecidos ao cliente depois desse passo. LEIA TAMBÉM Telemetria, força e eficiência: tratores 'top de linha' reúnem tecnologia e conforto para o produtor rural; VÍDEO Menos herbicidas, economia de água, produtividade: como robôs otimizam pulverização e controle de pragas Produtores que já possuem um histórico digital da plantação e visam uma economia mais detalhada, como em qual parte da propriedade plantar determinada semente, são o público da Basf, que acaba de lançar uma série de softwares interligados com satélite que avaliam imagens detalhadas, criando mapas de potencial produtivo. A plataforma é capaz de avaliar diferentes tipos de solos e identificar a previsão de colheita. “A plataforma vai te entregar uma projeção antecipada. É como se ele te desse o mapa de produção de determinada área antes mesmo do plantio”, afirma Alan Castro, coordenador de desenvolvimento da Xarvio, uma divisão de IA da Basf. O serviço utiliza informações do satélite desde 2016 e é capaz de fazer uma média ou a evolução do que ocorreu no terreno nos diferentes meses do ano. “Nós temos um mapeamento digital feito 100% por inteligência artificial com diferentes funções capaz de, se lido corretamente, resultar em uma economia de 90% no uso de herbicidas." Agrishow 2024: g1 faz giro pela feira do agronegócio em Ribeirão Preto, SP Veja mais notícias da Agrishow 2024 Já foi à Agrishow? Conheça a maior feira de agronegócio do Brasil

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Vendas de veículos têm melhor abril desde 2019, diz Fenabrave

No acumulado de 2024, as vendas de veículos novos subiram 16,31%, a 735.312 unidades. Os emplacamentos de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus acumularam 220.813 unidades em abril de 2024. Foi o melhor resultado para o mês em cinco anos (231.952 veículos em 2019). O aumento foi de 17,63% ante março e de 37,44% na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (3) pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). No acumulado de 2024, as vendas de veículos novos subiram 16,31%, a 735.312 unidades. Veja abaixo a divisão: Automóveis: 164.365 emplacamentos (alta de 19,21% no mês e 39,16% no ano) Comerciais leves: 43.713 (alta de 14,75% no mês e 30,14% no ano) Caminhões: 10.553 (alta de 8,86% no mês e 44,78% no ano) Ônibus: 2.182 (alta de 6,65% no mês e 30,74% no ano) Da saída da Ford ao recorde de investimentos: o que reacendeu o ânimo das montadoras no Br De acordo com a associação de concessionários, o crescimento no mês se explica em parte pelo maior número de dias úteis — 22 em abril, contra 20 em março, mas também pelo aumento em vendas diárias. Segundo os dados, a média de emplacamentos diários de automóveis e comerciais leves subiu 7,5% de março para abril. "Começamos 2024 confiantes em um crescimento sustentado e este primeiro quadrimestre confirma nossa expectativa", afirmou o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Jr, em comunicado à imprensa, citando momento mais favorável ao crédito e os juros mais contidos. O segmento de automóveis e comerciais leves híbridos e híbridos plug-in apurou aumentos de vendas de 13,71% na base mensal e de 101,02% ano a ano, com 8.501 unidades. Os carros e comerciais leves elétricos puros registraram crescimentos respectivos de 9,29% e 1.090,94%, a 6.705 unidades Em caminhões, os emplacamentos aumentaram 8,86% em abril ante março e 44,78% na comparação anual, para 10.553 unidades. "Apesar de o crédito, de forma geral, seguir restrito por parte de alguns agentes financeiros, as vendas financiadas por bancos de montadoras vêm registrando bons resultados, explicou Andreta Jr. * Com informações da agência Reuters.

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Governo federal decide interditar pontes do Guaíba, em Porto Alegre, após chuvas


Barcos colidem contra nova ponte do Guaíba em Porto Alegre João Praetzel/GZH O governo federal decidiu interditar o trânsito nas duas pontes sobre o Rio Guaíba, em Porto Alegre, após as fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul neste semana. A informação foi dada ao blog pelo ministro dos Transportes, Renan Filho. A decisão foi tomada por motivos de segurança e vale até as águas baixarem. Segundo o ministro, o nível do Guaíba ultrapassou 4 metros e o tráfego de veículos corria risco na ponte. Barcos se chocaram contra a estrutura na manhã desta sexta. "Há a pressão sobre a estrutura da água do rio e a pressão da ponte em si. Não queríamos colocar em risco a estrutura somando a ela a passagem de veículos", disse Renan Filho. O ministro afirmou que apenas passagem de ambulâncias e carros de bombeiros poderá ser liberada. Rio Guaíba ultrapassa cota de inundação em Porto Alegre e águas invadem cais

