A COVID vai passar, mas você tem que continuar.
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Não resta dúvida de que essa é a pior crise que nossa geração já viveu. Se não bastasse o receio de ser ou ter algum parente, amigo ou colaborador contaminado, ainda houve a paralização da economia que custou a saúde e a vida de milhares empresas e o emprego de milhões de pessoas. Mas a história mostra que as crises passam, e a COVID vai passar.

Aliás, já está passando. Na verdade, muitas empresas, mesmo do setor de ferro e aço, foram beneficiadas ou nem sofreram efeitos do que aconteceu de março para cá. O que fazer, então, para enfrentar essa situação e implementar processos que ajudem sua empresa a passar por esse momento e sair dele mais forte?

Embora não haja uma fórmula mágica, a verdade é que antigas práticas muitas vezes ignoradas são a resposta para todas as situações, inclusive esta. Basta voltarmos à cartilha e fazermos direito tudo aquilo que a correria nos obriga a deixar para depois. As tarefas sugeridas abaixo, que estão sendo observadas em algumas empresas do ferro e aço, certamente podem ajudar você também.

1 – Faça Prospecções e Follow ups.

Sim! Muitos clientes continuaram comprando normalmente durante o isolamento e as empresas que continuaram procurando estes clientes venderam muito! Nesse caso, os vendedores foram incentivados a manter uma rotina de prospecção de novos clientes e contatos com clientes da carteira para “empurrar” vendas ao invés de simplesmente “esperar” que eles viessem. Assim, quem está prospectando está vendendo e, acredite, alguns estão vendendo até mais do que antes da crise.

2 – Incentive seu vendedor e dê a ele ferramentas de trabalho.

Se o vendedor tem ferramentas adequadas e sabe que vai ganhar mais quando a qualidade da venda é maior, é claro que vai produzir mais. Então, por que não verificar se sua equipe de vendas tem as ferramentas mais adequadas e faz o melhor uso delas? Já pensou em comissionar o seu vendedor pela qualidade da venda, considerando coisas como mark-up obtido, prazo de pagamento concedido, atingimento de metas, etc.?

3 – Estabeleça Metas.

Tem um ditado que diz que “para quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve”. Isso também é verdade na hora de vender durante uma crise. Alguns empresários resolveram ignorar as predições de que a economia iria despencar. Eles mantiveram suas metas mais ambiciosas, apresentaram essas metas à sua equipe, se prepararam, e estão se dando muito bem. Certamente, quem não fez isso, está “andando por qualquer caminho”, e não tem ideia de para onde vai.

Para tanto, você precisa de um ERP que o ajude a estabelecer e acompanhar o grau de atingimento dessas metas. E que também é muito importante, premiar sua equipe melo atingimento delas.

4 – Acompanhe e Controle seus Custos.

Como quem acaba definindo os preços é o mercado, então a você caberá controlar os custos. Além de boas ferramentas de T.I. você precisa de uma equipe que faça os lançamentos corretamente e de um gestor que saiba gastar. Além dos custos de reposição da mercadoria, você precisa ter um excelente controle das despesas, custos da folha de pagamento, etc. Para tanto, analise seus relatórios de resultados todos os dias. Acompanhe seu fluxo de caixa. Evite a armadilha de dar mais prazo de pagamento a seus clientes do que você recebe de seus fornecedores e, se não tiver outro jeito, então saiba compensar isso. Se você não tem um ERP com ferramentas que lhe dão essa visão, fale conosco.

Você tem as ferramentas certas?

A verdade é que sem as ferramentas certas fazer tudo isso fica muito mais difícil. Assim, se quiser ajuda, podemos orientá-lo. E se você já é nosso cliente e não está fazendo nada disso, também podemos ajudá-lo com treinamentos e orientações.

Portanto, não deixe a crise destruir seu negócio, muitas vezes trabalho de gerações de sua família ou de anos de sua vida. Lembre-se, a COVID vai passar e, quando passar, você e sua empresa precisam estar lá. E nós já estamos aqui para ajudar você.

