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Haddad avalia que mercado está 'tranquilo' com ata do Copom: 'Tinha mais rumor do que verdade'


Divisão de diretores do Banco Central sobre tamanho no corte da taxa de juros na semana passada gerou reflexos no mercado financeiro. Para ministro da Fazenda, cada lado tem argumentos 'defensáveis'. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em imagem de 29 de fevereiro de 2024, durante encontro do G20 em São Paulo Roberto Casimiro/Fotoarena/Estadão Conteúdo O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliou que a tensão no mercado financeiro se dissipou nesta terça-feira (14) após a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) – que trouxe detalhes sobre o "racha" no encontro. "Tinha mais rumor do que verdade. Está tudo tranquilo lá [no Copom]", afirmou o ministro, após ser questionado por jornalistas. Na reunião do Copom, na semana passada, a diretoria do BC decidiu reduzir o ritmo de corte da taxa Selic – que caiu 0,25 ponto percentual, de 10,75% para 10,50% ao ano. A decisão, entretanto, foi dividida, resultando em estresse no mercado financeiro no dia seguinte. A bolsa de valores caiu, enquanto o dólar e os juros futuros avançaram. Quatro diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) votaram por um corte maior nos juros, de 0,5 ponto percentual, para 10,25% ao ano, mas foram voto vencido. Quatro diretores mais antigos e o presidente do BC, Roberto Campos Neto, formando uma maioria, optaram por uma redução menor na taxa Selic. Nesta terça-feira, por volta das 12h30, o dólar operava com pequena queda de 0,13%, cotado a R$ 5,134, enquanto o índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) subia 0,5%, a 128.790 pontos. Veja mais cotações. Segundo o ministro, a ata do Copom apresentou duas posições “técnicas, respeitáveis”. “A ata deixou claro que os argumentos de lado a lado eram pertinentes e defensáveis”, acrescentou o ministro da Fazenda. Banco Central reduziu o ritmo do corte da taxa de juros; Míriam Leitão comenta Questionado por jornalistas, o ministro afirmou que o Banco Central deve buscar, por meio da definição do patamar da taxa básica de juros da economia, o centro das metas de inflação. Para o ministro, a banda em torno da meta central, de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, deve ser utilizada somente em exceções. “A banda existe para casos excepcionais”, declarou.

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Aneel deve dar mais prazo para consumidores do RS pagarem contas atrasadas, sem corte de energia

Agência deve votar medida nesta terça-feira (14), além de permissão para distribuidora suspender contratos de energia de imóveis que tenham sido destruídos pela chuva. Sobe para 450 o número de cidades afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deve votar nesta terça-feira (14) a ampliação do prazo para que os consumidores do Rio Grande do Sul paguem suas contas de luz, sem corte de energia em caso de atraso nos pagamentos. O estado enfrenta uma tragédia climática causada por enchentes e inundações, que já provocaram 147 mortes até esta segunda. "Não é perdoar a dívida do consumidor, porque para isso precisamos de política pública como foi na época da Covid, mas dependendo do caso, dar 90 [dias], 30 dias, para ele não ter que se preocupar de ser cortado, principalmente", declarou a relatora do processo, diretora Agnes Costa. Segundo a diretora, também deve ser votada a permissão para a distribuidora suspender contratos de distribuição de energia de imóveis que tenham sido destruídos pela chuva. Dessa forma, a empresa estará desobrigada de manter o fornecimento de energia a essas unidades, que podem ser abandonadas ou reconstruídas. A diretora afirmou que a medida foi inspirada nas regulações da Aneel durante a pandemia de Covid-19, quando aumentaram os casos de inadimplência. "Foi bastante inspirado, só que na Covid não teve essa história de as propriedades deixarem de existir. Então, esse acho que é o adicional, que vamos tratar hoje à tarde", declarou. A reunião de diretoria da Aneel será retomada na tarde desta terça-feira. Segundo o Ministério de Minas e Energia, na segunda-feira (13), o fornecimento de energia havia sido retomado para 270 mil imóveis no Rio Grande do Sul. A pasta afirmou que, depois das chuvas no fim de semana, o nível do Guaíba subiu 40 centímetros, ultrapassando novamente a marca de 5 metros, o que tem prejudicado os trabalhos para restabelecer os serviços. De acordo com a Defesa Civil, 538,2 mil gaúchos estão desalojados e outros 77,4 mil em abrigos.

