A COVID vai passar, mas você tem que continuar.
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Não resta dúvida de que essa é a pior crise que nossa geração já viveu. Se não bastasse o receio de ser ou ter algum parente, amigo ou colaborador contaminado, ainda houve a paralização da economia que custou a saúde e a vida de milhares empresas e o emprego de milhões de pessoas. Mas a história mostra que as crises passam, e a COVID vai passar.

Aliás, já está passando. Na verdade, muitas empresas, mesmo do setor de ferro e aço, foram beneficiadas ou nem sofreram efeitos do que aconteceu de março para cá. O que fazer, então, para enfrentar essa situação e implementar processos que ajudem sua empresa a passar por esse momento e sair dele mais forte?

Embora não haja uma fórmula mágica, a verdade é que antigas práticas muitas vezes ignoradas são a resposta para todas as situações, inclusive esta. Basta voltarmos à cartilha e fazermos direito tudo aquilo que a correria nos obriga a deixar para depois. As tarefas sugeridas abaixo, que estão sendo observadas em algumas empresas do ferro e aço, certamente podem ajudar você também.

1 – Faça Prospecções e Follow ups.

Sim! Muitos clientes continuaram comprando normalmente durante o isolamento e as empresas que continuaram procurando estes clientes venderam muito! Nesse caso, os vendedores foram incentivados a manter uma rotina de prospecção de novos clientes e contatos com clientes da carteira para “empurrar” vendas ao invés de simplesmente “esperar” que eles viessem. Assim, quem está prospectando está vendendo e, acredite, alguns estão vendendo até mais do que antes da crise.

2 – Incentive seu vendedor e dê a ele ferramentas de trabalho.

Se o vendedor tem ferramentas adequadas e sabe que vai ganhar mais quando a qualidade da venda é maior, é claro que vai produzir mais. Então, por que não verificar se sua equipe de vendas tem as ferramentas mais adequadas e faz o melhor uso delas? Já pensou em comissionar o seu vendedor pela qualidade da venda, considerando coisas como mark-up obtido, prazo de pagamento concedido, atingimento de metas, etc.?

3 – Estabeleça Metas.

Tem um ditado que diz que “para quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve”. Isso também é verdade na hora de vender durante uma crise. Alguns empresários resolveram ignorar as predições de que a economia iria despencar. Eles mantiveram suas metas mais ambiciosas, apresentaram essas metas à sua equipe, se prepararam, e estão se dando muito bem. Certamente, quem não fez isso, está “andando por qualquer caminho”, e não tem ideia de para onde vai.

Para tanto, você precisa de um ERP que o ajude a estabelecer e acompanhar o grau de atingimento dessas metas. E que também é muito importante, premiar sua equipe melo atingimento delas.

4 – Acompanhe e Controle seus Custos.

Como quem acaba definindo os preços é o mercado, então a você caberá controlar os custos. Além de boas ferramentas de T.I. você precisa de uma equipe que faça os lançamentos corretamente e de um gestor que saiba gastar. Além dos custos de reposição da mercadoria, você precisa ter um excelente controle das despesas, custos da folha de pagamento, etc. Para tanto, analise seus relatórios de resultados todos os dias. Acompanhe seu fluxo de caixa. Evite a armadilha de dar mais prazo de pagamento a seus clientes do que você recebe de seus fornecedores e, se não tiver outro jeito, então saiba compensar isso. Se você não tem um ERP com ferramentas que lhe dão essa visão, fale conosco.

Você tem as ferramentas certas?

A verdade é que sem as ferramentas certas fazer tudo isso fica muito mais difícil. Assim, se quiser ajuda, podemos orientá-lo. E se você já é nosso cliente e não está fazendo nada disso, também podemos ajudá-lo com treinamentos e orientações.

Portanto, não deixe a crise destruir seu negócio, muitas vezes trabalho de gerações de sua família ou de anos de sua vida. Lembre-se, a COVID vai passar e, quando passar, você e sua empresa precisam estar lá. E nós já estamos aqui para ajudar você.

NOTÍCIAS

Bitcoin: com alta de 150% no ano, criptomoeda passa dos US$ 40 mil pela 1ª vez em um ano e meio