NOTÍCIAS

+Milionária, concurso 187: prêmio acumula e vai a R$ 15 milhões


11 apostas acertaram cinco dezenas e um ou nenhum trevo e vão levar R$ 27.739,58 cada. +Milionária Rafael Leal /g1 O sorteio do concurso 187 da +Milionária foi realizado na noite deste sábado (5), em São Paulo, e nenhuma aposta acertou a combinação de seis dezenas e dois trevos. Com isso, o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 15 milhões. De acordo com a Caixa Econômica Federal, 11 apostas acertaram cinco dezenas e um ou nenhum trevo vão levar R$ 27.739,58 cada. Nenhuma aposto teve 6 acertos e 1 ou nenhum trevo. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: Dezenas: 14 - 19 - 25 - 39 - 42 - 43 Trevos: 2 - 3 Os outros ganhadores foram: 4 acertos + 2 trevos - 45 apostas ganhadoras: R$ 2.235,42 4 acertos + 1 ou nenhum trevo - 616 apostas ganhadoras: R$ 163,30 3 acertos + 2 trevos - 982 apostas ganhadoras: R$ 50,00 3 acertos + 1 trevo - 8603 apostas ganhadoras: R$ 24,00 2 acertos + 2 trevos - 7976 apostas ganhadoras: R$ 12,00 2 acertos + 1 trevo - 68580 apostas ganhadoras: R$ 6,00 O próximo sorteio da +Milionária será na quarta-feira (9). +Milionária, concurso 186 Reprodução/Caixa +Milionária: veja como jogar na loteria da Caixa aA Sobre a +Milionária As chances de vencer na loteria são ainda menores do que na Mega-Sena tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois “trevos”. (veja no vídeo mais abaixo) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que chegam a R$ 83,1 mil. A +Milionária teve seu primeiro sorteio em maio de 2022. Na época, a Caixa informou que ela foi a primeira modalidade "a oferecer prêmio mínimo de dois dígitos de milhões". Cada concurso distribui o valor mínimo de R$ 10 milhões. Saiba mais aqui. Além disso, a +Milionária se destaca por ter dez faixas de premiação. São elas: 6 acertos + 2 trevos 6 acertos + 1 ou nenhum trevo 5 acertos + 2 trevos 5 acertos + 1 ou nenhum trevo 4 acertos + 2 trevos 4 acertos + 1 ou nenhum trevo 3 acertos + 2 trevos 3 acertos + 1 trevo 2 acertos + 2 trevos 2 acertos + 1 trevo

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Mega-Sena, concurso 2.783: uma aposta acerta as seis dezenas e leva sozinha mais de R$ 52 milhões


Veja os números sorteados: 07 - 30 - 38 - 39 - 43 - 54. A quina teve 76 apostas ganhadoras que vão levar mais de R$ 55 mil cada. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 O sorteio do concurso 2.783 da Mega-Sena foi realizado na noite deste sábado (5), em São Paulo. Uma aposta acertou sozinha as seis dezenas e levou R$ 52.087.219,70. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 07 - 30 - 38 - 39 - 43 - 54 6 acertos - 1 aposta ganhadora, R$ 52.087.219,71 5 acertos - 76 apostas ganhadoras, R$ 55.341,23 4 acertos 4.607 apostas ganhadoras, R$ 1.304,20 Isso significa que a Mega-sena não acumulou após o concurso 2783. Mega-Sena, concurso 2783 Reprodução O próximo sorteio da Mega será na terça-feira (8). Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.

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TRF-1 derruba liminar e volta a barrar bets credenciadas na Loterj

