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Indígenas e quilombolas são mais jovens que o conjunto da população, aponta Censo 2022


Metade das populações desses grupos têm até 25 anos e 31 anos, respectivamente, ante 35 da população geral. Diferença é ainda maior dentro dos territórios próprios desses grupos. Maior quantidade de filhos por mulher pode ser uma das causas, diz pesquisadora do IBGE. As populações indígena e quilombola são mais jovens que o conjunto dos brasileiros, segundo dados do Censo 2022 divulgados nesta sexta-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) . De acordo com os dados Metade da população brasileira tem até 35 anos; Entre os indígenas, metade têm até 25 anos; Entre os quilombolas, metade têm até 31 anos. Além disso, a proporção de idosos em relação ao total da população – o chamado índice de envelhecimento – é menor entre os indígenas e quilombolas na comparação com o total dos brasileiros: No geral, o Brasil tem 80 idosos (60 anos ou mais) para cada 100 jovens de até 14 anos; Entre os indígenas, são 35 idosos para cada 100; E entre os quilombolas, 54 para cada 100. O Brasil tem 1,7 milhão de indígenas e 1,3 milhão de quilombolas, que representam respectivamente representam 0,8% e 0,65% da população total (203 milhões). 'Entendimento da importância de ter filhos' Uma das possíveis razões para que as populações indígenas e quilombolas sejam mais jovens é a percepção da relevância de ter filhos para perpetuar as comunidades, segundo Marta Antunes, responsável pelo projeto de Povos e Comunidades Tradicionais no IBGE. "A principal razão tem a ver com a dimensão cultural da relação com a reprodução física como parte da reprodução social desses povos indígenas. O entendimento da importância de ter filhos, a importância dos mais jovens nessa reposição da população e da transmissão do conhecimento." Segundo Antunes, dados de censos anteriores indicam que a fecunidade (quantidade de filhos por mulher) é historicamente mais elevada entre essas populações – os dados desse indicador levantados no Censo de 2022 ainda não foram divulgados. “A gente ainda não tem esse dado [de fecundidade], mas pela análise das pirâmides etárias e comparando os dados com 2010, a gente percebe que há fecundidades mais elevadas, sim, ao longo dos últimos 15 anos, 20 anos, 30 anos. Então continua com uma fecundidade [na população indígena] mais alta do que a da população brasileira, principalmente dentro das terras indígenas (TIs)”, diz a pesquisadora. Indígenas de várias etnias que participam do Acampamento Terra Livre 2024 marcham na Esplanada dos Ministérios em abril deste ano. Rafa Neddermeyer/ Agência Brasil As populações indígena e quilombola são mais jovens do que o conjunto da população brasileira, segundo os dados do Censo 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (3). Indígenas e quilombolas são ainda mais jovens dentro dos territórios demarcados Segundo o Censo 2022, os indígenas e quilombolas são ainda mais jovens dentro dos próprios territórios: nas Terras Indígenas, metade tem até 19 anos (ante 30 fora delas); nos territórios quilombolas demarcados, metade tem até 28 anos (ante 31 fora). Para Marta Antunes, os territórios demarcados garantem uma segurança maior para esses grupos sociais, o que facilita ter filhos. “Há a questão de que quando você tem uma população dentro de um território indígena já com alguma segurança territorial, com acesso às políticas públicas, você também tem mais oportunidades sociais e econômicas para a própria reprodução física da vida. Então você pode fazer escolhas sobre a reprodução da sua família", diz Antunes. Essa segurança também faz com que, dentro dos territórios, não ocorra a redução na proporção de homens em relação a mulheres que acontece no conjunto da população a partir, principalmente dos 19 anos, e que decorre da maior exposição deles a fatores externos, como violência. Criança sendo batizada na capela do Vão de Almas, no Quilombo Kalunga, em foto de 2019. Fábio Tito/G1 Leia também: Em 1872, primeiro Censo listou indígenas como 'caboclos' ou 'pardos'; população só passou a ser contada em 1991 Quem são os quilombolas, grupo incluído no Censo pela 1ª vez Crescimento da população Em 2022, o número de indígenas foi 89% maior que o observado no Censo de 2010. Houve mudança no mapeamento e na metodologia da pesquisa entre as duas pesquisas, o que permitiu identificar mais pessoas. Os povos indígenas passaram a ser mapeados pelo IBGE em 1991, com base na autodeclaração no quesito cor ou raça. No entanto, a partir do Censo de 2022, o instituto ampliou a metodologia, incluindo também o quesito se considera indígena para contagem da população. Houve também participação das próprias lideranças das comunidades no processo de coleta de dados e a inclusão de outras localidades indígenas além das terras oficialmente delimitadas. Segundo Marta Antunes, entretanto, houve também um crescimento real da população, embora o envelhecimento não ocorra no mesmo ritmo do conjunto da população. “Os indígenas estão crescendo. Dentro das terras, estão crescendo muito: 16,6% de aumento de pessoas indígenas dentro de Terras Indígenas entre 2010 e 2022. Tem muito jovem nascendo" e realmente não estão chegando nessa nessa idade de 60 ou mais com o mesma pujança que você chega na população como um todo.” Outras divulgações do Censo 2022 As informações do Censo 2022 começaram a ser divulgadas em junho de 2023. Desde então, foi possível saber que: O Brasil tem 203 milhões de habitantes, número menor do que era estimado pelas projeções iniciais; O país segue se tornando cada vez mais feminino e mais velho. A idade mediana do brasileiro passou de 29 anos (em 2010) para 35 anos (em 2022). Isso significa que metade da população tem até 35 anos, e a outra metade é mais velha que isso. Há cerca de 104,5 milhões de mulheres, 51,5% do total de brasileiros; 1,3 milhão de pessoas se identificam como quilombolas (0,65% do total) – foi a primeira vez na História em que o Censo incluiu em seus questionários perguntas para identificar esse grupo; O número de indígenas cresceu 89%, para 1,7 milhão, em relação ao Censo de 2010. Isso pode ser explicado pela mudança no mapeamento e na metodologia da pesquisa para os povos indígenas, que permitiu identificar mais pessoas; Pela primeira vez, os brasileiros se declararam mais pardos que brancos, e a população preta cresceu. Também pela primeira vez, o instituto mapeou todas as coordenadas geográficas e os tipos de edificações que compõem os 111 milhões de endereços do país, e constatou que o Brasil tem mais templos religiosos do que hospitais e escolas juntos. Após 50 anos, o termo favela voltou a ser usado no Censo. O Brasil tinha, em 2022, 49 milhões de pessoas vivendo em lares sem descarte adequado de esgoto. Esse número equivale a 24% da população brasileira. Já a falta de um abastecimento adequado de água atingia 6,2 milhões de brasileiros. O Censo 2022 também mostrou que mais da metade da população brasileira vive a até 150 km do litoral.