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ONS começa a importar energia do Uruguai para fornecer ao Rio Grande do Sul

Decisão foi tomada depois do desligamento de subestações de energia elétrica, devido às fortes chuvas. Rio Grande do Sul decreta calamidade pública por causa dos temporais O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) começou nesta sexta-feira (3) a importar energia elétrica do Uruguai para garantir fornecimento no Rio Grande do Sul. A decisão foi tomada depois do desligamento de subestações de energia elétrica no estado, devido às fortes chuvas dos últimos dias. Até o fim da manhã desta sexta, os temporais tinham deixado 32 pessoas mortas, 74 desaparecidas, e 24.252 desalojadas. As subestações fazem a conexão com o sistema interligado nacional e seu desligamento pode sobrecarregar o sistema no estado. O sistema interligado de energia tem uma conexão com o Uruguai por uma linha de transmissão, na fronteira do país com o Rio Grande do Sul. Segundo o Ministério de Minas e Energia e o ONS, a importação foi programada para o período de 06h30 às 11h30 e de 14h às 19h30 desta sexta-feira (3). Na quarta-feira (1º), o ONS desativou a subestação de energia Nova Santa Rita, que faz a conexão com o sistema interligado nacional, por questões de segurança, depois do alagamento do pátio da unidade. "Isso fragiliza a conexão entre os sistemas de transmissão e deixa os sistemas remanescentes sobrecarregados e mais suscetíveis a novas contingências que podem levar a cortes de cargas", disse a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em nota. Segundo a Aneel, na quinta-feira (2), outras instalações importantes no estado haviam sido desligadas: linhas de transmissão Venâncio Aires/Cidade Industrial e Lajeado 2/Lajeado 3, além da subestação Candelária. Ainda na quinta-feira (2), as usinas Castro Alves e 14 de Julho foram desligadas. A barragem 14 de Julho chegou a romper parcialmente por conta do volume de chuvas. Em nota, a Companhia Energética Rio das Antas (Ceran), que é responsável pela usina, afirmou que o rompimento "não traz aumento significativo nas vazões". Além disso, por causa das chuvas, o reservatório da usina Dona Francisca chegou perto do nível máximo na quinta-feira (2). Segundo o ONS, foram adotadas medidas para impedir o aumento do nível de água do reservatório. O ONS também afirmou que acompanha a situação da usina Passo Real, "cujo nível do reservatório está com uma elevação significativa". Segundo o operador, há necessidade de aumentar a vazão de água da usina.

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Veja como medir a qualidade da água na criação de peixes

Uma publicação da Embrapa dá dicas sobre o PH da água e ensina a medir a temperatura e transparência do açude. Quer entender melhor sobre a qualidade da água na criação de peixes? Uma publicação da Embrapa dá dicas sobre o PH da água e ensina a medir a temperatura e a transparência do açude. >>>Acesse aqui<<< Mais assistidos do Globo Rural

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Indígenas e quilombolas são mais jovens que o conjunto da população, aponta Censo 2022


