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Indústria negocia compra de arroz da Tailândia para compensar perdas previstas no RS


Estado, que sofre com inundações, responde por 70% da produção nacional do grão. Associação das indústrias brasileiras deve importar 75 mil toneladas do cereal do país asiático. Indústria negocia compra de arroz da Tailândia para compensar perdas previstas por enchentes no RS Celso Tavares/g1 A indústria brasileira se mobiliza para importar arroz da Tailândia – o segundo maior exportador de arroz do mundo, depois da Índia – após enchentes deixarem parte das plantações do Rio Grande do Sul debaixo d'água. O estado é o maior produtor do grão no Brasil. "Estamos negociando para trazer 75 mil toneladas de arroz, de 2 a 3 navios. É uma forma de a gente aumentar a oferta e garantir o abastecimento", conta Andressa Silva, diretora-executiva da Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz). A preocupação com a oferta do cereal existe por causa destes 4 fatores: o Brasil consome internamente quase todo arroz que produz e 70% dele vem do RS. a estimativa era de que, na safra atual, o país somasse 10,6 milhões de toneladas do cereal; com as enchentes no Sul, o montante pode cair para menos de 10 milhões. antes da chuva histórica, o mercado já previa problemas na oferta de arroz neste ano porque a temporada começou com os menores estoques do grão em quase duas décadas e o plantio no RS atrasou por causa das enchentes de 2023. a expectativa era de que o RS contribuísse com 7,5 milhões de toneladas nesta safra, mas 800 mil toneladas podem estar agora debaixo d'água. antes da tragédia, 80% do arroz do estado já tinha sido colhido. Mas alguns silos onde a produção está armazenada também foram atingidos pelas enchentes. Analistas ouvidos pelo g1 avaliam que a redução da oferta poderá encarecer o arroz. Com o objetivo de evitar especulações nos preços, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, informou ao blog da Daniela Lima que o órgão está escrevendo um edital para comprar 1 milhão de toneladas de arroz. Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a afirmar à Empresa Brasil de Comunicação (EBC) que, se for o caso, o Brasil pode importar arroz para lidar com os prejuízos e assegurar um preço compatível com o bolso do brasileiro. A seguir, entenda: as perdas no Rio Grande do Sul o preço do grão vai aumentar? por que a indústria está optando pela Tailândia? ➡️As perdas no Rio Grande do Sul Ainda não se tem um levantamento oficial da quantidade de arroz que foi perdida nas enchentes, até porque muitos locais estão inundados. O que se tem são estimativas com base na área plantada das áreas atingidas. Antes da tragédia, o Rio Grande do Sul já tinha colhido 80% da sua safra, mas estima-se que 100 mil dos 180 mil hectares que faltavam estão debaixo d'água, colocando em risco uma produção de 810 mil toneladas, calcula Evandro Oliveira, consultor do Safras & Mercado. As perdas estão concentradas em municípios produtores da região Central do estado, como Cachoeira do Sul, São Sepé, Encruzilhada do Sul, Santa Maria, São Pedro do Sul e Santa Cruz do Sul. É justamente nesses locais que o arroz foi plantado mais tarde, destaca Evandro. As enchentes não atingiram somente as plantações. Alguns