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Dólar tem queda forte e chega a R$ 5,04, com mercado de trabalho mais fraco nos EUA; Ibovespa sobe


No dia anterior, a moeda norte-americana recuou 1,53%, cotada a R$ 5,1134. Já o principal índice acionário da bolsa de valores encerrou em alta de 0,95%, aos 127.122 pontos. Dólar Karolina Grabowska/Pexels O dólar opera em forte baixa nesta sexta-feira (3) e o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, sobe, com investidores repercutindo a divulgação de novos dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos. O país criou 175 mil novas vagas de emprego em abril, contra uma expectativa de 240 mil e abaixo dos 315 mil registrados no mês anterior. Esses números são observados com atenção porque podem ser determinantes para os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), em relação aos cenários de juros do país. Há expectativa que a instituição comece a cortar as taxas no segundo semestre, a depender do rumo da inflação e da atividade econômica. Veja abaixo o resumo dos mercados. Dólar Às 10h20, o dólar caía 1,01%, cotado a R$ 5,0618. Na mínima do dia, chegou a R$ 5,0449. Veja mais cotações. No dia anterior, a moeda norte-americana fechou em baixa de 1,53%, vendida a R$ 5,1134. Com o resultado, acumulou: queda de 0,06% na semana; recuo de 1,53% no mês; ganho de 5,38% no ano. Ibovespa No mesmo horário, o Ibovespa subia 1,07%, aos 128.487 pontos. Na véspera, o índice teve uma alta de 0,95%, aos 127.122 pontos. Com o resultado, acumulou: alta de 0,47% na semana; avanço de 0,95% no mês; perdas de 5,26% no ano. Entenda o que faz o dólar subir ou descer DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? O que está mexendo com os mercados? O mercado repercute a divulgação do relatório de empregos não-agrícolas dos Estados Unidos, conhecido como payroll, que veio abaixo das expectativas. Segundo o Departamento do Trabalho, foram abertas 175 mil vagas de emprego fora do setor agrícola no mês passado. Economistas consultados pela Reuters previam abertura de 243 mil vagas. Já os dados de março foram revisados para cima, mostrando abertura de 315 mil empregos, em vez de 303 mil. Assim, a taxa de desemprego nos EUA subiu de 3,8% para 3,9%, ainda abaixo de 4% pelo 27º mês consecutivo. Os salários aumentaram 3,9% nos 12 meses até abril, após uma alta de 4,1% em março. O crescimento dos salários em uma faixa de 3% a 3,5% é considerado consistente com a meta de inflação de 2% do Fed. Dados de emprego são observados com atenção na maior economia do mundo porque trazem um panorama de qual tem sido o efeito dos juros altos no país sobre o mercado de trabalho. Números piores que o esperado trazem a perspectiva de que o ciclo de juros altos nos Estados Unidos tem tido o efeito desejado sobre a economia. Isso porque, com menos empregos, menos dinheiro na mão da população e, também, menos pressão sobre a inflação. Atualmente, as taxas americanas estão entre 5,25% e 5,50% ao ano, no maior patamar em 20 anos, após o Fed optar por mantê-las inalteradas em sua última reunião, na quarta-feira (1°). A instituição, em seu comunicado, enfatizou a cautela com a inflação. "Nos últimos meses, não houve novos progressos em direção ao objetivo de inflação de 2%", informou o colegiado, reforçando que os indicadores recentes da economia norte-americana continuaram se expandindo "em um ritmo sólido". A inflação anual nos Estados Unidos está estagnada na casa dos 3%, depois de disparar ao longo de 2022 e atingir um nível recorde de 9%. Apesar da queda, o indicador de preços não voltou para dentro da meta do Fed, que é de 2% ao ano. Portanto, a instituição continua mandando sinais para o mercado de que os juros na maior economia do mundo podem demorar mais para cair. De acordo com a ferramenta FedWatch, que reúne as projeções do mercado para as taxas de juros nos Estados Unidos, um ciclo de corte nas taxas só deve começar em setembro - ou até depois disso. No entanto, o Fed sinalizou, também, que não planeja novos aumentos para os juros, o que é benéfico para o mercado. Juros mais altos nos EUA acabam levando investimentos para dentro da maior economia do mundo, o que retira dinheiro de outros mercados, principalmente os emergentes, caso do Brasil. Do contrário, se os juros por lá recuam, a tendência é que o impacto seja positivo por aqui.