Metade das populações desses grupos têm até 25 anos e 31 anos, respectivamente, ante 35 da população geral. Diferença é ainda maior dentro dos territórios próprios desses grupos. Maior quantidade de filhos por mulher pode ser uma das causas, diz pesquisadora do IBGE. As populações indígena e quilombola são mais jovens que o conjunto dos brasileiros, segundo dados do Censo 2022 divulgados nesta sexta-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) . De acordo com os dados Metade da população brasileira tem até 35 anos; Entre os indígenas, metade têm até 25 anos; Entre os quilombolas, metade têm até 31 anos. Além disso, a proporção de idosos em relação ao total da população – o chamado índice de envelhecimento – é menor entre os indígenas e quilombolas na comparação com o total dos brasileiros: No geral, o Brasil tem 80 idosos (60 anos ou mais) para cada 100 jovens de até 14 anos; Entre os indígenas, são 35 idosos para cada 100; E entre os quilombolas, 54 para cada 100. O Brasil tem 1,7 milhão de indígenas e 1,3 milhão de quilombolas, que representam respectivamente representam 0,8% e 0,65% da população total (203 milhões). 'Entendimento da importância de ter filhos' Uma das possíveis razões para que as populações indígenas e quilombolas sejam mais jovens é a percepção da relevância de ter filhos para perpetuar as comunidades, segundo Marta Antunes, responsável pelo projeto de Povos e Comunidades Tradicionais no IBGE. "A principal razão tem a ver com a dimensão cultural da relação com a reprodução física como parte da reprodução social desses povos indígenas. O entendimento da importância de ter filhos, a importância dos mais jovens nessa reposição da população e da transmissão do conhecimento." Segundo Antunes, dados de censos anteriores indicam que a fecunidade (quantidade de filhos por mulher) é historicamente mais elevada entre essas populações – os dados desse indicador levantados no Censo de 2022 ainda não foram divulgados. “A gente ainda não tem esse dado [de fecundidade], mas pela análise das pirâmides etárias e comparando os dados com 2010, a gente percebe que há fecundidades mais elevadas, sim, ao longo dos últimos 15 anos, 20 anos, 30 anos. Então continua com uma fecundidade [na população indígena] mais alta do que a da população brasileira, principalmente dentro das terras indígenas (TIs)”, diz a pesquisadora. Indígenas de várias etnias que participam do Acampamento Terra Livre 2024 marcham na Esplanada dos Ministérios em abril deste ano. Rafa Neddermeyer/ Agência Brasil As populações indígena e quilombola são mais jovens do que o conjunto da população brasileira, segundo os dados do Censo 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (3). Indígenas e quilombolas são ainda mais jovens dentro dos territórios demarcados Segundo o Censo 2022, os indígenas e quilombolas são ainda mais jovens dentro dos próprios territórios: nas Terras Indígenas, metade tem até 19 anos (ante 30 fora delas); nos territórios quilombolas demarcados, metade tem até 28 anos (ante 31 fora). Para Marta Antunes, os territórios demarcados garantem uma segurança maior para esses grupos sociais, o que facilita ter filhos. “Há a questão de que quando você tem uma população dentro de um território indígena já com alguma segurança territorial, com acesso às políticas públicas, você também tem mais oportunidades sociais e econômicas para a própria reprodução física da vida. Então você pode fazer escolhas sobre a reprodução da sua família", diz Antunes. Essa segurança também faz com que, dentro dos territórios, não ocorra a redução na proporção de homens em relação a mulheres que acontece no conjunto da população a partir, principalmente dos 19 anos, e que decorre da maior exposição deles a fatores externos, como violência. Criança sendo batizada na capela do Vão de Almas, no Quilombo Kalunga, em foto de 2019. Fábio Tito/G1 Mulheres dentro e fora das terras indígenas Apesar de as mulheres serem maioria entre indígenas de forma geral, dentro dos territórios elas são minoria. Uma das possíveis razões para isso é a mortalidade materna, segundo Antunes. Pela maior segurança dentro dos territórios demarcados e pela maior facilidade em se planejar a gravidez, as mulheres indígenas podem ter mais filhos por mais tempo e por causa disso, as gestações se tornam mais arriscadas. “O que os demógrafos de saúde nos apontaram, quando levamos essas questões para eles, é que a partir dos 35, 40 anos, essas gestações começam a ter um maior risco de morte por hemorragia na hora do parto ou complicações, porque já houveram várias gestações e a mulher está em uma idade mais avançada”, afirmou. Antunes diz ainda que dentro das terras, o acesso à saúde de maior complexidade, a retirada de pacientes em situações de emergência pode ser mais difícil, inclusive por causa de questões logísticas envolvidas no acesso às terras indígenas. Outra possível razão para haver menos mulheres dentro dos territórios é a migração das mais jovens do grupo para fora das terras indígenas. “Ainda não temos os dados de migração para dizer quanto há de migração para fora dos territórios. [Os dados apontam] para a possibilidade de haver alguma migração, sim, mas isso precisa ser verificado. São múltiplas as razões que levam qualquer pessoa a migrar. Tem a ver com oportunidades, acesso a serviços, acesso à educação. Isso chama muito o jovem adulto indígena”, diz Antunes. Leia também: Em 1872, primeiro Censo listou indígenas como 'caboclos' ou 'pardos'; população só passou a ser contada em 1991 Quem são os quilombolas, grupo incluído no Censo pela 1ª vez Crescimento da população Em 2022, o número de indígenas foi 89% maior que o observado no Censo de 2010. Houve mudança no mapeamento e na metodologia da pesquisa entre as duas pesquisas, o que permitiu identificar mais pessoas. Os povos indígenas passaram a ser mapeados pelo IBGE em 1991, com base na autodeclaração no quesito cor ou raça. No entanto, a partir do Censo de 2022, o instituto ampliou a metodologia, incluindo também o quesito se considera indígena para contagem da população. Houve também participação das próprias lideranças das comunidades no processo de coleta de dados e a inclusão de outras localidades indígenas além das terras oficialmente delimitadas. Segundo Marta Antunes, entretanto, houve também um crescimento real da população, embora o envelhecimento não ocorra no mesmo ritmo do conjunto da população. “Os indígenas estão crescendo. Dentro das terras, estão crescendo muito: 16,6% de aumento de pessoas indígenas dentro de Terras Indígenas entre 2010 e 2022. Tem muito jovem nascendo" e realmente não estão chegando nessa nessa idade de 60 ou mais com o mesma pujança que você chega na população como um todo.” Para Antunes, a estrutura de atendimento à saúde melhor faz com que haja uma população mais idosa fora do que dentro das TIs. Outras divulgações do Censo 2022 As informações do Censo 2022 começaram a ser divulgadas em junho de 2023. Desde então, foi possível saber que: O Brasil tem 203 milhões de habitantes, número menor do que era estimado pelas projeções iniciais; O país segue se tornando cada vez mais feminino e mais velho. A idade mediana do brasileiro passou de 29 anos (em 2010) para 35 anos (em 2022). Isso significa que metade da população tem até 35 anos, e a outra metade é mais velha que isso. Há cerca de 104,5 milhões de mulheres, 51,5% do total de brasileiros; 1,3 milhão de pessoas se identificam como quilombolas (0,65% do total) – foi a primeira vez na História em que o Censo incluiu em seus questionários perguntas para identificar esse grupo; O número de indígenas cresceu 89%, para 1,7 milhão, em relação ao Censo de 2010. Isso pode ser explicado pela mudança no mapeamento e na metodologia da pesquisa para os povos indígenas, que permitiu identificar mais pessoas; Pela primeira vez, os brasileiros se declararam mais pardos que brancos, e a população preta cresceu. Também pela primeira vez, o instituto mapeou todas as coordenadas geográficas e os tipos de edificações que compõem os 111 milhões de endereços do país, e constatou que o Brasil tem mais templos religiosos do que hospitais e escolas juntos. Após 50 anos, o termo favela voltou a ser usado no Censo. O Brasil tinha, em 2022, 49 milhões de pessoas vivendo em lares sem descarte adequado de esgoto. Esse número equivale a 24% da população brasileira. Já a falta de um abastecimento adequado de água atingia 6,2 milhões de brasileiros. O Censo 2022 também mostrou que mais da metade da população brasileira vive a até 150 km do litoral.