silos – estruturas de armazenagem – também foram atingidos pela água, segundo a Abiarroz e o Ministério da Agricultura, que se reuniu com representantes da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul). "A previsão era de que o Brasil colhesse 10,6 milhões de toneladas de arroz. Agora, esse montante não deve passar de 10 milhões", ressalta Andressa Silva, da associação das indústrias. O consumo anual de arroz no Brasil chega a 10,5 milhões de toneladas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Ou seja, o país consome praticamente tudo o que produz. 🍚O mercado já previa problemas na oferta de arroz neste ano. Primeiro porque a temporada começou com os menores estoques do grão em quase duas décadas, diz o consultor do Safras. Segundo porque o plantio, que acontece em setembro, atrasou por causa de enchentes anteriores, que atingiram o RS naquele período, afirma Andressa. Meses depois, durante a colheita, mais chuvas e ventos fortes dificultaram os trabalhos nas lavouras. "E agora, por fim, o El Niño deu o seu último golpe antes de se despedir", pontua Oliveira. ANTES e DEPOIS: veja os estragos das enchentes em Porto Alegre PERDAS NO AGRO somam mais de R$ 500 milhões ➡️ O preço do arroz vai aumentar? Segundo o consultor do Safras & Mercado, a redução na oferta do produto pode provocar um aumento de preços ao consumidor nos próximos meses. "No mercado de arroz, a gente tem uma transmissão gradual até chegar nas prateleiras. Os preços [ao produtor] começaram a cair em janeiro, tiveram uma boa queda em fevereiro até meados de março, e a gente só foi sentir algum alívio nas prateleiras no mês de abril", diz Evandro. André Braz, coordenador dos índices de preços do FGV Ibre, também vê tendência de alta no preço do arroz nas próximas semanas, tendo em vista o protagonismo do estado do RS na produção do cereal. "Ainda é cedo para calcular o tamanho do prejuízo, mas ele vai ser grande", diz. Andressa Silva, da Abiarroz, diz que a saca de 50 kg estava sendo vendida por R$ 110 no Rio Grande do Sul antes da chuva histórica e que, nesta semana, a cotação já subiu para R$ 150. Oliveira pondera que, caso o Brasil consiga suprir as perdas na produção por meio da importação, a situação de preço pode se equilibrar. ➡️Por que a Tailândia? O Brasil importa arroz da Tailândia em casos de emergência, como já ocorreu na pandemia, conta Andressa, da Abiarroz. Os maiores vendedores de arroz para as empresas brasileiras são a Argentina, Paraguai e Uruguai, parceiros do Brasil no Mercosul. "A escolha da Tailândia se deu por causa do preço e da qualidade", diz Andressa, acrescentando que as sacas foram negociadas por volta de R$ 115 com o país asiático. Já o preço oferecido pelos produtores do Mercosul foi um pouco mais elevado, em torno de R$ 125. Segundo Oliveira, do Safras, o Brasil já trouxe arroz dos parceiros do Mercosul no início deste ano, mas países como o Uruguai e Paraguai também sofreram com os efeitos do El Niño e, por isso, estão segurando as exportações para garantir o abastecimento interno. A Argentina, por outro lado, conseguiu recuperar a sua produção depois de ter tido perdas com a seca provocada pelo La Niña. Portanto, o país segue como uma opção na importação. Arroz branco, parboilizado e integral: entenda as diferenças