AGU ingressou com o recurso contra a decisão de primeira instância, argumentando que ela invade a competência federal e enfraquece o processo de regulamentação do setor de apostas. O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) suspendeu nesta sexta-feira (5) a decisão da Justiça do Distrito Federal que permitia a atuação em todo o país de casas de apostas credenciadas apenas no Rio de Janeiro. A suspensão será mantida até o julgamento do recurso apresentado pela Advocacia-Geral da União (AGU). A AGU ingressou com o recurso contra a decisão de primeira instância, argumentando que ela invade a competência federal e enfraquece o processo de regulamentação do setor de apostas, conduzido pelo governo federal. A decisão inicial havia autorizado a operação das casas de apostas, as "Bets", sem que elas passassem pelo processo de inscrição federal, que busca regularizar e fiscalizar o setor. O Ministério da Fazenda, responsável pela regulamentação, concluiu na semana passada a primeira fase do credenciamento das empresas que desejam atuar legalmente no mercado brasileiro. No entanto, as Bets que recorreram à Justiça do Distrito Federal preferiram manter seu registro apenas no estado do Rio de Janeiro, sob a tutela da Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj), evitando a regulação nacional. A AGU argumenta que o edital da Loterj não cumpre a exigência legal de que as apostas sejam realizadas fisicamente no Rio de Janeiro, baseando-se apenas em uma declaração dos apostadores, o que fragiliza o sistema de controle. Um estudo do Banco Central, divulgado em setembro, mostrou que o volume de apostas online tem crescido de forma significativa no Brasil, com sites de apostas movimentando quase R$ 22 bilhões apenas em agosto. O levantamento revela que a maioria dessas operações ocorre em plataformas que nem sequer estão registradas como empresas de apostas, levantando preocupações sobre a falta de fiscalização e proteção aos usuários.

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‘Acredito que o ministro Haddad está fazendo um bom trabalho’, diz Henrique Meirelles ao g1