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Dólar tem queda forte e chega a R$ 5,04, com mercado de trabalho mais fraco nos EUA; Ibovespa sobe


No dia anterior, a moeda norte-americana recuou 1,53%, cotada a R$ 5,1134. Já o principal índice acionário da bolsa de valores encerrou em alta de 0,95%, aos 127.122 pontos. Dólar Karolina Grabowska/Pexels O dólar opera em forte baixa nesta sexta-feira (3) e o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, sobe, com investidores repercutindo a divulgação de novos dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos. O país criou 175 mil novas vagas de emprego em abril, contra uma expectativa de 240 mil e abaixo dos 315 mil registrados no mês anterior. Esses números são observados com atenção porque podem ser determinantes para os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), em relação aos cenários de juros do país. Há expectativa que a instituição comece a cortar as taxas no segundo semestre, a depender do rumo da inflação e da atividade econômica. Veja abaixo o resumo dos mercados. Dólar Às 13h20, o dólar caía 0,82%, cotado a R$ 5,0713. Na mínima do dia, chegou a R$ 5,0449. Veja mais cotações. No dia anterior, a moeda norte-americana fechou em baixa de 1,53%, vendida a R$ 5,1134. Com o resultado, acumulou: queda de 0,06% na semana; recuo de 1,53% no mês; ganho de 5,38% no ano. Ibovespa No mesmo horário, o Ibovespa subia 1,17%, aos 128.615 pontos. Na véspera, o índice teve uma alta de 0,95%, aos 127.122 pontos. Com o resultado, acumulou: alta de 0,47% na semana; avanço de 0,95% no mês; perdas de 5,26% no ano. Entenda o que faz o dólar subir ou descer DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? O que está mexendo com os mercados? O mercado repercute a divulgação do relatório de empregos não-agrícolas dos Estados Unidos, conhecido como payroll, que veio abaixo das expectativas. Segundo o Departamento do Trabalho, foram abertas 175 mil vagas de emprego fora do setor agrícola no mês passado. Economistas consultados pela Reuters previam abertura de 243 mil vagas. Já os dados de março foram revisados para cima, mostrando abertura de 315 mil empregos, em vez de 303 mil. Assim, a taxa de desemprego nos EUA subiu de 3,8% para 3,9%, ainda abaixo de 4% pelo 27º mês consecutivo. Os salários aumentaram 3,9% nos 12 meses até abril, após uma alta de 4,1% em março. O crescimento dos salários em uma faixa de 3% a 3,5% é considerado consistente com a meta de inflação de 2% do Fed. Dados de emprego são observados com atenção na maior economia do mundo porque trazem um panorama de qual tem sido o efeito dos juros altos no país sobre o mercado de trabalho. Números piores que o esperado trazem a perspectiva de que o ciclo de juros altos nos Estados Unidos tem tido o efeito desejado sobre a economia. Isso porque, com menos empregos, menos dinheiro na mão da população e, também, menos pressão sobre a inflação. Atualmente, as taxas americanas estão entre 5,25% e 5,50% ao ano, no maior patamar em 20 anos, após o Fed optar por mantê-las inalteradas em sua última reunião, na quarta-feira (1°). A instituição, em seu comunicado, enfatizou a cautela com a inflação. "Nos últimos meses, não houve novos progressos em direção ao objetivo de inflação de 2%", informou o colegiado, reforçando que os indicadores recentes da economia norte-americana continuaram se expandindo "em um ritmo sólido". A inflação anual nos Estados Unidos está estagnada na casa dos 3%, depois de disparar ao longo de 2022 e atingir um nível recorde de 9%. Apesar da queda, o indicador de preços não voltou para dentro da meta do Fed, que é de 2% ao ano. Portanto, a instituição continua mandando sinais para o mercado de que os juros na maior economia do mundo podem demorar mais para cair. De acordo com a ferramenta FedWatch, que reúne as projeções do mercado para as taxas de juros nos Estados Unidos, um ciclo de corte nas taxas só deve começar em setembro - ou até depois disso. No entanto, o Fed sinalizou, também, que não planeja novos aumentos para os juros, o que é benéfico para o mercado. Juros mais altos nos EUA acabam levando investimentos para dentro da maior economia do mundo, o que retira dinheiro de outros mercados, principalmente os emergentes, caso do Brasil. Do contrário, se os juros por lá recuam, a tendência é que o impacto seja positivo por aqui.