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Como fazer o Saque Calamidade do FGTS; veja o passo a passo


Trabalhador ​pode solicitar o Saque Calamidade do FGTS por meio do app FGTS ou nas agências da Caixa Econômica Federal. Saques do FGTS Divulgação Os trabalhadores com saldo no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) podem recorrer ao Saque Calamidade em casos de desastres naturais que tenham atingido a sua área de residência. O valor do saque será o saldo disponível na conta do FGTS, na data da solicitação, limitado à quantia de R$ 6.220,00 para cada evento caracterizado como desastre natural. O intervalo entre um saque e outro não pode ser inferior a 12 meses. Com as enchentes no estado do Rio Grande do Sul, o governo estadual decretou estado de calamidade, situação que foi reconhecida pelo governo federal. Com isso, os moradores de municípios gaúchos começam a se habilitar para o recebimento do benefício. Veja outros benefícios aqui. Os trabalhadores ​de municípios já habilitados podem solicitar o Saque Calamidade do FGTS por meio do app FGTS ou nas agências da Caixa Econômica Federal. Veja nesta reportagem: Quem tem direito ao Saque Calamidade? O que é um desastre natural? Como solicitar o Saque Calamidade pelo app? Como solicitar o Saque Calamidade por agências da Caixa? Quem tem direito Saque Calamidade? Têm direito ao benefício os moradores de áreas afetadas por desastres naturais, que tiveram seus imóveis atingidos ou interditados, identificados pela Defesa Civil Municipal. É necessário possuir saldo na conta do FGTS e não ter realizado saque pelo mesmo motivo em período inferior a 12 meses. O valor máximo para retirada é de R$  6.220,00 por conta vinculada. Ao registrar a solicitação é possível indicar uma conta da Caixa, inclusive a Poupança Digital Caixa Tem, ou de outra instituição financeira para receber os valores, sem nenhum custo. O que é um desastre natural? Para fins do Saque Calamidade do FGTS, são considerados desastres naturais: Enchentes ou inundações graduais; Enxurradas ou inundações bruscas; Alagamentos; Inundações litorâneas provocadas pela brusca invasão do mar; Precipitações de granizos; Vendavais ou tempestades; Vendavais muito intensos ou ciclones extratropicais; Vendavais extremamente intensos, furacões, tufões ou ciclones tropicais; Tornados e trombas d'água; Desastre decorrente do rompimento ou colapso de barragens que ocasione movimento de massa, com danos a unidades residenciais. Como solicitar o Saque Calamidade pelo app? Veja abaixo o passo a passo para solicitação do Saque Calamidade pelo app FGTS. Acesse o aplicativo FGTS e vá em "Meus Saques"; Escolha "Outras Situações de Saques"; Selecione "Calamidade Pública"; Informe o município de residência e clique em "Continuar"; Escolha a forma de receber o FGTS (crédito em conta bancária ou saque presencial); Anexe os documentos requeridos; Confirme a solicitação. Como solicitar o Saque Calamidade pela agência da Caixa? Veja abaixo quais os documentos obrigatórios para solicitação do Saque Calamidade pelas agências da Caixa. Comprovante de residência em nome do trabalhador (emitido nos 120 dias anteriores à decretação da emergência); Sem um comprovante de residência, o titular da conta do FGTS poderá apresentar uma declaração com nome completo, data de nascimento, endereço residencial e número do CPF do trabalhador, emitida pelo governo municipal, em papel timbrado, atestando que o trabalhador é residente na área afetada; Documento de identificação do trabalhador ou diretor não empregado. CPF; CTPS física ou digital ou outro documento que comprove vínculo empregatício. Lula diz que não faltarão recursos para atender necessidades do RS

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Em evento nesta quarta, Lula deve anunciar investimentos bilionários para prevenção de desastres