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Cartão de crédito: juro volta a subir em março, mesmo com medida que limita saldo devedor no rotativo

Taxa média no cartão de crédito rotativo passou de 411,9% ao ano em fevereiro para 421,3% em março. Essa continua sendo a taxa mais alta do mercado brasileiro. Os juros médios cobrados pelos bancos nas operações com cartão de crédito rotativo subiram de 411,9% ao ano, em fevereiro, para 421,3% ao ano em março deste ano, informou o Banco Central nesta sexta-feira (3). O aumento de 9,4 pontos percentuais no mês retrasado aconteceu apesar de o Conselho Monetário Nacional (CMN) ter limitado, desde o começo de janeiro deste ano, o valor total da dívida dos clientes no cartão de crédito rotativo. O valor do débito não pode mais exceder 100% da dívida original. Com a alta em março, foi interrompida uma sequência de dois meses de recuo nos juros do cartão de crédito rotativo -- em janeiro e fevereiro deste ano. Acima de 400% ao ano, essa é a linha de crédito mais cara do mercado financeiro. O crédito rotativo do cartão de crédito pode ser acionado por quem não pode pagar o valor total da fatura na data do vencimento, mas não quer ficar inadimplente. Segundo analistas, essa linha de crédito deve ser evitada. A recomendação é que os clientes bancários paguem todo o valor da fatura mensalmente. Limitação da dívida Março foi o terceiro mês de validade da decisão que limitou a dívida total no cartão de crédito. Por exemplo: Se a dívida for de R$ 100, por exemplo, a dívida total, com a cobrança de juros e encargos, não poderá exceder R$ 200. O custo do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), entretanto, está fora desse cálculo. Isso vale somente para débitos contraídos a partir de janeiro. Em janeiro, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, indicou que a solução adotada pelo CMN de limitar a dívida do cartão de crédito - que já havia sido aprovada anteriormente pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Lula - seria temporária. "A gente precisa ainda estudar esse assunto, ver como vai fazer de uma forma equilibrada. Começamos a ver a inadimplência melhorando, é um bom sinal (...) Não temos uma solução hoje, avaliamos várias soluções. Temos uma solução de curto prazo que melhorou um pouco, a gente precisa entrar em um entendimento", declarou o presidente do BC, Roberto Campos Neto, na ocasião. A discussão sobre os juros do cartão de crédito rotativo tem gerado atrito entre os bancos e credenciadoras independentes, as chamadas maquininhas. Como pano de fundo das discussões, está o parcelado sem juros no cartão de crédito, questionado pelos bancos, mas defendido pela equipe econômica e pelas credenciadores independentes.