Subida foi impulsionada com perspectivas maiores de corte na taxa de juros dos Estados Unidos. Criptomoedas / Bitcoin / Ethereum Reuters O bitcoin, mais importante modelo de criptomoeda do mundo, ultrapassou os US$ 40 mil e atingiu o maior valor desde abril de 2022. No ano, a subida já chegou à casa de 150%. O ativo aproveita uma onda de impulso conforme crescem as esperanças de um possível corte nas taxas de juros dos Estados Unidos, o que favorece ativos de risco, e à medida que os traders apostam na aprovação iminente dos fundos de bitcoin negociados no mercado de ações americanos. Pela manhã desta segunda-feira (4), o bitcoin chegou aos US$ 42,1 mil, eliminando o medo que se instalou nos mercados de criptografia após o colapso da FTX e outras falhas de negócios de criptografia no ano passado. "Sua recuperação de 50% desde meados de outubro parece marcar uma mudança decisiva em relação à baixa de 2022 e início de 2023", disse Justin d'Anethan, chefe de desenvolvimento de negócios para Ásia-Pacífico na Keyrock, à agência Reuters. D'Anethen disse que as evidências de compras institucionais até novembro mostraram uma nova etapa de interesse e que, embora as reversões futuras não fossem inconcebíveis, os mínimos atingidos em torno de US$ 16 mil há um ano "provavelmente marcaram o fundo do poço". Bitcoin: Saiba o que é e como funciona a mais popular das criptomoedas O que é bitcoin? As criptomoedas são ativos como real, dólar e euro, mas que circulam apenas em ambiente digital. O bitcoin é o mais importante modelo, mas há tantos outros, como Ethereum, Litecoin e Ripple. Para comprá-las, é necessário abrir uma conta em corretoras especializadas. Por que varia tanto o preço? O que faz o bitcoin tão volátil é a busca por seu valor justo no mercado, já que não há lastro nem regulamentação por parte de bancos centrais. As operações são registradas por meio da tecnologia blockchain, que registra todas as quantias transferidas, quem transferiu para quem e qual o valor. Se, por um lado, não há uma autoridade que dite regras ao mercado nem outra moeda que referencie seu preço, também não há uma proteção ao patrimônio. A segurança é calcada na tecnologia e na aceitação no mercado. Entra, portanto, na categoria de investimento de alto risco. Quais são os riscos? Os números são chamativos e deixam atiçado qualquer investidor que esteja buscando aumentar seus rendimentos. Como qualquer investimento de renda variável, entretanto, o bitcoin tem riscos evidentes de perda do patrimônio investido. Primeiro risco é tecnológico, em um cenário que se crie algum embaraço aos arcabouços de segurança das criptomoedas. Os analistas são confiantes que o blockchain não sofre esse risco em um cenário previsível. Segundo, as grandes oscilações demandam que o investidor pense no bitcoin como reserva de valor a longo prazo. A necessidade de retirada em um momento ruim pode colocar a perder uma parte grande do que foi investido. Valem, assim, as regras básicas de se montar uma reserva de emergência em ativos de renda fixa e com liquidez diária para imprevistos, somada ao rescaldo em outros ativos mais arriscados. Quem está com reserva pronta e quer partir para os criptoativos, a recomendação dos especialistas é que se chegue a cerca de 5% da fatia dos investimentos em algo de tamanho risco, caso o perfil do investidor seja mais agressivo. Não menos importante, é preciso entender a dinâmica de funcionamento da moeda digital e o cenário futuro.

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Dólar abre em alta, com alta nas projeções para inflação e expectativa pelo PIB; Ibovespa tem queda


Na sexta-feira, a moeda norte-americana caiu 0,70%, cotada a R$ 4,8807. Já o Ibovespa avançou 0,67%, aos 128.185 pontos, renovando o maior patamar desde julho de 2021. Dólar opera em alta Freepik O dólar abriu em alta nesta segunda-feira (4), após o Boletim Focus — relatório do Banco Central do Brasil (BC) que reúne as projeções de economistas do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos do Brasil — mostrar uma alta nas estimativas para a inflação neste e no próximo ano. O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa de valores brasileira, tem queda. Investidores também estão na expectativa pela divulgação de dados importantes ao longo da semana, com destaque para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro do terceiro trimestre e números de emprego nos Estados Unidos. Veja abaixo o dia nos mercados. Entenda o que faz o dólar subir ou descer Dólar Às 10h15, o dólar subia 0,24%, cotado a R$ 4,8923. Veja mais cotações. Na última sexta-feira (1°), a moeda norte-americana fechou em baixa de 0,70%, vendida a R$ 4,8807. Com o resultado, passou a acumular quedas de: 0,36% na semana; 0,70% no mês; 7,53% no ano. Ibovespa No mesmo horário, o Ibovespa operava em queda de 0,53%, aos 127.500 pontos. Na última sexta-feira, o índice fechou em alta de 0,67%, aos 128.185 pontos e renovou o maior patamar desde julho de 2021. Com o resultado, passou a acumular ganhos de: 2,13% na semana; 0,67% no mês; 16,81% no ano. DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? O que está mexendo com os mercados? A semana começa com as expectativas voltadas para o PIB do terceiro trimestre, que será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) amanhã. O resultado, explicam especialistas, trará uma perspectiva de como anda a economia brasileira com a taxa básica de juros, a Selic, ainda tão alta - hoje está em 12,25% ao ano. Hoje, o único destaque da agenda é a tradicional divulgação do Boletim Focus, pelo Banco Central do Brasil (BC). Nesta edição do relatório, as projeções para a inflação subiram tanto para este ano quanto para o próximo. Em 2023, os analistas preveem uma inflação de 4,54%, ainda dentro do teto da meta estabelecida pelo BC - que é de 3,25%, podendo oscilar entre 1,75% e 4,75%. Já para 2024, as expectativas são de uma inflação de 3,92%. No próximo ano, a meta de inflação é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%. LEIA MAIS: Mercado financeiro eleva estimativa de inflação para 2023 e 2024 No cenário internacional, a semana é marcada por uma série de divulgações sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos, o que mexe com os ânimos dos investidores. Se o mercado continua muito aquecido, a tendência é que a inflação também continue pressionada e, por isso, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) pode demorar mais tempo para iniciar o ciclo de corte nas taxas de juros da maior economia do mundo.