Obras são para contenção de encostas, além de coleta e escoamento de água das chuvas; Rio Grande do Sul receberá R$ 152 milhões para evitar deslizamentos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve anunciar nesta quarta-feira (8) pacote de R$ 6,5 bilhões para obras de prevenção a desastres, segundo informações de integrantes da equipe do presidente. Esse investimento será dividido entre R$ 1,7 bilhão para contenção de encostas e R$ 4,8 bilhões para drenagem urbana, que é o sistema de coleta e escoamento de água das chuvas. O evento para apresentação dos projetos para evitar deslizamentos (contenção de encostas) já estava previsto para ocorrer nesta quarta, no Palácio do Planalto, em Brasília — antes do agravamento da situação no Rio Grande do Sul. Defesa Civil do RS alerta população sobre eventos climáticos nos próximos dias: "ainda teremos muitos eventos pela frente" No entanto, governo acelerou nos últimos dias a análise das propostas para drenagem urbana e tenta divulgar a lista de obras dessa área também nesta quarta. Os temporais atingiram o Rio Grande do Sul nas últimas semanas, deixaram 95 mortos e mais de 130 desaparecidos até a tarde desta terça-feira (7), além de um rastro de destruição. O Rio Grande do Sul deverá receber R$ 152 milhões para investimento em contenção de encostas. Ainda segundo interlocutores, o Palácio do Planalto quer dar um enfoque especial nas ações para a região. Esse valor é mais alto do que o Ministério das Cidades havia apresentado na semana passada, durante visita do presidente Lula ao estado. Na ocasião, foram mencionados R$ 55,2 milhões para quatro projetos apresentados por municípios do Rio Grande do Sul — três em Porto Alegre e um em Santa Maria. Obras do PAC Contenção de encostas e drenagem são os dois principais pilares da área do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) voltada para a prevenção de desastres. Desde o ano passado, o governo abriu o processo para as prefeituras e estados apresentarem projetos desses setores. A cerimônia no Palácio do Planalto, portanto, irá reunir o pacote de recursos para os municípios selecionados. Também está previsto, durante o evento, o anúncio de outras obras do PAC. Como mostrou a TV Globo e o g1, Lula deverá anunciar um pacote com foco na baixa renda e que inclui cerca de 5,5 mil ônibus ‘verdes’, além de investimentos em favelas. A renovação de frota prevê a compra de ônibus elétricos ou versões mais modernas, ainda a diesel, que são menos poluentes. As unidades terão ar condicionado e Wi-fi. Para melhorar a infraestrutura urbana em favelas, o governo prevê ampliar o saneamento básico, sistema viário e a iluminação pública nessas áreas Cidades da região Norte deverão estar entre as mais beneficiadas. Segundo o governo, Belém (PA), Macapá (AP) e Manaus (AM) estão na lista das regiões com maior número de pessoas nesse tipo de moradia sem infraestrutura. A nova rodada de lançamentos do PAC prevê que estados sejam atendidos no programa que vai levar água potável para regiões rurais. A maior demanda, segundo integrantes do governo, foi identificada no Pará, Ceará e Bahia. Aliados de Lula avaliam que o pacote a ser apresentado no Planalto ganha mais peso político num momento em que o presidente tenta estancar a queda de popularidade, apurada desde março, e também quer mostrar reação à calamidade no Rio Grande do Sul, que é um momento delicado para o governo.

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Imposto de Renda 2024: veja a tabela de alíquotas e saiba como fazer o cálculo