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Lula reúne ministros para fechar novas ações para o RS; medidas devem ser anunciadas à tarde


Governo já divulgou liberação de crédito e antecipação de benefícios. Planalto quer anunciar auxílio de até R$ 5 mil a pessoas atingidas antes de nova visita de Lula ao RS. O presidente Lula durante discurso no Palácio do Planalto nesta quarta-feira (8) Reprodução/Canal Gov O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comanda na manhã desta terça-feira (14) uma reunião com ministros no Palácio do Planalto para definir outro pacote de medidas de socorro ao Rio Grande do Sul. Lula planeja anunciar à tarde esse novo plano, com ações voltadas às pessoas atingidas por enxurradas que alagaram e destruíram casas, arrasaram parte de lavouras, derrubaram pontes e bloquearam rodovias. Conforme a Defesa Civil do estado, 615 mil pessoas estão fora de casa em consequência das enchentes - 77,4 mil estão em abrigos e 538,2 mil em residências de amigos ou parentes. Foram confirmadas mais de 145 mortes até o momento. O Guaíba, que alagou Porto Alegre e cidades da região metropolitana, continua subindo e pode bater o novo recorde histórico, de 5,5 metros de altura. Socorro às vítimas Lula, que realizou uma reunião da equipe ministerial completa na noite de segunda-feira, convocou oito ministros para o encontro desta manhã: Rui Costa (Casa Civil) Fernando Haddad (Fazenda) Luiz Marinho (Trabalho) Wellington Dias (Desenvolvimento Social) Waldez Góes (Integração) Jader Filho (Cidades) Alexandre Padilha (Relações Institucionais) Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social) Segundo o blog do jornalista Valdo Cruz, entre as ideias em análise estão a inclusão no Bolsa Família de pessoas desabrigadas e que perderam a renda por conta das cheias e o pagamento de um auxílio de R$ 5 mil para cerca de 100 mil famílias. O presidente, que planeja retornar ao Rio Grande do Sul nesta semana, marcou para as 15h desta terça o anúncio de novas medidas. Outras medidas Lula propõe suspender dívida, zerar juros e dar alívio de R$ 11 bi ao RS Desde o início das chuvas e das cheias, há duas semanas, Lula tem feito reuniões e anúncios de medidas de socorro ao Rio Grande do Sul, como: Decreto de calamidade, aprovado pelo Congresso; Abertura de linhas de crédito para empresas e produtores rurais Antecipação do pagamento de benefícios Liberação de R$ 5 bilhões para ação emergenciais de ministérios Carências no pagamento de financiamentos Envio ao Congresso de projeto que suspende pagamento da dívida do RS com a União por três anos O governo federal liberou recursos emergenciais, para atendimento imediato das vítimas, e também discute um pacote bilionário para reconstruir a infraestrutura gaúcha. O governo do estado estima em, pelo menos, R$ 19 bilhões, esse custo.

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Entenda como projeto de R$ 1 bilhão prevê aumentar volume de transporte de carga aérea no Brasil