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Estudantes de Jundiaí desenvolvem sensor para captar movimento e contar número de abelhas em frente à colmeias: 'Dados importantes'


Projeto de preservação e pesquisa faz parte de uma ação na Emeb Professora Maria Angélica Lorençon, no Corrupira, com a turma do 4º ano. Estudantes de Jundiaí desenvolvem sensor para captar movimento e contar número de abelhas em frente à colmeia Prefeitura de Jundiaí/Divulgação Estudantes de Jundiaí (SP) desenvolveram um sensor capaz de captar o movimento e contar o número de abelhas em frente à uma colmeia. O projeto faz parte de uma ação na Emeb Professora Maria Angélica Lorençon, no Corrupira, com a turma do 4º ano. "São dados científicos importantes, para ver a quantidade dos animais, os impactos climáticos na movimentação, o motivo para a entrada e saída, se os números de chegadas e partidas batem, e, em caso negativo, quais podem ter sido as interferências”, explica a professora Graziela Leal, que orienta os alunos. De onde vem o que como: mel começa com o 'vômito' das abelhas, pode durar alguns anos e tem tipos venenosos De onde vem o que eu como: Mel Além do dispositivo, o grupo também conseguiu catalogar três espécies de abelha: a Jataí-da-terra, a mirim-preguiça e a Iraí. Outras três ainda estão em fase de catalogação. O projeto de preservação e pesquisa teve início em 2021, quando uma aluna identificou uma colmeia de abelhas sem ferrão. Após a identificação das espécies, as crianças aprenderam a montar ninhos e construíram uma "Vila das Abelhas". Em seguida, a turma utilizou a estrutura e equipamentos do Fab Lab, laboratório de prototipagem localizado no Complexo Argos, para criar jogos pedagógicos – de tabuleiro e on-line – sobre a vila construída e um pega-pega com abelhas, além de confeccionar QR Codes de direcionamento para ambientes digitais com as informações da pesquisa dos alunos. O trabalho desenvolvido no Fab Lab fez tanto sucesso que os estudantes foram convidados a expor a iniciativa nas comemorações dos cinco anos do laboratório. Estudantes de Jundiaí desenvolvem sensor para captar movimento e contar número de abelhas em frente à colmeias Prefeitura de Jundiaí/Divulgação Veja mais notícias da região no g1 Sorocaba e Jundiaí VÍDEOS: assista às reportagens da TV TEM

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Mercado financeiro eleva estimativa de inflação para 2023 e 2024

Números foram divulgados nesta segunda-feira (4) pelo BC. Analistas dos bancos mantiveram projeções para o crescimento da economia brasileira estáveis nos dois anos. Os economistas do mercado financeiro elevaram as estimativas de inflação para 2023 e para o ano que vem. A informação consta no relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (4) pelo Banco Central. O levantamento ouviu mais de 100 instituições financeiras, na semana passada, sobre as projeções para a economia. Para este ano, a projeção para o IPCA, a inflação oficial, subiu de 4,53% para 4,54%. Mesmo com a alta, a estimativa dos analistas para a inflação de 2023 continuou abaixo do teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta central de inflação é de 3,25% neste ano, e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,75% e 4,75% neste ano. Se a projeção do mercado financeiro se confirmar, será interrompida uma sequência de dois anos de descumprimento da meta de inflação. Em 2021, o IPCA somou 10,06%. E, em 2022, a inflação somou 5,79%. Especial g1: o que é inflação Entenda: como a inflação mexe no seu bolso Para 2024, a estimativa de inflação avançou de 3,91%para 3,92% na última semana. No próximo ano, a meta de inflação é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%. Para definir a taxa básica de juros e tentar conter a alta dos preços, o BC já está mirando, neste momento, na meta do ano que vem. Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso porque os preços dos produtos aumentam, sem que o salário acompanhe esse crescimento. Produto Interno Bruto Sobre o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, o mercado financeiro manteve a projeção de crescimento em 2,84%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia. Já para 2024, a previsão de crescimento da economia do mercado financeiro permaneceu inalterada em 1,50%. Taxa de juros Os economistas do mercado financeiro mantiveram as estimativas para a taxa básica de juros da economia brasileira para o final deste ano e de 2024. Atualmente, a taxa Selic está em 12,25% ao ano, após três reduções seguidas promovidas pelo Banco Central. Para o fim de 2023, o mercado financeiro manteve a projeção para a taxa Selic em 11,75% ao ano. Para o fechamento de 2024, a projeção do mercado para o juro básico da economia ficou estável em 9,25% ao ano. Outras estimativas Veja abaixo outras estimativas do mercado financeiro, segundo o BC: Dólar: a projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2023 recuou de R$ 5 para R$ 4,99. Para o fim de 2024, a estimativa caiu de R$ 5,05 para R$ 5,03. Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção caiu de R$ 83 bilhões para US$ 78,4 bilhões de superávit em 2023. Para 2024, a expectativa para o saldo positivo caiu de US$ 69 bilhões para US$ 67,2 bilhões. Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano subiu de US$ 62,6 bilhões para US$ 62,8 bilhões de ingresso. Para 2024, a estimativa de ingresso permaneceu em US$ 70 bilhões. VÍDEOS: notícias de economia

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Com menor oferta no mercado doméstico, preços do frango têm 4º aumento seguido, aponta USP