O prazo de entrega do IR começou em 15 de março e vai até o dia 31 de maio. Imposto de Renda 2024: prazo para declaração vai até o dia 31 de maio. Marcos Serra/ g1 A mecânica do cálculo do Imposto de Renda 2024 continua a mesma de anos anteriores. As principais mudanças em relação à declaração de 2023 estão na faixa de isenção — que subiu de R$ 1.903 para R$ 2.640 no ano passado — e nas parcelas a deduzir. O aumento da faixa isenta foi confirmado em fevereiro de 2023 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por meio de Medida Provisória (MP). A mudança daquele ano passou a valer para a declaração de 2024. A medida estabeleceu, na prática, uma faixa de isenção do IR em R$ 2.112. Para completar os R$ 2.640 (dois salários mínimos da época), o governo determinou um desconto automático de R$ 528. LEIA MAIS Saiba tudo sobre o Imposto de Renda 2024 Veja como fazer a declaração Veja quem é obrigado a declarar Veja como baixar o programa Veja o calendário dos lotes de restituição Imposto de Renda 2024: Saiba como evitar cair na malha fina Como fazer o cálculo do imposto? A conta do IR depende de uma tabela dividida em quatro faixas de renda, com uma alíquota progressiva que vai de 7,5% a 27,5%. A faixa máxima atinge os salários acima de R$ 4.664,68. Veja abaixo as faixas e as respectivas alíquotas Faixa 1: Até R$ 2.112: isento Faixa 2: De 2.112,01 até 2.826,66: 7,5% Faixa 3: De 2.826,67 até 3.751,06: 15% Faixa 4: De 3.751,07 até 4.664,68: 22,5% Faixa 5: Acima de R$ 4.664,68: 27,5% Saiba quem precisa declarar o Imposto de Renda 2024 O imposto não é cobrado sobre todo o salário. O que é descontado em INSS, por exemplo, não entra na conta. Além disso, as alíquotas não são cobradas integralmente sobre os rendimentos. Quem ganha R$ 4 mil por mês, por exemplo (e se encaixa na faixa 4 acima), não paga 22,5% sobre toda a parte tributável do salário. Pelas contas da Receita, os "primeiros" R$ 2.112 são isentos. O que passar desse valor e não superar os R$ 2.826,66 (o limite da faixa 2) é tributado em 7,5%. Já o que superar limite da faixa 2, mas não o da faixa 3, paga 15%, e assim sucessivamente. Veja o exemplo abaixo: Exemplo de cálculo do IR para salário de R$ 4 mil Na prática, a conta pode ser feita multiplicando o total do salário pela alíquota cheia referente à faixa e subtraindo os valores fixos abaixo: Faixa 1: zero Faixa 2: R$ 158,40 Faixa 3: R$ 370,40 Faixa 4: R$ 651,73 Faixa 5: R$ 884,96 A Receita Federal também disponibiliza um simulador que pode ser usado para quem quiser fazer esse cálculo – clique aqui para acessar. Veja outros exemplos para o cálculo, feitos com o apoio do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT): Salário de R$ 3.123 Considerando a renda média do brasileiro registrada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no primeiro trimestre de 2024, por exemplo, de R$ 3.123 (que se encaixa na faixa 3 da tabela do IR), o cálculo ficaria: (3.123 x 15%) - R$ 370,40 = R$ 98,05 Salário de R$ 5 mil Por fim, para um salário de R$ 5 mil, que fica na última faixa da tabela do IR, a conta fica: (5.000 x 27,5%) - R$ 884,96 = R$ 490,04

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Copom se reúne nesta quarta para definir juros; mercado financeiro prevê redução menor da taxa Selic