Parceria entre multinacional de logística e companhia aérea terá quatro aviões cargueiros exclusivos com criação de nova rota entre Campinas e Manaus. Projeção é de movimentar 10 mil toneladas por mês até 2025. Parceria entre multinacional e companhia aérea terá aeronave cargueira exclusiva Guilherme Ramos A parceria entre uma multinacional especializada no setor de armazenagem e distribuição e uma companhia aérea de carga com sede no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), pretende oferecer uma "solução" para aumentar o fluxo de transporte aéreo doméstico de carga no Brasil. 🔔 Participe do canal do g1 Campinas no WhatsApp O projeto, com investimento total de R$ 1 bilhão, prevê o uso de quatro aviões cargueiros exclusivos em uma rota entre Campinas e Manaus (AM) para impulsionar o modal aéreo de transporte de carga e oferecer uma alternativa às opções de fluxo rodoviário, aquaviário e ferroviário. A informação foi obtida pelo g1 com a multinacional envolvida no projeto, a DHL Supply Chain. A previsão é de que a primeira aeronave, que será da companhia Levu Air Cargo, entre em operação ainda em maio. Inicialmente, os voos farão a rota Campinas-Manaus com frequência diária e Campinas-Recife com três saídas por semana. O planejamento é incluir ainda uma saída do Aeroporto de Viracopos, maior complexo de movimentação de carga aérea do Brasil, para Belém (PA). Qual é o cenário de carga por modal aéreo do Brasil? Por conta da demanda por mais agilidade de transporte principalmente em setores como saúde, tecnologia, automotivo e e-commerce, o transporte pelo modal aéreo registrou índices de crescimento no Brasil. De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), em março de 2023, 38 mil toneladas foram movimentadas no país por via aérea, o que, à época, superava em 5% os índices do pré-pandemia. Já em março deste ano, os dados do órgão obtidos pelo g1 apontam fluxo doméstico de 42 mil toneladas, entre carga e correio. O projeto de parceria prevê aumentar essa movimentação em 4 mil toneladas por mês no primeiro ano de operação, com capacidade de chegar a 10 mil toneladas em 2025. Este volume representa entre 3 e 4% do market share (participação de mercado) do setor privado de frete aéreo. Setores de prioridade As aeronaves, por serem cargueiras, têm capacidade de levar cargas mais pesadas e inclusive fazer o transporte de materiais radioativos. Veja as áreas que serão o foco: Saúde (farmacêutico); Eletroeletrônicos; Automotivo; Perecíveis Investimento e volume de transporte O investimento foi dividido em R$ 480 milhões da empresa de logística e R$ 530 milhões de companhia aérea cargueira, o que totaliza o valor de R$ 1 bilhão. Segundo a multinacional, 200 empregos diretos e 500 indiretos foram gerados. As aeronaves são do modelo Airbus, sendo dois A330 com capacidade de 59, e outros dois A321 com capacidade de 27 toneladas. Novo centro logístico em Viracopos No início de maio, o g1 havia informado que o antigo terminal de passageiros de Viracopos, desativado em 2016, se transformou em um novo galpão com capacidade para processar 9,5 mil toneladas de materiais por mês. A nova área de processamento de cargas de Viracopos será direcionada principalmente à transações domésticas, diferentemente do atual Terminal de Carga (TECA), que tem uma atuação relacionada à importação e exportação. A obra para transformar o antigo terminal de passageiros do aeroporto em um novo complexo cargueiro durou pelo menos dois anos. O projeto faz parte do conceito defendido pela concessionária, desde a época da assinatura do contrato de concessão, de "Aerotrópolis", no qual o aeroporto é o objeto central e, ao redor, se desenvolve uma série de empreendimentos imobiliários. Terminal de passageiros virou complexo de cargas em Viracopos Imprensa/ABV VÍDEOS: saiba tudo sobre Campinas e Região Veja mais notícias da região no g1 Campinas

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Banco do Brics vai destinar R$ 5,7 bilhões à reconstrução do RS após chuvas, diz Dilma


Informação foi divulgada pela presidente do NDB em uma rede social. Objetivo é financiar obras para 'reconstruir infraestrutura urbana e rural nos municípios atingidos'. A ex-presidente Dilma Rousseff, atual presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, o banco do Brics TV Brasil A ex-presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (14) que o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, ou Banco do Brics+), hoje presidido por ela, vai ajudar, com R$ 5,75 bilhões, no financiamento de obras de reconstrução do Rio Grande do Sul – estado que há duas semanas passa pelas piores chuvas de sua história. A informação foi divulgada por Dilma Rousseff em uma rede social. "O Novo Banco de Desenvolvimento vai destinar R$ 5,750 bilhões para o estado do Rio Grande do Sul, com o objetivo de reconstruir a infraestrutura urbana e rural nos municípios atingidos pelas fortes enchentes ocorridas desde o final de abril e ajudar na retomada da vida gaúcha", divulgou Dilma na rede X. Segundo Dilma, valor total em empréstimos foi acertado após conversas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB). De acordo com a petista, os créditos devem ser transferidos de forma direta para o estado gaúcho e, também, por meio de parcerias com outras instituições financeiras, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco do Brasil e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). Metade dos R$ 5,7 bilhões vai ser transferida para o BNDES para financiar pequenas e médias empresas e para obras de proteção ambiental, infraestrutura, água e tratamento de esgoto, e prevenção de desastres. Também há previsão de recursos para infraestrutura agrícola, mobilidade urbana e saneamento básico (veja detalhes na tabela abaixo). Dilma, que iniciou a carreira política no Rio Grande do Sul, disse que o banco "está ao lado do povo gaúcho" e tem o "compromisso" de auxiliar o estado. Tabela mostra recursos que serão destinados pelo Banco do Brics para aplicação em ações de recuperação do RS Divulgação/Dilma Rousseff Banco do Brics O Brics+ é um agrupamento econômico de países emergentes. Até o ano passado, era composto atualmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Desde o dia 1º de janeiro, também são membros Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã. Com isso, o grupo passou a ser chamado "Brics+", e não "Brics". A Argentina chegou a receber o convite formal, mas a adesão foi cancelada após a eleição do presidente Javier Milei. Entre os instrumentos do Brics+, há o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB). O banco reúne capital dos membros do grupo para investir em projetos de infraestrutura e integração nos próprios países-membros ou em nações parceiras. Hoje, integram o NDB: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, membros originais do Brics; Emirados Árabes Unidos e Egito, que aderiram ao banco e depois ingressaram no Brics+; Bangladesh, que compõe o capital do banco, mas não é membro do Brics+. O Uruguai é listado no site como um "membro prospectivo" – a adesão já foi aceita, mas o país ainda não ratificou o termo. Míriam sobre ajuda do governo ao RS: ‘Clima de cooperação muito grande'