Levantamento divulgado pelo Cepea, do Campus da Universidade de São em Piracicaba (SP), com os feriados de novembro, houve diminuição nos dias úteis do mês para abate nas agroindústrias. Produção de Frango Reprodução Os valores do frango registraram alta entre outubro e novembro deste ano, conforme aponta o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) do campus da Universidade de São Paulo (USP) em Piracicaba (SP). Esse é quarto mês consecutivo com aumento nos preços, segundo pesquisa do Cepea, impulsionado pela menor oferta de carne de frango no mercado doméstico. De acordo com avaliação do Cepea, com os feriados de novembro, houve diminuição nos dias úteis do mês para abate nas agroindústrias. O valor médio do quilo do frango congelado no atacado das regiões da Grande São Paulo, São José do Rio Preto (SP) e Descalvado (SP) em 1º de outubro era de R$ 7,19. Na mesma data no mês de novembro, era de R$ 7,34, segundo cotação do Cepea com os colaboradores do setor. "Consequentemente, houve queda na disponibilidade interna de carne. Agentes consultados pelo Cepea têm expectativas de que as vendas continuem aquecidas, fundamentados no recebimento do 13° por parte da maior parte da população", explicam os pesquisadores do setor. Outubro A liquidez no mercado brasileiro de frango esteve aquecida ao longo de outubro. Esse cenário elevou os preços da carne na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. Segundo colaboradores consultados pelo Centro de Pesquisas, parte desse movimento foi consequência do feriado do dia Dia de Nossa Senhora Aparecida e do Dia de Finados, em 12 de outubro e 2 de novembro. "Do lado da demanda, as datas levaram agentes de redes atacadistas e varejistas a aumentarem a procura pela proteína. Do lado da oferta, os feriados resultaram em diminuição nos dias úteis de abate, o que, consequentemente, também limitou a disponibilidade de carne no mercado nacional e reforçou o movimento de alta nos preços da proteína", explica o Cepea. Assim, de setembro para outubro, o frango inteiro congelado comercializado no atacado do estado de São Paulo se valorizou 2,5%, com a média do último mês a R$ 7,19 o quilo. No mercado de cortes e miúdos, as altas foram ainda mais intensas. No atacado da Grande São Paulo, o peito congelado foi o que mais se valorizou de setembro para outubro – expressivos 10% –, com o quilo do produto cotado, em média, a R$ 9,05 no último mês. Exportações de carne bovina As exportações brasileiras de carne bovina in natura totalizaram, até a terceira semana de novembro, 119,27 mil toneladas. O índice se aproxima do volume total escoado em todo o mês de novembro de 2022, que foi de 148,83 mil toneladas. Os dados, da Secex, foram divulgados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) do campus da USP em Piracicaba (SP). Exportação de carne bovina cresce, aponta estudo da USP de Piracicaba Divulgação 📲 Receba no WhatsApp notícias da região de Piracicaba De acordo com pesquisadores do Cepea, caso o atual desempenho de vendas ao exterior seja mantido até o final do mês, o total de exportações brasileiras de carne bovina in natura pode ultrapassar as 200 mil toneladas O levantamento aponta que a média diária de embarques que atinge 10,82 mil toneladas em novembro, uma alta de 45,41% frente aos dados do mesmo período do ano passado. Suínos Os preços da carne suína vêm registrando altas desde a segunda semana de novembro, o que, segundo pesquisadores do Cepea, pode ser explicado pelo aumento da procura por parte de atacadistas que têm procurado formar estoques para as demandas de final de ano. Entretanto, segundo o levantamento, até o dia 21 de novembro, o valor médio mensal da carcaça especial está 0,8% abaixo do preço de outubro, o que pode ser explicado pelas vendas estagnadas no início do mês, segundo o Cepea, que aponta que, no atacado da Grande São Paulo, a carcaça especial suína está sendo vendida, em média, por R$ 9,76 o quilo na parcial de novembro. Milho O faturamento com as exportações brasileiras de produtos agropecuários somou somando 126 bilhões de dólares de janeiro a setembro de 2023. A marca representa crescimento de 3,2% na comparação com o mesmo período do ano passado, conforme apontam pesquisas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), o campus da USP em Piracicaba. “Trata-se de um recorde para o período”, observam especialistas do instituto. Segundo pesquisadores do Cepea, esse resultado segue atrelado ao maior volume embarcado – que aumentou 14,7% –, já que os preços médios em dólar caíram 10%. O milho, como no semestre passado, é o responsável por puxar esse aumento, com a maior taxa de crescimento nos envios externos, uma alta é de 40% no volume embarcado. Veja ranking de produtos, abaixo, na reportagem. O estudo é feito com base em dados Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Secretaria de Comércio Exterior – sistema Siscomex e indicam que o setor registra bom desempenho em 2023, e a receita deste ano pode atingir novo recorde. Expectativa Se o setor mantiver o mesmo desempenho do último trimestre de 2022, a receita pode superar o valor de US$ 160 bilhões, o que seria um novo recorde. Para que essa meta seja atingida, é importante que o Real não se valorize muito frente ao dólar norte-americano ao longo dos próximos meses. Produtos A soja em grão, por sua vez, se mantém como líder na quantidade exportada. De acordo com pesquisadores do Cepea, além dos produtos do complexo da soja e do milho, o ano tem sido favorável ao setor sucroalcooleiro e às carnes de frango e suína. China e Estados Unidos Pesquisadores do Cepea indicam que as economias chinesa e norte-americana têm apresentado boas taxas de crescimento neste ano, o que tem dado suporte à demanda internacional. “Do lado da oferta, o Brasil apresentou produção recorde, o que sustentou os bons volumes embarcados. No entanto, diante do crescimento da produção também em outros países relevantes no cenário internacional, os preços caíram ao longo dos nove meses de 2023”, concluem os pesquisadores do Cepea. LEIA MAIS Soja, carne, café, suco de laranja: veja os produtos em que o Brasil é líder em exportação no mundo Milho registra maior volume de exportação de grãos no 1º semestre de 2023, aponta estudo da USP Grãos: primeiro semestre O milho foi o produto que registrou a maior taxa de crescimento no volume embarcado, com 86%, de acordo com pesquisa do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) do campus da USP em Piracicaba (SP). Os estudos apontam que as exportações brasileiras de produtos agropecuários seguiram avançando no primeiro semestre deste ano. A soja em grão apresentou o maior volume exportado, com 49% de todo o volume escoado pelo agronegócio brasileiro e 40% do valor gerado pela receita em dólar. De acordo com pesquisadores do Cepea, o ano tem sido muito favorável aos produtos do complexo da soja e aos setores sucroalcooleiro e florestal. Os estudos mostram que o faturamento em dólar do setor cresceu 4,5% no primeiro semestre de 2023, sendo puxado pelo maior volume embarcado, que aumentou 14%. Os preços médios em dólar caíram pouco mais de 8%. Queda dos preços Desde 2022, os valores dos alimentos têm apresentado tendência de queda, conforme indicação do índice das Nações Unidas (FAO). Essa redução dos preços médios de alimentos e energia no mercado internacional, de acordo com pesquisadores, se deve ao arrefecimento na taxa de crescimento da demanda global em 2023, com destaque aos problemas enfrentados pela China mais recentemente, e ao aumento da produção mundial. Para o segundo semestre do ano, o comportamento dos preços internacionais das commodities vai depender do tamanho da safra no Hemisfério Norte e da ocorrência de eventos inesperados ao longo do período. Para o câmbio, a expectativa dos agentes do mercado financeiro é de que se mantenha ao redor de R$5 /US$ neste segundo semestre; no entanto, a continuidade da elevação dos juros no mercado norte-americano deve atrair mais capital para esse país, pressionando o valor do dólar ao redor do mundo, inclusive no Brasil. Também é possível que a inflação no Brasil aumente nos próximos meses, mas feche em torno de 4% no acumulado do ano. Com isso, o efeito combinado de ambos sobre a rentabilidade em reais do setor não deve resultar em grandes oscilações nos próximos meses. VÍDEOS: tudo sobre Piracicaba e região Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba

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Veja as vagas de emprego disponíveis em Petrolina, Araripina e Salgueiro nesta segunda-feira (4)


As vagas são disponibilizadas diariamente pela Agência do Trabalho de Pernambuco. As vagas são disponibilizadas diariamente pela Agência do Trabalho de Pernambuco. Gabriel Moreira/Secom Maceió A Agência de Trabalho de Pernambuco divulgou as vagas de emprego disponibilizadas paras os municípios de Petrolina, Araripina e Salgueiro , no Sertão de Pernambuco, nesta segunda-feira (4). As oportunidades são atualizadas diariamente pelo g1 Petrolina. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp. Os interessados nas oportunidades podem entrar em contato com a Sedepe através da internet. O atendimento na agência de Salgueiro é feito a partir de um agendamento prévio, feito pelo site da Secretaria. Em Petrolina e Araripina basta ir até a Agência de Trabalho. Petrolina Contato: (87) 3866 - 6540 e (87) 9 9180-4065 Vagas disponíveis Salgueiro Contato: (87) 3871 - 8467 Vagas disponíveis Araripina Contato: (87) 3873 - 8381 Vagas disponíveis Vídeos: mais assistidos do Sertão de PE

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Sem desoneração prevista para combustíveis em 2024, diesel e gás de cozinha terão alta de imposto