Com a proposta de mudança da meta fiscal e demora para redução dos juros nos EUA, a maior parte dos economistas já aposta em uma redução no ritmo de corte da taxa de juros, para 0,25 ponto percentual. Se confirmado, a Selic cairia para 10,50% ao ano. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se reúne nesta quarta-feira (20) e deve reduzir a taxa básica de juros da economia, que atualmente está em 10,75% ao ano. A decisão será anunciada após as 18h. Há uma dúvida, porém, sobre o tamanho do corte de juros. A maioria dos analistas do mercado financeiro passou a projetar uma redução de 0,25 ponto percentual, para 10,50% ao ano. Mas parte dos economistas ainda estima que a taxa cairá mais, 0,50 ponto percentual, para 10,25% ao ano. Se a opção for por um corte menor nos juros, o BC reduzirá o ritmo de redução da taxa Selic. Isso porque, na última reunião, os juros caíram 0,50 ponto percentual. Entenda a discussão Em seu último encontro, realizado no fim de março, o BC sinalizou que promoveria uma nova redução de 0,5 ponto percentual nessa reunião de maio, o que levaria a taxa Selic para 10,25% ao ano. Essa sinalização, entretanto, dependia da confirmação de um "cenário esperado" pela diretoria do Banco Central. Desde a última reunião do Copom, porém, a equipe econômica do presidente Lula propôs uma redução nas metas para as contas públicas em 2025 e 2026. Algo que o presidente do BC, Roberto Campos Neto, não apoia. Com a eventual mudança das metas, haverá um espaço adicional para gastos de cerca de R$ 160 bilhões nos próximos anos -- pressionando mais a inflação. E houve piora do cenário externo, com a inflação ainda pressionada nos Estados Unidos. Por conta disso, a maior parte do mercado financeiro já ajustou sua posição e passou a projetar um corte menor de juros, de 0,25 ponto percentual, na reunião do Copom desta semana -- para 10,50% ao ano. Cenário para corte de juros não mudou substancialmente, diz presidente do Banco Central Como as decisões são tomadas Para definir a taxa básica de juros e tentar conter a alta dos preços, no sistema de metas de inflação, o BC faz projeções para o futuro. Neste momento, a instituição já está mirando menos na meta deste ano, e vê um peso maior nas projeções para o ano de de 2025 (em doze meses). Isso ocorre porque as mudanças na taxa Selic demoram de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia. A meta de inflação deste ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%. A partir de 2025, o governo mudou o regime de metas de inflação, e a meta passou a ser contínua em 3%, podendo oscilar entre 1,5% e 4,5% sem que seja descumprida. Na semana passada, os economistas do mercado financeiro estimaram que a inflação de 2024 somará 3,72% e, a de 2025, 3,64%. Ou seja, acima da meta central nos dois anos, mas dentro do intervalo de tolerância. Cenário da economia Além da perspectiva de que o governo aumente gastos públicos nos próximos anos, com a proposta de redução das metas para as contas públicas, analistas observam que o cenário externo está mais tensionado e incerto pelo adiamento e redução do espaço para juros cortes de taxas nas economias desenvolvidas -- como os Estados Unidos. Como os juros nos Estados Unidos vão influenciar a decisão do Copom A decisão sobre a taxa norte-americana influencia o Brasil pois quando os juros americanos estão elevados, a rentabilidade das Treasuries (os títulos públicos norte-americanos), os mais seguros do mundo, é maior. Assim, quem busca segurança e boa remuneração prioriza o investimento no país, e se afasta de emergentes, como o Brasil. Analistas avaliam que isso reduz o espaço para cortes de juros nas economias emergentes, sob o risco de pressão na taxa de câmbio -- que também é ruim para a inflação. A proposta de mudar as metas fiscais, e a perspectiva de que os EUA demorarão mais para baixar os juros, chegaram a gerar alta do dólar no Brasil, que foi parcialmente revertida nos últimos dias. "A evolução do balanço de riscos desde a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) foi bastante desfavorável, com aumento das incertezas tanto no cenário externo quanto interno (...) A elevação da incerteza do cenário global, a deterioração das expectativas de inflação e as alterações das metas de superávit primário tornaram o balanço de riscos assimétrico [desigual]", avaliou Alexandre Mathias, estrategista-chefe da corretora Monte Bravo. O Banco Central também tem chamado atenção, em seus comunicados oficiais, que a queda na taxa de desemprego, assim como uma expansão maior do Produto Interno Bruto (PIB), podem pressionar a inflação no Brasil. "Apesar da inflação mais benigna na margem (com surpresas negativas nos últimos indicadores de preços ao consumidor IPCA e IPCA-15), as medidas subjacentes aos serviços permanecem alto. Além disso, os dados sobre o desemprego e os salários continuam a indicar um mercado de trabalho restritivo", avaliou o Itaú, em análise assinada pelo economista-chefe, Mario Mesquita. Consequências De acordo com especialistas, a redução da taxa de juros no Brasil terá algumas consequências para a economia. Veja abaixo algumas delas: Redução das taxas bancárias: a tendência é que os cortes de juros sejam repassados aos clientes. Em março desse ano, a taxa média de juros cobrada pelos bancos em operações com pessoas físicas e empresas atingiu 40,5% ao ano -- com queda frente ao ano de 2023. Crescimento da economia: com juros mais baixos, a expectativa é de um comportamento melhor do consumo da população e, também, de melhora dos investimentos produtivos, impactando positivamente o Produto Interno Bruto (PIB), o emprego e a renda. Os dados de atividade têm surpreendido positivamente os economistas. Melhora das contas públicas: as reduções de juros também favorecem as contas públicas, pois diminuem as despesas com juros da dívida pública. Em 2023, a despesa com juros somou R$ 718 bilhões em 2023, ou 6,6% do PIB. Analistas esperam uma pressão menor com o processo de queda dos juros. Impacto nas aplicações financeiras: investimentos em renda fixa, como no Tesouro Direto e em debêntures, porém, tendem a ter um rendimento menor, com o passar do tempo, do que teriam com juros mais elevados. Com a queda da Selic, a tendência é que os investimentos em renda variável fiquem mais atrativos.