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Entenda o projeto do governo que permite a suspensão por três anos da dívida do RS com a União

Texto foi encaminhado ao Congresso, que terá de aprovar o projeto. Dívida do estado é de cerca de R$ 100 bi. Medida foi proposta em razão da calamidade provocada pelos temporais. Lula propõe suspender dívida, zerar juros e dar alívio de R$ 11 bi ao RS O governo federal divulgou no fim da noite desta segunda-feira (13) a proposta enviada ao Congresso que prevê o adiamento por três anos do pagamento da dívida do Rio Grande do Sul com a União e a redução a 0% da taxa de juros no contrato do estado no período. Para virar lei, o projeto de lei complementar precisa ser analisado, primeiramente, pela Câmara e, se aprovado pelos deputados, também precisará do aval do Senado. Com isso, poderá ser sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A medida deve evitar gastos de R$ 11 bilhões com as parcelas e mais R$ 12 bilhões com os juros da dívida – que soma R$ 97,7 bilhões, segundo o Ministério da Fazenda. O governo Lula propôs a suspensão do pagamento da dívida por três anos em razão das fortes chuvas no RS, que, em duas semanas, provocaram destruição em centenas de municípios gaúchos. Mais de 140 pessoas morreram, e 125 estão desaparecidas. Milhares de pessoas estão fora de casa; trechos de estradas e o Aeroporto Salgado Filho, o principal do estado, estão interditados por tempo indeterminado. Veja nesta reportagem (clique no link para seguir ao conteúdo): O que diz o projeto enviado pelo governo? Qual o tamanho da dívida do RS? Entenda o projeto encaminhado pelo governo ao Congresso para permitir o adiamento da dívida do RS por três anos Suspensão da dívida por 36 meses A proposta encaminhada pelo Executivo ao Legislativo afirma que – em caso de calamidade pública reconhecida pelo Congresso após iniciativa do governo federal – a União pode adiar pagamentos devidos por um estado, com redução a 0% da taxa de juros, pelo período de 36 meses. De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o projeto pode liberar R$ 23 bilhões para o caixa do Rio Grande do Sul em três anos, sendo: R$ 11 bilhões correspondentes ao somatório dessas 36 parcelas – que, se o projeto virar lei, serão adiadas R$ 12 bilhões correspondentes aos juros da dívida nesse período – que, com a nova lei, não serão cobrados Conforme o texto, os recursos que deixarão de ser pagos pelo estado, no caso o Rio Grande do Sul, no período de três anos deverão ser direcionados "integralmente" a ações de enfrentamento e diminuição de danos provocados pela calamidade pública e suas consequências econômicas e sociais. Um fundo para operacionalizar os recursos deverá ser criado no âmbito do estado. O governo gaúcho terá prazo de até 60 dias – contados a partir da decretação do estado de calamidade pública – para encaminhar ao Ministério da Fazenda um plano de investimentos com projetos e ações a serem executados com as verbas. O estado terá de demonstrar e dar publicidade aos gastos possibilitados com a proposta, e terá de deixar clara a relação entre as ações realizadas e os recursos que deixarão de ser pagos à União. Durante a calamidade pública, o estado fica proibido de criar ou aumentar despesas permanentes (como salários do funcionalismo), ou aumentar renúncia de receitas que não estejam relacionadas ao enfrentamento da calamidade pública. Exceto se houver aprovação do Ministério da Fazenda. Após cada ano de suspensão, o estado terá até 90 dias para enviar ao governo federal relatório de comprovação de aplicação dos recursos que deixarão de ser pagos. O texto também diz que, ao final do estado de calamidade pública, o estado deve assinar um termo aditivo ao contrato da dívida em até 180 dias. O governo estadual se comprometerá a não propor e a desistir de ações judiciais sobre o termo aditivo. Os valores cujos pagamentos serão suspensos vão ser incorporados ao saldo devedor do estado ao final do período de 36 meses, atualizados pelos encargos financeiros, mas sem a incidência de juros. Se o termo aditivo não for assinado, haverá o acréscimo dos juros originais do contrato. Estado endividado Entenda a dívida de R$ 104 bilhões do Rio Grande do Sul O Rio Grande do Sul faz parte do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), criado em 2017 para ajudar os estados com níveis altos de endividamento em relação às receitas. Em troca, os governos estaduais deveriam aprovar um plano de recuperação, adotando algumas medidas para o equilíbrio fiscal, como a implementação de um teto de gastos. Contudo, até hoje, os estados reclamam das contrapartidas impostas. Segundo o Ministério da Fazenda, em abril deste ano, a dívida do Rio Grande do Sul com a União somava R$ 95,7 bilhões. No mês, o estado pagou R$ 240 milhões. Em 2024, até o momento, foram pagos aproximadamente R$ 1,2 bilhão. A estimativa era de um pagamento total de R$ 3 bilhões este ano – suspenso pela medida anunciada nesta segunda-feira (13).