Informação consta no projeto de orçamento para o ano de 2024, e foi confirmada pela Secretaria da Receita Federal. Aumento de impostos ajudará o governo na meta de tentar zerar o rombo das contas públicas no ano que vem, mas terá impacto na inflação. A equipe econômica não prevê impostos federais reduzidos sobre combustíveis em 2024. A informação consta na proposta de Orçamento do ano que vem e foi confirmada pela Secretaria da Receita Federal ao g1. Alguns desses benefícios fiscais já acabaram, como no caso da gasolina, etanol e querosene de aviação. Mas as alíquotas ainda estão reduzidas, até o fim deste ano, para o diesel, biodiesel e para o gás de cozinha (GLP). Com o fim da desoneração, esses produtos terão impostos elevados elevados no começo de 2024 e, caso isso seja repassado, haverá aumento de preços aos consumidores — com impacto na inflação. No caso do diesel, o reajuste tende a impactar de uma forma geral os preços da economia, pois o combustível é utilizado no transporte de cargas pelo país, assim como no transporte público. O aumento da tributação do gás de cozinha, por sua vez, tende a afetar não somente a população de baixa renda, mas também a classe média e os preços cobrados pelos restaurantes. Em junho deste ano, após o governo federal ter elevado impostos federais sobre gasolina e etanol, a Petrobras anunciou redução do preço da gasolina. Lula cobra presidente da Petrobras pela demora na redução de preços dos combustíveis Aumento de até R$ 2,18 A volta dos impostos federais pode levar ao aumento de até R$ 2,18. Veja os valores para cada combustível, segundo dados do governo, do Instituto Combustível Legal (ICL) e da Associação das Distribuidoras de Combustíveis (Brasilcom) : diesel A: aproximadamente R$ 0,35 por litro; biodiesel: aproximadamente R$ 0,15 por litro; diesel B (mistura do diesel A e biodiesel): aproximadamente R$ 0,33 por litro; gás de cozinha: aproximadamente R$ 2,18 por botijão de 13 Kg. Redução em 2022 A redução dos impostos federais foi autorizada no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2022. Com a guerra na Ucrânia, e em na iminência da corrida eleitoral, o governo anterior zerou o PIS/Cofins sobre diesel, gás de cozinha e sobre biodiesel até o fim de 2022. Depois reduziu impostos federais sobre gasolina e etanol também até o final do ano passado. A gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva manteve a tributação reduzida no começo deste ano. Entretanto, começou a elevar os impostos federais sobre a gasolina e etanol em fevereiro, retomando as alíquotas cheias sobre esses combustíveis em junho de 2023, além de querosene de aviação e GNV. Já o aumento do diesel foi faseado ao longo do ano. Os impostos estiveram zerados até julho, quando aumentaram para R$ 0,11 por litro e para R$ 0,13 por litro em outubro. Contudo, a medida provisória que elevava os impostos perdeu a validade sem ser votada no Congresso, o que levou as alíquotas a zero novamente até 31 de dezembro. Meio ambiente Nesta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, na abertura da conferência do clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP 28, em Dubai, nos Emirados Árabes, que gastos com armas deveriam ser usados contra fome e mudança climática. Ele também falou sobre a necessidade de ter uma economia menos dependente de combustíveis fósseis, como diesel e gás de cozinha - que terão aumento de impostos no começo do ano que vem. "O planeta está farto de acordos climáticos não cumpridos, de metas de redução de emissão de carbono negligenciadas, de discursos vazios. Precisamos de atitudes e práticas concretas. Quantos líderes mundiais estão de fato comprometidos em salvar o planeta", questionou Lula, na ocasião. Impacto nas contas públicas O aumento de impostos sobre diesel, gás de cozinha e querosene de aviação a partir de janeiro acontece em meio a um esforço da equipe econômica para tentar zerar o rombo das contas públicas em 2024 - meta que consta na proposta de orçamento do ano que vem. Para zerar o déficit fiscal, meta considerada difícil pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o objetivo do governo é de arrecadar R$ 168 bilhões a mais no próximo ano. O fim desses benefícios já está no cálculo dos Ministérios da Fazenda e do Planejamento para tentar aumentar a arrecadação em 2024. A Receita Federal confirmou que a proposta de orçamento de 2024 considera a reoneração dos combustíveis. Ou seja, caso os tributos não subam, a necessidade de aumento de arrecadação extra para tentar zerar a meta fiscal no próximo ano será maior ainda. De acordo com a Receita, a redução das alíquotas do PIS e Cofins sobre combustíveis gerou uma perda de arrecadação de R$ 28,7 bilhões nos dez primeiros meses deste ano. Além do aumento de impostos sobre diesel, querosene de aviação e GLP, também foram enviadas outras medidas ao Legislativo. São elas: taxação de "offshores" e fundos exclusivos, já aprovada; mudança nos juros sobre capital próprio (mecanismo que permite às empresas pagarem menos tributos); taxação de apostas esportivas; fim de subvenções a empresas para custeio.

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Subsídios federais para combustíveis fósseis somam R$ 81 bilhões em 2022, diz estudo