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Na Agrishow, Zezé di Camargo lembra infância no campo e reforça ligação com agro: 'saí da roça, mas a roça não saiu de mim'


Cantor esteve em evento no interior de São Paulo para representar marca de sementes. Maior feira de tecnologia agrícola do país vai até esta sexta-feira (3) em Ribeirão Preto (SP). Zezé di Camargo, na Agrishow Wolfgang Pistori/g1 Um dos maiores nomes da história da música sertaneja, o cantor e compositor Zezé di Camargo reforçou sua ligação com o universo agro na quinta-feira (2), durante visita à Agrishow, maior feira de tecnologia agrícola do país que acontece em Ribeirão Preto (SP) ao longo desta semana. No estande de uma marca de sementes que o escolheu como embaixador, o músico lembrou da origem humilde em Goiás, conhecida em todo o país no filme "2 Filhos de Francisco" (2005), e que a família desde sempre produzia o que comia, com exceção do querosene para as lamparinas que iluminavam a casa e o sal. A passagem dele pela feira ocorreu um dia depois de um show com o irmão Luciano no Ribeirão Rodeo Music. Faça parte do canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp "Eu nasci em um sítio lá em Goiás chamado Sítio Novo e em boa parte da minha infância me criei no sítio. A primeira vez que vi televisão na minha frente eu tinha 12 anos de idade. Eu sou um homem que passou por todas as etapas, principalmente o lado rústico da coisa. A gente produzia todo o nosso alimento. Nós que produzíamos o arroz, o feijão, a cana-de-açúcar, a gente fazia a moagem que fazia a rapadura, o açúcar que hoje é chamado de mascavo", contou. Essa relação que, segundo ele, somente ficou mais forte depois do sucesso e a vida na cidade. Após comprar uma casa para a mãe sair do aluguel, quando a carreira musical começou a render frutos, Zezé disse ter comprado uma fazenda em Goiás em 1993, a primeira das que teria a oportunidade de adquirir ao longo dos anos pelo país, se dedicando principalmente à pecuária. Zezé Di Camargo e Luciano são uma das duplas mais queridas do Brasil e cantaram no Ribeirão Rodeo Music 2024 em Ribeirão Preto, SP Érico Andrade/g1 "Toda vida minha convivência foi realmente com o agronegócio, com a pecuária como um todo. Eu sou um homem do mato. Eu falo e brinco sempre que saí da roça, mas a roça não saiu de mim. (...) A música sertaneja existe por causa da roça e a verdadeira música sertaneja, a origem, é a roça." Ainda sobre esse vínculo entre sertanejo e agro, Zezé comentou que é muito comum, entre os companheiros de música, a troca de experiências também quando o assunto é agricultura e pecuária. "Ele conviveu em fazenda, geralmente é filho de pai que trabalhou em fazenda, ou que foi capataz ou que tem fazendas, Rola sim, com certeza essa troca a maioria tem. A maioria do sertanejo, quando ganha um pouquinho de dinheiro, o que ele quer comprar é uma fazendinha." Público passeia pela Agrishow em Ribeirão Preto, SP Érico Andrade/g1 Agrishow 2024 Considerado o maior evento de tecnologia do agronegócio, a Agrishow termina nesta sexta-feira com expectativa de ter recebido 200 mil pessoas por 520 mil metros quadrados e 800 estandes de marcas nacionais e estrangeiras, com inovações voltadas para toda a cadeia de produção de alimentos. Em 2023, a feira movimento R$ 13,2 bilhões em negócios e, para este ano, manteve a projeção de pelo menos igualar essa marca. Agrishow 2024: g1 faz giro pela feira do agronegócio em Ribeirão Preto, SP Veja mais notícias da Agrishow 2024 Já foi à Agrishow? Conheça a maior feira de agronegócio do Brasil

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Tecnologia e expertise: o que os estrangeiros buscam no agro brasileiro