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EUA aumentam tarifas contra produtos da China; impostos para carros elétricos quadruplicam


Americanos afirmam que a China promove 'riscos inaceitáveis' para a segurança econômica por práticas injustas, que ajudam a inundar os mercados globais com produtos baratos. EUA anunciam aumento de tarifas sobre produtos chineses Os Estados Unidos e a China voltam a se envolver em mais uma guerra comercial. Nesta terça-feira (14), os EUA anunciaram um pacote de aumento de tarifas sobre os produtos chineses ligados à tecnologia, como veículos elétricos, semicondutores, baterias, células solares, aço e alumínio. Os americanos afirmam que a China promove “riscos inaceitáveis” à segurança econômica por conta do que consideram práticas injustas de concorrência, que deixam os produtos chineses mais baratos que a média e roubam fatias dos mercados globais. Veja abaixo as principais mudanças: Veículos elétricos passam de 25% para 100% (4 vezes mais); Semicondutores passam de 25% para 50% (2 vezes mais em 2025); Células solares passam de 25% para 50% (2 vezes mais); Aço e alumínio passam de 0%-7,5% para 25% (mais de 3 vezes mais). A China imediatamente prometeu retaliação. O Ministério do Comércio chinês disse que o país se opõe aos aumentos tarifários dos EUA, e que tomará medidas para defender os seus interesses. As relações de comércio entre EUA e China são deficitárias para os americanos há décadas. No ano passado, os EUA importaram US$ 427 bilhões em bens da China, enquanto exportaram apenas US$ 148 bilhões. Na tentativa de equilibrar a questão, a administração do ex-presidente Donald Trump introduziu tarifas sobre cerca de US$ 300 bilhões vindos da China. Agora, o presidente americano Joe Biden mantém as tarifas impostas por seu antecessor, e aumenta outras. Um conflito comercial poderia aumentar os custos dos produtos envolvidos, prejudicando os objetivos climáticos e de criar empregos na indústria de Biden, que tenta a reeleição. O presidente dos EUA, Joe Biden, faz sinal de positivo enquanto caminha com o presidente chinês, Xi Jinping, na propriedade de Filoli, à margem da cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), em Woodside, Califórnia, EUA, 15 de novembro de 2023. REUTERS/Kevin Lamarque O "tarifaço" de Trump, inclusive, foi alvo de críticas dos democratas no processo eleitoral de 2020. Diziam que a determinação não havia aumentado as exportações americanas, nem impulsionado os empregos industriais americanos. Trump impôs tarifas de 60% ou mais sobre todos os produtos chineses. Agora, a representante comercial dos EUA, Katherine Tai, disse que as tarifas se justificam porque a China continuava a roubar propriedade intelectual dos EUA, e que as tarifas anteriores foram eficazes na redução das importações de produtos chineses enquanto aumentaram as importações de outros países. Biden tem lutado para convencer os eleitores da eficácia das suas políticas económicas, apesar de um cenário de baixo desemprego e de crescimento económico acima da tendência. Uma pesquisa Reuters/Ipsos do mês passado mostrou que Trump tinha uma vantagem de 7 pontos percentuais sobre Biden na economia.