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+Milionária pode pagar R$ 181 milhões nesta quarta-feira


Apostas podem ser feitas até as 19h em casas lotéricas, pelo site da Caixa Econômica Federal ou pelo aplicativo do banco. Volantes do concurso +Milionária, da Caixa Econômica Federal. Marcello Casal Jr/Agência Brasil O concurso 144 da +Milionária pode pagar um prêmio de R$ 181 milhões para quem acertar seis dezenas e dois trevos. O sorteio ocorre às 20h desta quarta-feira (8), em São Paulo. No concurso do último sábado (4), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a +Milionária custa R$ 6 e pode ser realizada até as 19h em casas lotéricas, pelo site da Caixa Econômica Federal ou pelo aplicativo do banco. A +Milionária soma dois sorteios semanais: às quartas e sábados. +Milionaria: veja como jogar na nova loteria da Caixa Sobre a +Milionária As chances de vencer na loteria são ainda menores do que na Mega-Sena tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois “trevos”. (veja no vídeo acima) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que podem chegar a R$ 83,1 mil. A +Milionária se destaca por oferecer o prêmio principal mínimo de R$ 10 milhões por sorteio e por possuir dez faixas de premiação. Saiba mais aqui.

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Câmara aprova projeto que incentiva geração de energia solar para atender baixa renda

Objetivo é substituir benefício da Tarifa Social de Energia Elétrica por programa criado pela proposta, e, com isso, diminuir custo de conta de luz. Texto vai ao Senado. A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (7) um projeto que estimula a geração de energia solar para atender consumidores de baixa renda. O texto vai ao Senado. O objetivo é substituir o benefício da Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE) por um programa criado pelo projeto, chamado de Programa Renda Básica Energética (Rebe). A proposta visa garantir o acesso à eletricidade para famílias em situação de vulnerabilidade social na faixa de consumo de até 220 kWh por mês. Mais de 60 mil unidades de energia solar já foram instaladas no Maranhão Conforme o texto, as centrais de mini e microgeração de energia elétrica deverão, preferencialmente, ser de energia solar fotovoltaica e ficarão instaladas em áreas rurais, suspensas sobre a superfície de reservatórios e ou dentro do Programa Minha Casa Minha Vida. “Especificamente, a instalação desses sistemas em residências de consumidores de baixa renda, beneficiários da tarifa social de energia, pode gerar uma economia expressiva para esses consumidores ao longo de um período de 25 anos, tempo estimado de vida útil desses equipamentos”, escreveu o relator, deputado Lafayette de Andrada (Republicanos-MG). Como forma de financiar o projeto, o texto prevê que o dinheiro associado à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e que seriam utilizados na Tarifa Social deverão ser destinados ao programa, que contará também com recurso da União e empréstimos junto a bancos públicos e privados. A gestão financeira e operacional do programa ficará sob responsabilidade da estatal ENBPar, que cuidará das centrais geradoras. O texto permite, no entanto, que as instalações sejam gerenciadas por cooperativas de energia solar fotovoltaica, associações ou condomínios da região em que for instalada ou por licitação específica. Redução na conta Atualmente, a Tarifa Social de Energia Elétrica é custeada pela CDE. Essa conta é sustentada por consumidores em geral em taxa embutida na conta de luz. Ao substituir a tarifa pelo programa, se reduziria a necessidade de subsídios da CDE à tarifa e com isso as contas de luz cairiam em todo o país no longo prazo. “O projeto reduz a necessidade de subsídios da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), que é um dos fatores que mais pesa hoje na conta de luz de todo o povo brasileiro", afirmou o deputado Carlos Zarattini (PT-SP). "Vamos fazer com que o povo brasileiro tenha uma energia mais barata. E aquelas famílias que pagam a conta de luz, que não são beneficiadas pela Tarifa Social e pagam a CDE embutida na conta de luz vão ter também uma redução na conta de energia”, ressaltou. O deputado Domingos Neto (PSD-CE), autor da proposta, disse que todos saem ganhando. "O que nós estamos fazendo com esse projeto é permitir que, através de uma série de fontes de financiamentos, possamos levar energia solar, renovável, para as comunidades carentes do nosso País, zerando a conta de energia e, com isso, também diminuindo o custo da tarifa social para todo consumidor", afirmou