Em média, 15% dos visitantes da Agrishow são de outros países, e chegam aqui para entender as práticas de sucesso que fazem da agricultura brasileira reconhecida no mundo. Vista aérea da Agrishow em Ribeirão Preto, SP Marcelo Moraes/EPTV Turcos, argentinos, norte-americanos, senegaleses e sul-africanos estão entre os 15% dos visitantes estrangeiros da Agrishow, maior evento de tecnologia agrícola do Brasil, que acontece em Ribeirão Preto (SP). Eles chegam aqui com um propósito único e, muitas vezes, bem claro: tecnologia e conhecimento. Querem levar para a casa o que o Brasil faz com maestria. Siga o canal g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Ano passado, de acordo com a organização da feira, foram movimentados R$ 13 bilhões em volume de negócios. "Como a agricultura brasileira é muito bem reconhecida, tem reconhecimento pelo resultado, muitos países que tenham o perfil, mais a parte tropical semelhante à agricultura brasileira, vem entender quais são as práticas", diz Patrícia Gomes, diretora-executiva de mercado externo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Ano a ano, a rodada de negócios internacionais da Abimaq, um dos encontros mais aguardados da Agrishow, traz uma ideia do que desejam os estrangeiros que visitam a feira. Neste ano, segundo Patrícia, 16 compradores de 11 países participam das negociações. "Pelo lado brasileiro, são 60 empresas por ora escritas. Serão 600 reuniões durante três dias". Do pequeno ao grande produtor, o foco de estrangeiros na Agrishow é sempre por novidades que possam melhorar as próprias plantações, sejam elas nos países vizinhos ou em países que ficam do outro lado do mundo. Visitantes podem conferir diversos tipo de cultivo na Agrishow 2024 em Ribeirão Preto, SP Érico Andrade/g1 De Istambul, na Turquia, Abdullah Ibrahim, CEO da WeStanbul, empresa especializada em reprodução animal, veio a Ribeirão Preto em busca de parceria e troca de experiências. "Esperamos adquirir tecnologia e conhecimento que os agricultores brasileiros têm e tentar uma espécie de cadeia de parceiros para comprar, vender, investir e representar uns aos outros. O mais importante é [adquirir] a experiência que vocês tem com agricultura". Abdullah Ibrahim, CEO da WeStanbul, empresa de reprodução animal na Turquia, durante visita à Agrishow 2024, em Ribeirão Preto (SP) Rodolfo Tiengo/g1 Foco nas inovações tecnológicas Desde 1999, o sul-africano Wynn Dedwith visita a Agrishow em busca de inovações tecnológicas que possam contribuir com as produções de fazendeiros parceiros. "Procuramos por novos implementos, novos equipamentos e insumos para colheita de amendoim, principalmente". Representante das Indústrias Colombo na África do Sul, Dedwith é responsável por intermediar o acesso de produtores de lá aos melhores maquinários agrícolas daqui. Wynn Dedwith e Johanh Dedwith, proprietários da Valtrac, empresa da África do Sul revendedora de equipamentos agrícolas Divulgação A parceria, ele conta, começou quando ele mesmo procurou a empresa para comprar equipamentos para a própria fazenda. "Queria usar na minha fazenda, então encomendamos alguns equipamentos que levamos do Brasil e testamos em nossa fazenda antes de levar para o mercado. Queria ter certeza da qualidade antes de começar a vender para outros clientes". A tática deu certo. Hoje Dedwith abastece produtores de amendoim na África do Sul. Segundo ele, o continente africano responde, atualmente, por 31% de todo o amendoim produzido no mundo. "Os agricultores da África do Sul são os melhores agricultores do mundo, porque não temos um solo como o seu. Nosso solo é bastante profundo, não temos floresta tropical, é muito limitado, temos muitos tipos de rochas e rochas muito diferentes. Temos um solo muito argiloso e muito arenoso nas fazendas, então os agricultores africanos são, na verdade, muito bons e precisam de tecnologia muito boa também". Ampliando negócios De Senegal, Assane Toure, diretor-geral da Agripro Africa, empresa que fornece financiamento, acesso ao mercado e treinamento em agronegócio, mantém relacionamento com empresas do agro brasileiro desde 2006. "A tecnologia brasileira ajuda os fazendeiros de lá a ter mais do que eles tem atualmente, ajuda a plantar melhor, colher melhor e ter até uma melhor produção, maior produção do que o que eles têm". Assane Toure, direto-geral da Agripro Africa, empresa de Senegal revendedora de máquinas agrícolas Divulgação Para ele, ampliar os negócios em Senegal é essencial neste momento, uma vez que a falta de tecnologia é um dos pontos mais sensíveis para fazendeiros de lá. "Agricultura é muito difícil, as pessoas não querem mais fazer produzir manualmente, querem tecnologia. Mas investir em tecnologia também é difícil, porque é preciso ter dinheiro. E quando você tem o dinheiro, precisa ter um bom equipamento e usá-lo corretamente. Então temos um bom equipamento, e vocês nos ensinam a usá-lo da maneira correta. Cada investimento tem um custo e temos de torná-lo acessível e eficiente". Gerente de exportações da Colombo, Rodolfo de Souza vê as parcerias com representantes internacionais como essenciais para expandir os negócios da empresa muito além do continente americano. "Senegal, pra gente, tem uma relevância significativa porque é um país que a gente participou de programas de desenvolvimento agrícola enquanto Brasil. Então, com o financiamento, com união entre os países, trouxe muito resultado e a gente vê que tem um potencial tremendo, sobretudo na cultura do amendoim. A África do Sul é um país que a gente já tem um histórico muito grande também. Vejo que esses são os países mais relevantes para a gente hoje e, talvez, em um médio prazo, a gente vê que esse cenário não se altera". Agrishow 2024: g1 faz giro pela feira do agronegócio em Ribeirão Preto, SP Veja mais notícias da Agrishow 2024 Já foi à Agrishow? Conheça a maior feira de agronegócio do Brasil Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto e região