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'Racha' no Copom: veja argumentos dos diretores do BC que queriam corte maior nos juros, mas foram vencidos


Apesar da dissidência interna, integrantes do comitê concluíram que cenário para inflação nos próximos anos se tornou 'mais desafiador'. Após divulgação, Haddad disse que ambas as posições são 'pertinentes e defensáveis'. Copom reduziu o ritmo de corte dos juros e registrou racha em sua última reunião Raphael Ribeiro/BCB O Comitê de Política Monetária (Copom) divulgou nesta terça-feira (14) a ata de sua última reunião, realizada no dia 8 de maio, quando houve divisão na diretoria do Banco Central sobre o ritmo de corte da taxa de juros – o que gerou nervosismo no mercado financeiro. À ocasião, o Copom decidiu reduzir o ritmo de corte da taxa Selic – que caiu 0,25 ponto percentual, de 10,75% para 10,50% ao ano. Apesar da dissidência interna, o Copom concluiu, segundo a ata, que o cenário para inflação nos próximos anos "se tornou mais desafiador, com o aumento das projeções de inflação de médio prazo, mesmo condicionadas em uma taxa de juros mais elevada" (veja os recados do Copom abaixo). Após a divulgação do documento, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que ambas as posições são "técnicas, respeitáveis". "A ata deixou claro que os argumentos de lado a lado eram pertinentes e defensáveis", completou. Ele avaliou ainda que a tensão nos mercados se dissipou com a divulgação do documento. "Tinha mais rumor do que verdade, está tudo tranquilo lá." Entenda o que ocorreu: Quatro diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) votaram por um corte maior nos juros, de 0,5 ponto percentual, para 10,25% ao ano, mas foram voto vencido. Quatro diretores mais antigos e o presidente do BC, Roberto Campos Neto, formando uma maioria, optaram por uma redução menor na taxa Selic. O "racha" no Copom teve efeito negativo no mercado financeiro no dia seguinte. A bolsa de valores caiu, enquanto o dólar e os juros futuros avançaram. O temor do mercado é que a diretoria do BC indicada pelo presidente Lula – com maioria no Copom a partir de 2026 –, possa ser mais leniente com a inflação, em busca de um ritmo maior de crescimento da economia. Segundo a ata da reunião, diante da análise de dados, "concluiu-se unanimemente pela necessidade de uma política monetária [definição dos juros] mais contracionista e mais cautelosa, de modo a reforçar a dinâmica desinflacionária". Copom: voto de Campos Neto racha diretoria antiga e sucessores Argumentos por redução maior nos juros Os quatro diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, crítico contumaz da diretoria anterior do Banco Central – indicada por Jair Bolsonaro (PL) – avaliaram que houve, de fato, um "aumento das incertezas internas e externas" na economia brasileira nas últimas semanas, como apontou o restante da diretoria do BC. Entretanto, eles lembraram que o Copom havia indicado, na reunião anterior, que seria feito um novo corte de 0,50 ponto percentual – chamado de "guidance" no jargão técnico do mercado financeiro. Segundo a ata, na reunião, os diretores discutiram se seria prudente não seguir essa indicação, mesmo diante da mudança de cenário. "Como em debates ocorridos em outras reuniões, tais membros discutiram se o cenário prospectivo [previsões para os próximos anos] divergiu significativamente do que era esperado a ponto de valer o custo reputacional de não seguir o 'guidance' [indicação de um corte maior nos juros, de 0,50 ponto percentual, para 10,25% ao ano], o que poderia levar a uma redução do poder das comunicações formais do Comitê", diz a ata do Copom. Para os membros indicados por Lula, segundo o BC, "julgou-se apropriado, tal como em reuniões anteriores, seguir o 'guidance' [indicações dadas anteriormente sobre o ritmo de corte dos juros], mas reafirmando o firme compromisso com a meta e com a requerida taxa de juros terminal para que o objetivo precípuo do Comitê de convergência da inflação para a meta seja alcançado". Eles avaliaram, ainda, que é difícil antever uma tendência para a dinâmica da inflação em um "ambiente incerto", mas que isso não deveria ser confundido com "leniência com relação aos indicadores divulgados no período, em particular as expectativas de inflação". Alegações para um corte menor no juro Ao mesmo tempo, quatro diretores mais antigos do Banco Central, e o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, concluíram que era apropriado reduzir a taxa Selic em 0,25 ponto percentual. Para o grupo, o "cenário esperado não se