Cálculos foram feitos pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc). O principal subsídio refere-se às desonerações de combustíveis autorizadas no ano passado em meio ao período eleitoral. O metano produzido durante a extração de petróleo normalmente é queimado, contaminando o meio ambiente Getty Images O governo federal concedeu R$ 80,95 bilhões em subsídios para auxiliar os produtores de petróleo, carvão mineral e gás natural no país em 2022, no último ano da gestão do presidente Jair Bolsonaro. Isso representou uma alta de 19,6% frente aos R$ 67,7 bilhões do ano anterior, segundo números divulgados pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) por meio de estudo. Esses são recursos que saíram diretamente do orçamento da União para incentivar o setor e também quantias que o governo deixou de arrecadar em impostos, devido a regimes de tributação especiais e programas de isenção. O objetivo foi garantir aos consumidores um preço menor na aquisição dos produtos. O principal subsídio, segundo o Inesc, refere-se às desonerações de combustíveis autorizadas no ano passado pelo governo Jair Bolsonaro como resposta ao aumento dos preços internacionais, essencialmente resultante da guerra entre a Rússia e a Ucrânia e, "notadamente, em função da disputa eleitoral". As desonerações de combustíveis fósseis, nos cálculos do Inesc, somaram R$ 40,7 bilhões em 2022, contra R$ 12,6 bilhões no ano anterior. Em 2023, as desonerações foram gradativamente revertidas pelo governo Lula no caso da gasolina e etanol, com uma alta em fevereiro e outra em junho. A tributação sobre o diesel, que seguiu zerada até junho, foi momentaneamente retomada por alguns meses para financiar o benefício para carros. Mas, depois, retornou a zero. Em busca do déficit zero nas contas públicas em 2024, meta para o qual precisa elevar a arrecadação substancialmente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem mirado o fim de incentivos fiscais. Incentivos a fósseis X renováveis De acordo com o levantamento, os benefícios fiscais aos combustíveis fósseis representam cinco vezes os incentivos concedidos em 2022 (R$ 15,6 bilhões) para fontes renováveis de energia. O Inesc lembrou que o ano de 2023 foi o mais quente da história, reforçando a urgência da transição energética dos fósseis para outras fontes de energia. “Não é justo direcionar os escassos recursos públicos do Brasil para as empresas que exploram uma fonte de energia que é responsável pela maior parte das emissões de gases de efeito estufa que agravam a crise climática global”, disse Cássio Cardoso Carvalho, assessor político do Inesc. O Instituto avaliou que as mudanças climáticas, potencializadas pelos combustíveis fósseis, "tendem a exacerbar a pobreza e as desigualdades com impactos provocados por desastres naturais, em especial inundações e secas, elevação dos preços de alimentos, perdas em saúde, redução da produtividade do trabalho". "Mesmo sendo o Brasil um ator central na geopolítica do petróleo, o problema da expansão da oferta brasileira é ainda fracamente percebido pela opinião pública como parte da crise climática global, tendo sido objeto de intensa negação por parte do governo", avaliou o Inesc. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, lançou em agosto o Plano de Transformação Ecológica para que, segundo ele, o "desenvolvimento econômico e social caminhe de mãos dadas com a preservação ambiental". Recentemente, o Brasil assumiu a liderança do G20, e informou que vai focar no combate à fome e às mudanças climáticas. Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil é um "porto seguro" para "quem quiser utilizar a energia verde para produzir aquilo que é necessário a humanidade". Nesta quinta-feira (30), o governo brasileiro brasileiro informou que analisa um convite feito pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) para se tornar um dos "aliados" do grupo. Na sexta-feira (1º), o presidente Lula afirmou, na abertura da COP 28, em Dubai (Emirados Árabes), que gastos com armas deveriam ser usados contra fome e mudança climática. Ele também falou sobre a necessidade de ter uma economia menos dependente de combustíveis fósseis, como diesel e gás de cozinha - que terão aumento de impostos no início de 2024. Subsídios à indústria do petróleo e gás De acordo com o estudo do Inesc, os subsídios se dividem naqueles concedidos à produção, no valor de R$ 34,3 bilhões em 2022, e ao consumo - que totalizou R$ 46,7 bilhões no ano passado. Incentivos à produção Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) (fósseis): R$ 12,6 bilhões em 2022 Regime Aduaneiro Especial de Petróleo e Gás Natural (Repetro): R$ 12,2 bilhões no ano passado Dedução dos valores aplicados na exploração e produção de petróleo e gás natural para cálculo do IRPJ e da CSLL: R$ 8 bilhões em 2022 Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Infraestrutura (Reidi) (fóssil): R$ 730 milhões Termoeletricidade: R$ 640 milhões Incentivos ao Consumo Isenções para consumo de óleo diesel, gasolina e GLP: R$ 40,7 bilhões em 2022 Auxílio-gás dos brasileiros: R$ 2,8 bilhões no último ano Pagamento de auxílio aos transportadores autônomos de cargas: R$ 2,33 bilhões Conta de Desenvolvimento Energético (carvão mineral): R$ 900 milhões Subsídios a energias renováveis Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa): R$ 5,45 bilhões em 2022 Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Infraestrutura (Reidi Renovável): R$ 3,21 bilhões no ano passado Geração distribuída: R$ 2,82 bilhões em 2022 Aerogeradores: R$ 190 milhões Biodiesel: R$ 20 milhões Conta de Consumo de Combustíveis (CCC renovável): R$ 340 milhões Fontes Incentivadas - Redução de pagamento de TUST e TUSD: R$ 650 milhões Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores: R$ 310 milhões Programa Mais Luz para a Amazônia: R$ 410 milhões Isenções para consumo de etanol hidratado: 2,19 bilhões

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O X pode ir à falência sob o comando de Elon Musk?