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INSS alerta contra golpe de visita em casa para prova de vida


Com crachá falso, pessoas foram a casas de aposentados e pensionistas e pegaram dados pessoais. Desde 2023, comprovação de vida dos beneficiários é realizada pelo INSS através do cruzamento de informações. O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) alerta que tem recebido denúncias de que golpistas estão se passando por servidores para fazer prova de vida na casa de aposentados, pensionistas e beneficiários de auxílios. Os golpistas apresentaram crachás falsos do INSS com nome, foto e com a suposta área de atuação, que seria “prova de vida presencial”. O instituto diz que os golpistas pediram dados e fotos dos beneficiários, o que é irregular. De acordo com o INSS, esse tipo de pesquisa presencial é feita somente nos casos de comprovação de vínculo, endereço e irregularidades, por exemplo. No entanto, o servidor não pede cópia de documentos e nem fotografias. “O servidor apenas faz o reconhecimento conferindo o documento de identificação com foto”, esclareceu o INSS. Nesta quinta (3), um homem de 47 anos e uma mulher de 23 foram presos em Santos (SP) aplicando esse golpe. Eles usavam crachás do INSS, prancheta, carregavam quatro celulares e faziam perguntas pessoais ao homem no meio do estabelecimento. Crachás falsos usados por dupla que tentava aplicar golpe da falsa prova de vida do INSS em Peruibe (SP) Polícia Militar/Divulgação Até o momento, o instituto não tem registro de quantos foram vítimas dos golpistas. O INSS lembra que, em caso de dúvida, o beneficiário deve pegar nome completo e matrícula do suposto servidor e ligar gratuitamente para a Central de Atendimento 135 para confirmar se a pessoa é realmente do INSS. O instituto informou que, assim que recebeu a denúncia, encaminhou as imagens à Procuradoria Federal Especializada e à Polícia Federal para apurar como tiveram acesso aos dados dos beneficiários. "Nenhuma prática que vise prejudicar ou extorquir aposentados, pensionistas e segurados em geral passará impune. Todas as denúncias serão encaminhadas para apuração para que as medidas cabíveis sejam tomadas. Sejam elas quais forem", afirmou Alessandro Stefanutto, presidente do INSS. Começa o pagamento do 13º salário do INSS para quem recebe mais que 1 salário mínimo Prova de vida Aposentados, pensionistas e beneficiários de auxílios de longa duração devem comprovar que estão vivos – a chamada prova de vida. Em março, o Ministério da Previdência Social decidiu suspender, até 31 de dezembro deste ano, o bloqueio de pagamento a beneficiários por falta de prova de vida. Desde 2023, cabe ao INSS fazer a comprovação de vida dos beneficiários através do cruzamento de informações. Ou seja, a autarquia comprova se a pessoa está viva através de informações de outros órgãos. A prova de vida é uma checagem periódica para comprovar que a pessoa está viva e pode continuar recebendo o benefício do INSS a que tem direito. Desde que começou a comprovação de vida por cruzamento de dados, 19 milhões de beneficiários realizaram prova de vida.

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Grupo Pão de Açúcar vende imóveis de sua sede administrativa em São Paulo por R$ 218 milhões