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Cartão de crédito: juro volta a subir em março, mesmo com medida que limita saldo devedor no rotativo

Taxa média no cartão de crédito rotativo passou de 411,9% ao ano em fevereiro para 421,3% em março. Essa continua sendo a taxa mais alta do mercado brasileiro. Os juros médios cobrados pelos bancos nas operações com cartão de crédito rotativo subiram de 411,9% ao ano, em fevereiro, para 421,3% ao ano em março deste ano, informou o Banco Central nesta sexta-feira (3). O aumento de 9,4 pontos percentuais no mês retrasado aconteceu apesar de o Conselho Monetário Nacional (CMN) ter limitado, desde o começo de janeiro deste ano, o valor total da dívida dos clientes no cartão de crédito rotativo. O valor do débito não pode mais exceder 100% da dívida original. Com a alta em março, foi interrompida uma sequência de dois meses de recuo nos juros do cartão de crédito rotativo -- em janeiro e fevereiro deste ano. Acima de 400% ao ano, essa é a linha de crédito mais cara do mercado financeiro. O crédito rotativo do cartão de crédito pode ser acionado por quem não pode pagar o valor total da fatura na data do vencimento, mas não quer ficar inadimplente. Segundo analistas, essa linha de crédito deve ser evitada. A recomendação é que os clientes bancários paguem todo o valor da fatura mensalmente. Limitação da dívida Março foi o terceiro mês de validade da decisão que limitou a dívida total no cartão de crédito. Por exemplo: Se a dívida for de R$ 100, por exemplo, a dívida total, com a cobrança de juros e encargos, não poderá exceder R$ 200. O custo do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), entretanto, está fora desse cálculo. Isso vale somente para débitos contraídos a partir de janeiro. Em janeiro, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, indicou que a solução adotada pelo CMN de limitar a dívida do cartão de crédito - que já havia sido aprovada anteriormente pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Lula - seria temporária. "A gente precisa ainda estudar esse assunto, ver como vai fazer de uma forma equilibrada. Começamos a ver a inadimplência melhorando, é um bom sinal (...) Não temos uma solução hoje, avaliamos várias soluções. Temos uma solução de curto prazo que melhorou um pouco, a gente precisa entrar em um entendimento", declarou o presidente do BC, Roberto Campos Neto, na ocasião. A discussão sobre os juros do cartão de crédito rotativo tem gerado atrito entre os bancos e credenciadoras independentes, as chamadas maquininhas. Como pano de fundo das discussões, está o parcelado sem juros no cartão de crédito, questionado pelos bancos, mas defendido pela equipe econômica e pelas credenciadores independentes.

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