confirmou em função da "desancoragem adicional" das expectativas, da elevação das projeções de inflação, do cenário internacional mais adverso e da atividade econômica mais dinâmica do que esperado. "Para tais membros, o 'forward guidance' indicado [de um corte maior nos juros, para 10,25% ao ano] na reunião anterior sempre foi condicional e houve alteração no cenário em relação ao que se esperava", diz a ata. Segundo o documento, "tais membros ressaltaram que muito mais importante do que o eventual custo reputacional de não seguir um 'guidance', mesmo que condicional, é o risco de perda de credibilidade sobre o compromisso com o combate à inflação e com a ancoragem das expectativas". Questionado por jornalistas nesta terça, o ministro Fernando Haddad afirmou que o Banco Central deve buscar, por meio da definição do patamar da taxa básica de juros da economia, as metas centrais de inflação. Para o ministro, a banda em torno da meta central, de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, deve ser utilizada somente em exceções. "A banda existe para casos excepcionais", declarou. Recados do Copom Para além da divergência, o Comitê de Política Monetária divulgou vários recados na ata de sua última reunião. Veja abaixo: Cenário externo: O BC avaliou que o cenário internacional se mostrou "mais adverso" e que a incerteza com relação ao ciclo de queda de juros norte-americano e ao processo desinflacionário nas principais economias mostra-se persistente. "Nesse cenário de incerteza prospectiva elevada, reforça-se a necessidade de maior cautela na condução da política monetária [definição da taxa de juros] doméstica. Observa que também houve uma mudança nas expectativas do mercado sobre o início do ciclo de cortes de juros nos EUA, com postergação", diz a ata. Juros altos por mais tempo nos EUA, segundo analistas, dificultam um corte mais agressivo da taxa Selic no Brasil. Atividade econômica no Brasil: O Copom avaliou que, ao longo dos últimos trimestres, os dados de atividade econômica surpreenderam, com maior crescimento em diferentes componentes da demanda (procura por bens e serviços pela população). "Ressaltou-se a resiliência da atividade doméstica e a sustentação do consumo ao longo do tempo, em contraste com o cenário de desaceleração gradual originalmente antecipado pelo Comitê." Por fim, o BC concluiu que a atividade revela-se de fato mais forte ao longo do ano. Atividade econômica mais aquecida, por sua vez, pode ter um impacto maior sobre a inflação, dizem economistas. Contas públicas: O Banco Central diz que "reforçou a visão de que o esmorecimento no esforço de reformas estruturais e disciplina fiscal", assim como o "aumento de crédito direcionado" (linhas com subsídios pelas empresas) e as incertezas sobre a estabilização da dívida pública têm o potencial de elevar a taxa de juros neutra da economia – aquela que mantém a inflação sob controle sem afetar o crescimento da economia. Recentemente, o governo anunciou que quer alterar as metas das contas públicas, o que liberaria R$ 160 bilhões a mais em gastos em 2025 e 2026. "O Comitê acompanhou com atenção os desenvolvimentos recentes da política fiscal [mudanças das metas para as contas públicas] e seus impactos sobre a política monetária [definição da taxa de juros pelo Banco Central]. O Comitê reafirma que uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida contribui para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária", diz o BC. Metas de inflação: O Comitê de Política Monetária avaliou que, para reduzir as expectativas de inflação – em alta para 2024 e 2025 –, deve haver uma "atuação firme da autoridade monetária, bem como o contínuo fortalecimento da credibilidade e da reputação tanto das instituições como dos arcabouços fiscal e monetário que compõem a política econômica brasileira". "O Comitê não se furtará de seu compromisso com o atingimento da meta de inflação e entende o papel fundamental das expectativas na dinâmica da inflação", acrescentou. Mercado de trabalho aquecido: O Copom diz que há "surpresas recorrentes apontando para elevado dinamismo do mercado de trabalho". Segundo a instituição, o debate se concentrou sobre a "possível transmissão para salários e preços do aperto verificado no mercado de trabalho". "Foi mencionada, como evidência preliminar, a inflação nos serviços intensivos em trabalho, que tem se mostrado persistentemente acima do nível compatível com o cumprimento da meta. Por outro lado, mencionou-se que ainda não há evidências conclusivas de impacto do mercado de trabalho sobre a inflação".