Companhia informou que transação faz parte de seu plano de redução da alavancagem financeira, iniciado em 2023. Unidade da rede de supermercados Pão de Açúcar, na Zona Sul de São Paulo Karina Trevizan/G1 O GPA, dono das marcas Pão de Açúcar e Extra, anunciou nesta quinta-feira (2) que vendeu imóveis de sua sede administrativa em São Paulo por R$ 218 milhões. Em comunicado a investidores, a empresa informou que a transação faz parte de seu plano de redução da alavancagem financeira, iniciado em 2023. Disse ainda que a medida irá contribuir "para a redução da dívida líquida e o reforço da sua estrutura de capital". O comprador do espaço é o fundo imobiliário Tellus Properties, que também emitiu um comunicado ao mercado nesta quinta revelando o acordo. Do valor total da venda, 82% serão recebidos pelo GPA em 2024, enquanto os 18% restantes serão divididos em parcelas até março de 2026. A companhia informou que a transação contempla uma operação de sale and leaseback (quando a empresa vende o imóvel e, em seguida, aluga o espaço do novo proprietário) envolvendo a torre administrativa, com valor definido de R$ 109 milhões. O prazo inicial de locação do espaço pelo GPD será de 15 anos, e o contrato possui um cap rate (taxa de capitalização) aproximado de 9%. Há também a celebração de um compromisso de compra e venda, no qual a companhia irá alienar, definitivamente, a área anexa à torre administrativa, também no valor de R$ 109 milhões. Venda de lojas Em junho de 2023, o GPA já havia anunciado uma operação de sale and leaseback com 11 de suas lojas de supermercados. A transação somou R$ 330 milhões. Do total, oito contratos de venda e locação foram firmados com o prazo inicial de 15 anos. Os outros três tiveram prazo de 18 anos. Na ocasião, o GPA disse que a operação fazia parte do plano de redução da alavancagem financeira da companhia para os anos de 2023 e 2024. Reforçou também que a medida iria contribuir para a redução da dívida líquida e o reforço da sua estrutura de capital.

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Conheça agroindústria que apostou na defumação 'original' para vencer concurso de qualidade de queijos em Rondônia


Por duas vezes consecutivas ficou em 1º lugar da 'categoria provolone' do Concurso de Qualidade de Queijos de Rondônia (Conqueijo). Concurso ConQueijo: Queijo de Rondônia em Evidência! Uma agroindústria localizada a 50 km de Candeias do Jamari (RO) está conquistando o paladar de quem percorre pela BR-364, mas além dos viajantes, já conquistou o paladar dos maiores especialistas em queijos de Rondônia, já que, por duas vezes consecutivas, ficou em 1º lugar do Concurso de Qualidade de Queijos de Rondônia (Conqueijo). O concurso premia várias categorias de queijos, selecionando os melhores produzidos no estado. A premiação acontece durante a Rondônia Rural Show Internacional, que acontece em Ji-Paraná (RO). Queijo provolone sendo defumado em uma agroindústria de Rondônia Leiliane Byhain/Rede Amazônica A categoria vencedora foi na qualidade provolone, que colocou a agroindústria 'Paiol do Queijo' no 1º lugar em 2022 e 2023. Desde então, os proprietários investem na melhoria da produção do provolone. O empresário Nanderson Klein acompanha de perto todo o processo de produção e garante que o sabor é diferenciado. "Esse provolone vem sendo muito procurado por conta do concurso de queijos. O segredo dele é o carinho e a dedicação, fazer nos mínimos detalhes", conta o empresário. Empresário Nanderson Klein Leiliane Byhain/Rede Amazônica No início, a agroindústria produzia queijos usando 50 litros de leite e hoje, com o aumento da demanda, trabalha com cerca de 3 mil litros diariamente. Como a procura pelo queijo campeão aumentou, Nanderson conta que a renda mensal se aproxima dos R$ 8 mil com a venda do produto. "Nosso provolone tem uma uma defumação original decorrente de uma defumação por madeira, então ele não é pintado artificialmente e isso traz um sabor e um aroma muito mais forte a esse tipo de queijo e também tem a maturação da massa que o torna mais macio e por isso ele vem com essa qualidade total", revelou Nanderson. Produção de queijos da família Klein Leiliane Byhain/Rede Amazônica

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Temporais no RS podem interferir na produção de arroz, alertam produtores; 'Incerteza na safra', diz pesquisa da Esaq-USP