Para uma empresa que Musk comprou por 44 bilhões de dólares no ano passado, a falência pode parecer impensável. Mas é possível. Elon Musk durante a conferência anual DealBook, do The New York Times. GETTY IMAGES via BBC O ataque ferino de Elon Musk contra anunciantes que boicotam o X (o antigo Twitter) confundiu os especialistas. Se os anunciantes continuarem saindo e não voltarem, será que a rede social poderá sobreviver? Em abril, Musk deu uma entrevista para a BBC News — nela, soltou as primeiras de muitas declarações caóticas sobre a aquisição do X. Ele disse algo bastante revelador, mas que passou despercebido na época. Ao falar sobre publicidade, Musk disse à época: “Se a Disney se sente confortável em anunciar filmes infantis [no X] e a Apple se sente bem em anunciar iPhones na plataforma, esses são bons indicadores de que o X é um bom lugar para anunciar”. Sete meses depois, tanto Disney quanto Apple não fazem mais anúncios no X — e Musk usou palavrões para expressar sua reação à mudança de postura das empresas. De Twitter para X: no mundo das pequenas empresas, quando vale a pena trocar de logo? As empresas fizeram uma pausa os anúncios depois que uma investigação de uma organização norte-americana, a Media Matters for America, apontou que os anúncios publicitários apareciam ao lado de postagens pró-nazistas. Em nota, o X desafiou ferozmente o relatório, questionou os métodos de pesquisa e abriu um processo judicial contra a organização. Numa entrevista inflamada na quarta-feira (29/11), Musk também mencionou a palavra falência, num sinal do quanto o boicote publicitário pode prejudicar os resultados financeiros da empresa. Para uma empresa que ele comprou por 44 bilhões de dólares (R$ 216 bilhões) no ano passado, a falência pode parecer impensável. Mas é possível. Para entender por que, é preciso observar até que ponto o X depende das receitas de publicidade — e porque os anunciantes parecem abandonar a plataforma. Embora não tenhamos os números mais recentes, no ano passado cerca de 90% da receita do X foi proveniente de publicidade. Esse é o coração do negócio. Na quarta-feira, Musk foi muito além de insinuações sobre isso. "Se a empresa falir... Ela vai falir por causa de um boicote dos anunciantes. Será isso que levará a empresa à falência", disse. Numa entrevista em Nova York, nos EUA, Elon Musk passou uma mensagem contundente aos anunciantes. GETTY IMAGES via BBC Mark Gay, diretor de clientes da consultoria de marketing da Ebiquity, que trabalha com centenas de empresas, diz que não há sinais de que algum anunciante esteja voltando ao X. "O dinheiro saiu e ninguém parece ter uma estratégia para reinvestir na plataforma", aponta ele. Na sexta-feira (1/12), o gigante varejista Walmart anunciou que também não anunciaria mais no X. Depois que Musk usou palavras contundentes para reagir a esse movimento dos anunciantes — em que ele mandou as empresas para "aquele lugar" — o empresário ainda fez uma menção direta a uma das empresas. "Olá, Bob", disse ele — uma referência ao presidente-executivo da Disney, Bob Iger. Quando Musk coloca os executivos-chefes "na mira" dessa forma, eles ficam ainda mais reticentes em se envolver com o X, diz Lou Paskalis, da consultoria de marketing AJL Advisory. Jasmine Enberg, analista principal da consultoria Insider Intelligence, acrescenta: "Não é preciso ser um especialista em mídia social para entender que atacar publicamente e pessoalmente anunciantes e empresas que pagam as contas do X não será bom para os negócios." Então o X poderia realmente ir à falência? Se os anunciantes sumirem para sempre, o que Musk tem de trunfo? Quando ele foi entrevistado pela BBC News em abril, ficou claro que Musk entendia que as assinaturas no X não substituiriam o dinheiro da publicidade. "Se você tem um milhão de assinantes por, digamos, 100 dólares (R$ 492) ao ano, isso equivale a US$ 100 milhões. Esse é um fluxo de receita pequeno em relação à publicidade", estimou ele. Em 2022, a receita de publicidade do Twitter foi de cerca de US$ 4 bilhões (R$ 19,6 bilhões). A Insider Intelligence estima que este ano o valor cairá para US$ 1,9 bilhão (R$ 9,3 bilhões). Musk diz que Twitter perdeu 50% da receita de publicidade e continua com caixa negativo A empresa tem dois grandes gastos. O primeiro é a conta de pessoal. Musk já cortou X até o osso, ao demitir milhares de funcionários. A segunda é pagar os empréstimos que Musk contraiu para comprar o Twitter, que totalizam cerca de 13 bilhões de dólares (R$ 64 bilhões). A Reuters informou que a empresa agora tem que pagar cerca de US$ 1,2 bilhão (R$ 5,9 bilhões) em pagamentos de juros todos os anos. Se a empresa não puder bancar os juros dos empréstimos ou pagar o salário dos funcionários, então, sim, o X poderá realmente ir à falência. Mas esse seria um cenário extremo, que Musk certamente gostaria de evitar. A mudança da marca do Twitter por Elon Musk para X começou no final de julho de 2023. REUTERS via BBC Musk tem opções. De longe, a coisa mais simples seria investir mais dinheiro — mas parece que ele não quer fazer isso. Musk poderia tentar renegociar com os bancos, de modo a ter acesso a juros menos onerosos. Mas se a renegociação não funcionar e os bancos não receberem o dinheiro de volta, então a falência poderá ser a única opção e, nessa altura, os bancos poderão tentar pressionar para uma mudança de gestão da rede social. "Seria muito confuso e complexo", diz Jared Ellias, professor da Faculdade de Direito de Harvard, nos EUA. "E seria extremamente desafiador. Criaria muitas notícias porque ele seria constantemente deposto e teria que testemunhar em tribunal." Poderia ser terrível para a reputação empresarial de Musk e também teria impacto na forma como o empresário conseguiria obter empréstimos no futuro. E, num cenário de falência, o X simplesmente sairia do ar? "Acho isso muito difícil de acreditar nisso", diz Ellias. "Se isso acontecesse, seria porque Musk decidiu. Mas, mesmo assim, se ele fizesse isso, os credores teriam a opção de levar a empresa à falência, nomear um administrador e retomar a plataforma", antevê ele. O que vem a seguir para Musk? A solução óbvia para todos estes problemas do X é simplesmente encontrar outro fluxo de receitas — e rápido. Musk certamente está buscando isso. Ele lançou um novo serviço de chamadas de áudio e vídeo. No mês passado, Musk fez transmissões jogando videogame pela plataforma — ele espera que o X possa competir com aplicativos que já fazem isso, como a Twitch. Ele quer que o X se torne o "aplicativo de tudo", que cubra desde bate-papos até pagamentos online. De acordo com o jornal americano The New York Times, que obteve a apresentação de Musk a investidores no ano passado, o X deveria arrecadar US$ 15 milhões (R$ 73 milhões) a partir de um sistema de pagamentos ainda em 2023. Ele estimava que esse valor subiria para cerca de US$ 1,3 bilhão (R$ 6,4 milhões) em 2028. O X também possui um enorme banco de dados — e seu vasto arquivo de conversas pode ser usado para treinar robôs. Musk acredita que esses dados são extremamente valiosos. LEIA TAMBÉM: Vazamento de dados pessoais: veja como se proteger e o que fazer se for vítima Twitter define limite temporário em meio a 'briga' de Musk com ChatGPT e outros robôs contra raspagem de dados; entenda Além do X: veja 10 mudanças no Twitter sob o comando de Elon Musk Então o X ainda tem muito potencial. Mas, no curto prazo, nenhuma dessas opções preenche o buraco financeiro deixado pela saída dos anunciantes. É por isso que a resposta ferina de Musk foi tão desconcertante para muitos. "Não tenho nenhuma teoria para explicar que essas declarações fazem sentido", diz Paskalis. "Existe um modelo de receita na cabeça [de Musk] que me escapa." 5 pontos sobre a crise do Twitter

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