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As características que ajudaram o Caramelo: cavalos sabem nadar e conseguem ficar de pé por muito tempo


As duas habilidades foram desenvolvidas ao longo dos anos para ajudar a espécie a fugir de predadores. Cavalo é visto sobre telhado em área alagada em Canoas (RS) GloboNews/Reprodução O Caramelo é um animal especial e mostrou ser mais resistente do que outros cavalos poderiam ser, afirma Leandro Castro, um dos médicos veterinários que o resgatou. Mas duas características importantes da espécie o auxiliaram: cavalos sabem nadar e conseguem ficar muito tempo em pé. A imagem do cavalo que foi apelidado como Caramelo comoveu o Brasil. Ele ficou ilhado por 4 dias em um telhado na cidade de Canoas, no Rio Grande do Sul, devido às fortes chuvas no estado, sendo resgatado na última quinta-feira (9). Geralmente, os cavalos dormem de pé. Isso é possível porque possuem ligamentos nas pernas que travam as articulações, explica o especialista em equinos e professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq - USP), Roberto Arruda. Outra questão importante é que a espécie consegue ficar nessa posição sem gastar muita energia, aponta Castro. Graças a essa habilidade, Caramelo apresentou apenas lesões musculares leves, que já foram tratadas. Além disso, os cavalos são ótimos nadadores, aponta Castro, o que foi fundamental para Caramelo encontrar um refúgio. Estes animais podem nadar longas distâncias e por muito tempo, graças ao fato de serem musculosos; contudo, gastam muita energia na atividade. Portanto, se o equino não estiver em boas condições físicas, há mais chances de sobrevivência se o percurso for menor, aponta Arruda. As duas habilidades foram desenvolvidas na evolução da espécie, como um mecanismo de fuga, por ser um animal que já foi considerado presa. Ao dormir em pé, é mais fácil escapar em caso de aparecimento de um predador e, ao nadar, há mais uma possibilidade de rotas. SAIBA TAMBÉM: 'Abrimos os chiqueiros para os porcos saírem à própria sorte', diz criador de suínos do RS Leonardo Castro, médico veterinário de Sorocaba (SP), ficou responsável pela administração do soro intravenoso que sedou cavalo Caramelo Corpo de Bombeiros/Divulgação Resgate O resgate foi feito por meio de uma força-tarefa organizada por socorristas, veterinários e auxiliares. Segundo Castro, foi preciso muito planejamento e a equipe encontrou um desafio logo de cara: encontrar a localização exata do equino. Para conseguir isso, ela teve que usar os botes para procurar o cavalo na região. Uma vez que ele foi encontrado, Castro, que foi o anestesista da operação, se aproximou aos poucos do Caramelo, para não o espantar. Deu certo e o animal permaneceu calmo todo o período até receber a anestesia intravenosa, ali no telhado mesmo. Caramelo precisou ser sedado porque a equipe de resgate foi alertada pelos bombeiros que, para o bote não virar, o animal não poderia estar acordado durante o trajeto, mesmo com o transporte tendo a capacidade para o seu peso, 350 kg. Seco, Caramelo, ainda dentro do bote, foi colocado em cima de uma carreta e, em seguida, levado a um hospital veterinário. O animal está no complexo veterinário da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra). O equino recebeu medicação para repor a quantidade de líquido perdida nas horas em que ficou ilhado e já está em boas condições. Seu proprietário ainda não foi identificado. De acordo com Castro, Caramelo é um cavalo sem raça definida (SRD) e a arcada dentária apontou que ele tem aproximadamente 7 anos. De Caramelo a Pouca Pata: Fantástico acompanha resgates de animais no RS Leia mais: Destruição de lavouras de soja no RS pode encarecer frango e porco, além do óleo, dizem analistas 'Arroz que está colhido garante o abastecimento do país', diz presidente da federação de agricultura do RS Preço do leite deve subir no campo após enchentes no RS, diz Cepea

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