Representantes do setor, consultados pelo Cepea, em Piracicaba (SP), afirmam que tempestade da noite da última segunda-feira (29) deixou lavouras debaixo d'água, interditou estradas e dificultou carregamento do cereal. Lavoura de arroz convencional em Viamão Celso Tavares / g1 Os temporais que atingiram o Rio Grande do Sul entre o fim de abril e início de maio deixaram mortos 13 mortos, 21 desaparecidos e 11 feridos, segundo a Defesa Civil. Na agricultura, os impactos das fortes chuvas também já são percebidos, especialmente nas lavouras de arroz do estado, um dos maiores produtores do cereal no país, deixando os representantes do setor em alerta. 📲 Receba no WhatsApp notícias da região de Piracicaba Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), o campus da USP em Piracicaba (SP), a colheita, que já estava bastante atrasada em relação aos anos anteriores, pode ser ainda mais prejudicada. Os preços do arroz, que também apresentaram movimentos de queda em março, poderão ser afetados. – 👇Leia mais, abaixo, na reportagem. Colaboradores consultados pelo Cepea relatam que a tempestade da noite da última segunda-feira (29) deixou lavouras debaixo d'água, inviabilizando as atividades; além de interditar estradas, o que também dificultou o carregamento do cereal. “Esse cenário aumenta as incertezas quanto à produtividade da safra 2023/24, ainda conforme apontam pesquisadores do Cepea. Dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) divulgados no dia 22 de abril indicavam que, até aquele momento, a média era de 8.612 quilos por hectare no estado”, apontou o Cepea nesta quinta-feira (2). O volume de chuva que caiu sobre o Rio Grande do Sul nos últimos quatro dias equivale a três vezes a média para esta época do ano, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Arroz deve ter redução da safra no RS Reprodução/RBS TV Dificuldade de vendas e quedas nos preços A média ponderada do arroz em casca no Rio Grande do Sul, representada pelo Indicador Cepea/Irga-RS apresentou movimentos distintos em março. Nas três primeiras semanas do mês de março deste ano, segundo o Cepea, o cenário foi de 5,27% de queda e, no último período, de ligeira recuperação (+0,10%). De acordo com medições do Cepea, a média mensal do Indicador passou para R$ 100,41 a saca de 50 quilos, um recuo de 10,97% na comparação com fevereiro deste ano. "Apesar de inferior, a marca ainda é 21,6% maior a de março de 2023 em termos reais, deflacionado pelo IGP-DI. O movimento de baixa esteve atrelado às dificuldades nas vendas (quanto a preços e ao volume) para o atacado e o varejo e, também, ao andamento da colheita no principal estado produtor, o Rio Grande do Sul”, analisam os pesquisadores do Cepea para o setor de arroz. Disparada no preço internacional do arroz vira oportunidade para agricultores brasileiros Reprodução/ TV Globo Valorização do dólar Um tímido avanço nos preços no final de março é explicado pela presença mais ativa de compradores, especialmente do Centro-Oeste, do Sul e do Sudeste, com negócios realizados para o mercado doméstico e para exportação. A demanda de tradings no porto de Rio Grande (RS) se aqueceu, favorecida pela valorização do dólar. “Entre 1° e 28 de março deste ano, a moeda norte-americana subiu 1,15%, cotada a R$ 5,01 no dia 28. Entretanto, as negociações realizadas no spot ou via contratos a termo para exportação foram limitadas pela disparidade de preços e prazos de pagamento”, especifica o Cepea. Em relação às microrregiões que compõem o Indicador, houve quedas de 11,98% na Fronteira Oeste e de 11,71% na Planície Costeira Interna entre fevereiro e março deste ano, com respectivas médias de R$ 98,21/sc de 50 quilos e R$ 102,65/sc no último mês. Ainda segundo boletim divulgado pelo Cepea em abril, as quedas estiveram próximas de 10%, com médias de R$ 102,93/sc, R$ 102,84/sc, R$ 98,85/sc e R$ 98,62 na Zona Sul, Planície Costeira Externa, Depressão Central e Campanha. Em relação aos demais rendimentos, a média estadual sul-riograndense para o produto de 63% a 65% de grãos inteiros caiu11,63% entre fevereiro e março de 2024, a R$ 102,42/sacas de 50 quilos. Para os grãos com 59% a 62% de grãos inteiros, a baixa foi de 10,81%, a R$ 101,21/sc. Quanto ao produto de 50% a 57% de grãos inteiros, houve queda de 9,58% em igual comparativo, para R$ 98,11/sc. LEIA MAIS Soja, carne, café, suco de laranja: veja os produtos em que o Brasil é líder em exportação no mundo Milho registra maior volume de exportação de grãos no 1º semestre de 2023, aponta estudo da USP Maior oferta, baixa demanda e tensões geopolíticas: pesquisa da USP aponta motivos para quedas nos preços de derivados da cana Campo Dados da Emater/RS divulgados no último dia 28 indicam que 25% da área cultivada com arroz foi colhida no Rio Grande do Sul. "Quanto aos demais estados produtores, segundo a Conab, o destaque é Santa Catarina, com 75% já colhido. Em seguida estão Tocantins, Goiás, Mato Grosso e Maranhão, com 40%, 32%, 15% e 5% já colhidos, respectivamente, até o último dia 25", apontam pesquisadores do Cepea. Clima adverso Quanto aos impactos do clima adverso no maior estado produtor de arroz, conforme do Cepea, a Emater/RS ressalta que os prejuízos causados por enxurradas e pelo acamamento nas lavouras variam de acordo com o estágio de desenvolvimento da planta. “Nas áreas em estágios iniciais, a expectativa é que os danos tenham sido menores. Em várias localidades, o arroz vem apresentando desenvolvimento satisfatório”, conclui o Cepea. VÍDEOS: tudo sobre Piracicaba e região Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba

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