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Argentina coloca em circulação nova nota de 10 mil pesos


Até então, a cédula de maior valor disponível no país era a de 2 mil pesos. Lançamento ocorre em meio a uma inflação de 287,9%. Anverso da nova nota de 10 mil pesos da Argentina. Reprodução/Banco Central da Argentina O banco central da Argentina colocou em circulação nesta terça-feira (7) novas notas de 10 mil pesos. Na conversão atual, o valor é o equivalente a cerca de US$ 11. De acordo com a autoridade monetária, a distribuição das cédulas ocorrerá progressivamente em agências bancárias e caixas eletrônicos de todo o país. Até então, a nota de maior valor disponível na Argentina era a de 2 mil pesos, que entrou em circulação em maio de 2023. LEIA TAMBÉM Crise faz argentinos abrirem mão do churrasco, e consumo de carne atinge menor nível em 30 anos Argentina tem 3º superávit seguido, e Milei diz que país caminha contra 'inferno inflacionário' Inflação argentina fica em 11% em março, e chega a 287,9% em 12 meses O lançamento da nova cédula ocorre em meio à inflação de 287,9% no país — patamar ainda bastante elevado apesar da desaceleração nos últimos três meses. O índice de preços na casa de três dígitos também motivou o banco central da Argentina a lançar uma nota de 20 mil pesos, prevista para circular a partir do quarto trimestre deste ano. Em dezembro do ano passado, ao assumir a Presidência da Argentina, Javier Milei implementou medidas duras para combater a inflação, como cortes nas despesas do Estado e nos subsídios a serviços públicos. O pacote também incluiu a desvalorização do peso frente ao dólar, o que fez com que os preços no país subissem mais rapidamente em um primeiro momento. Reverso da nova nota de 10 mil pesos da Argentina. Divulgação/Banco Central da Argentina A nova cédula lançada nesta terça tem, em seu anverso, as imagens de Manuel Belgrano e de Maria Remedios del Valle, considerada heroína da Guerra da Independência da Argentina. No anverso, a representação artística é referente ao juramento à bandeira, feito em fevereiro de 1812. Segundo o BC argentino, a nova nota irá "facilitar as transações, garantir mais eficiência à logística do sistema financeiro e permitir reduzir significativamente os custos de aquisição de cédulas". Inflação de março na Argentina volta a cair e fecha em 11%

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Mega-Sena, concurso 2.721: prêmio acumula e vai a R$ 40 milhões


Veja as dezenas sorteadas: 09 - 10 - 11 - 25 - 46 - 48. Quina teve 81 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 36.177,87. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 O sorteio do concurso 2.721 da Mega-Sena foi realizado na noite desta terça-feira (7), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 40 milhões. Veja os números sorteados: 09 - 10 - 11 - 25 - 46 - 48 5 acertos - 81 apostas ganhadoras: R$ 36.177,87 4 acertos - 5.339 apostas ganhadoras: R$ 784,09 O próximo sorteio da Mega será na quinta-feira (9). Mega-Sena, concurso 2.721 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.

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