Ex-presidente do Banco Central e ex-ministro da Fazenda lança o livro 'Calma Sob Pressão', que reconta aprendizados de sua trajetória. Ao g1, comenta sobre o atual estado atual das cadeiras que comandou na economia do país. ‘Acredito que o ministro Haddad está fazendo um bom trabalho’, diz Henrique Meirelles Na opinião de Henrique Meirelles, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, faz um bom trabalho na cadeira que ocupou entre 2016 e 2018. O ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central concedeu entrevista ao g1. “Ele está em um governo que tem uma visão de que o gasto público é o que conduz a economia, o crescimento e a criação de emprego. Ele tem consciência das limitações, dos riscos e dos custos dessa expansão fiscal”, diz Meirelles. O ex-ministro lembra que o cargo demanda uma costura entre a visão dos analistas e do mercado financeiro contra o que pensam os políticos — particularmente do partido do governo, o PT. “Ele tem que conviver com esses dois lados da equação. Ele está fazendo isso com habilidade, e conseguindo manter as contas em relativo controle”, afirma o ex-ministro. A principal mudança entre os tempos de Meirelles e de Haddad foi a mecânica do controle fiscal. Responsável pela criação do teto de gastos, o ex-ministro viu sua criação ruir em 2022, no governo de Jair Bolsonaro, e ser substituído pelo arcabouço fiscal no primeiro ano do governo Lula, em 2023. Para Meirelles, o importante foi mantido: a gestão das contas públicas segue obedecendo a certos limites. “O teto de gastos era algo que colocava um limite mais direto e mais duro. Do meu ponto de vista, também mais eficaz”, diz. “De qualquer forma, é positiva a existência do arcabouço. Poderia ser melhor? Sim. Mas também poderia ser muito pior.” Meirelles lançou na semana passada o livro “Calma sob pressão: O que aprendi comandando o Banco de Boston, o Banco Central e o Ministério da Fazenda”. Nele, conta suas memórias ao ocupar os cargos mais relevantes da economia e avalia os desafios. Você pode conferir a íntegra da entrevista no vídeo abaixo ou ler nesta reportagem. Ex-ministro Henrique Meirelles concede entrevista ao g1 sobre novo livro; veja íntegra Em seguida, há um resumo de melhores momentos, em que Meirelles comenta: Sobre o episódio favorito de seu novo livro Sobre quem tem o trabalho mais difícil: Haddad ou Campos Neto? Sobre o maior desafio do BC hoje em dia Sobre se Galípolo vai enfrentar confronto com Lula no BC Sobre a reforma administrativa Sobre o futuro da economia brasileira Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central, concede entrevista ao g1 Fábio Tito/g1 Sobre o episódio favorito de seu novo livro A crise de 2008 foi um evento muito interessante. Muito grave e, ao mesmo tempo, muito gratificante porque nós enfrentamos muito bem. A economia americana entrou em colapso, até que todas as linhas de crédito internacionais para o Brasil — que representavam mais de um quarto do total de crédito — de importação, de exportação, tudo foi paralisado. O Brasil entrou em uma crise de crédito e uma recessão fortíssima. Felizmente, tínhamos recursos para enfrentar isso porque tínhamos feito uma acumulação de reservas importantes no Banco Central. Mas aí apareceu um outro problema, dos chamados derivativos tóxicos. As empresas vendiam o dólar a descoberto — isto é, sem ter o dólar —, apostando que o dólar ia cair, para ganhar com isso. Mas o dólar começou a subir com a crise, dando um prejuízo brutal. E era difícil descobrir qual era o tamanho do problema. Conversei com muitos banqueiros centrais e dimensionei o total de US$ 40 bilhões. Em outra coletiva de imprensa, disse que o Banco Central ia entrar no mercado vendendo o dólar futuro — isto é, na posição oposta a essas companhias. Eu anunciei: “Olha, o BC vai entrar vendendo dólar futuro e vai entregar futuros no mercado de derivativos aqui, na bolsa.” A pergunta dos jornalistas foi: “Quanto?” Eu disse: “Nosso limite é vender, hoje, até US$ 50 bilhões.” O mercado acalmou, o dólar derreteu. Resolveu a crise. E esse conjunto de ações fez com que o país, que tinha entrado em recessão, já saísse e já entrasse, em janeiro de 2009, em uma rota de crescimento. Sobre quem tem o trabalho mais difícil: Haddad ou Campos Neto? São trabalhos bem diferentes, e com desafios diferentes. O BC tem um instrumento mais decisivo, que é a taxa de juros, e faz a gerência das reservas internacionais. São duas coisas muito importantes para o país. E o presidente do BC lida com os efeitos das decisões que toma. É um trabalho muito técnico, que envolve previsões de inflação, taxa de juros e atividade. O Ministério da Fazenda não tem instrumentos próprios de ação direta que possam influenciar a economia, a não ser a gerência das letras do Tesouro Nacional. Mas o Ministério da Fazenda lida basicamente com toda a estrutura política do país. Depende muito daquilo que é apresentado e aprovado no Congresso Nacional, e também do que o presidente da República pretende fazer. Tem que influenciar outras áreas do governo, muitas vezes por persuasão. Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central, concede entrevista ao g1 Fábio Tito/g1 Sobre o maior desafio do BC hoje em dia A questão dos atritos tende a acabar. É algo que pode dar mais conforto ao presidente Lula, que as pessoas que estão lá são nomeadas por ele. Ele não precisa ficar preocupado que alguma medida possa ter como finalidade prejudicar o governo. Particularmente, acho que o Roberto Campos Neto fez um bom trabalho. Mas é normal que o presidente fique meio preocupado com uma diretoria nomeada pelo Bolsonaro. Isso faz com que o grande desafio volte a ser aquilo que é a missão básica do BC: manter a inflação sob controle e dar condições para o país crescer no seu máximo potencial, sem exagerar. Quando exagera dá inflação, e dá problema. Sobre se Galípolo vai enfrentar confronto com Lula no BC Acho que a probabilidade disso é menor. A questão aí não é se o presidente concorda ou não com as decisões. No momento em que ele confia que o presidente do BC vai tomar decisões que possam prejudicar o governo, ele se tranquiliza. E aqui tem uma diferença importante: a questão não é exatamente um BC que vá tomar decisões para agradar o presidente, porque isso seria perigoso. Não acredito que isso vá acontecer. Mas, no sentido de que dá uma tranquilidade ao presidente de que, mesmo quando houver movimentos que ele não goste, ele tem uma tranquilidade de que aquilo está sendo feito por decisões técnicas, sem nenhum componente de ação política. Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central, concede entrevista ao g1 Fábio Tito/g1 Sobre o trabalho de Haddad no Ministério da Fazenda O ministro Haddad está fazendo um bom trabalho. Ele está em um governo que tem uma visão de que o gasto público é o que conduz a economia, o crescimento e a criação de emprego. Ele tem consciência das limitações, dos riscos e dos custos dessa expansão fiscal. Então, existe um meio-termo. É uma situação em que, de um lado, está o que os analistas e o mercado esperam de política fiscal e, do outro, o que os políticos, particularmente o partido dele, esperam da política fiscal. E ele tem que conviver com esses dois lados da equação. Ele está fazendo isso com habilidade, e conseguindo manter as contas em relativo controle. Recentemente, algumas coisas geraram uma preocupação maior, como criar uma despesa passando pela Caixa Econômica, de maneira que não entre no orçamento. Isso é negativo, um sinal negativo. Espero que seja controlado e que tenham sido situações pontuais. No caso, por exemplo, do governo Dilma, isso gerou problemas importantes. Então, eu acredito que a gestão fiscal, na medida em que continue obedecendo a certos limites, é positiva. O arcabouço fiscal é muito mais flexível, permite um crescimento real das despesas. O teto de gastos era algo que colocava um limite mais direto e mais duro. Do meu ponto de vista, também mais eficaz. De qualquer forma, é positiva a existência do arcabouço. Poderia ser melhor? Sim. Mas também poderia ser muito pior. Sobre a reforma administrativa Um modelo interessante é o do estado de São Paulo [Meirelles foi secretário da Fazenda do Estado de São Paulo entre 2019 e 2022]. O governo de São Paulo fez uma reforma administrativa que gerou um saldo orçamentário e de caixa para o governo de São Paulo de R$ 52 bilhões. Como? Fechando empresas que deixavam de ter finalidade, cortando determinados tipos de benefícios do funcionalismo público e tudo isso. Uma reforma administrativa desse tipo no governo federal poderia gerar algo muito maior. Se São Paulo foi R$ 52 bilhões, vamos imaginar algo na linha dos R$ 150 bilhões ou R$ 200 bilhões de diminuição de despesas obrigatórias e correntes do governo federal. Por exemplo, você pega as empresas que foram formadas há muitos anos atrás (...) para fazer alguma obra ou algum projeto que não foi executado. A empresa continua existindo, com funcionários, com prédio, com despesa de luz, água, telefone, automóvel, etc. Então, uma reforma administrativa iria fechar esse tipo de empresa. Evidentemente que isso tem resistência. Os funcionários que estão nessa empresa não gostam disso e reagem a isso, protestam, etc. Tem que se enfrentar uma resistência importante. Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central, concede entrevista ao g1 Fábio Tito/g1 Sobre o futuro da economia brasileira A tendência da economia brasileira é ter esse crescimento entre 2,5% e 3%, que é o que tem acontecido — tem sido até mais para 3% do que para 2,5% mais recentemente —, mas, olhando à frente, vai ficar por aí. Não é o crescimento ideal, mas é um crescimento razoável. Ao mesmo tempo, temos uma perspectiva de uma inflação sob controle e um BC independente, o que ajuda dentro do processo de manutenção de uma economia estável e um crescimento também estável. Para termos uma mudança desse cenário, nós teremos que avançar. Por exemplo, uma reforma administrativa para gerar recursos que permitissem inclusive uma diminuição da carga tributária. Isso beneficiaria a economia. As reformas de produtividade também são muito importantes. Não se tem falado sobre isso, mas a reforma tributária também tem um efeito na produtividade. Seria muito importante que fizéssemos uma reforma tributária o mais simplificadora possível. Estudos do Banco Mundial mostram que uma das maiores questões da baixa produtividade do Brasil é exatamente uma tributação muito complexa. Partindo do pressuposto de que esse assunto não está sendo discutido, o crescimento é esse, de 2,5% a 3%. Vai ser mais de 3% dependendo da circunstância, e eventualmente menos. A vantagem? Não se prevê uma crise à frente. Crise sempre pode existir, mas não há necessidade de se prever uma crise no Brasil porque as coisas estão relativamente equilibradas. Além de que o Brasil é um país que tem uma democracia estabilizada, tem o Judiciário independente, Congresso independente, a imprensa independente. Então, tudo isso dá uma estabilidade para o país seguir essa rota, sem grandes oscilações.

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LISTA: veja as 10 motos novas mais vendidas do Brasil até setembro


Até o 3º trimestre de 2024 foram emplacadas 1.410.230 motos zero km no país, segundo a Fenabrave. As vendas continuam quase 20% maiores que o mesmo período de 2023. CG 160 é a moto mais vendida do Brasil divulgação/Honda O mercado de motos zero km continua bastante aquecido no Brasil em 2024. Até o terceiro trimestre deste ano foram 1.410.230 emplacamentos de motocicletas no país, segundo os dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). O crescimento é de 19,45% quando comparamos o resultado com os nove primeiros meses do ano passado. “O crescimento de quase 20% no ano está de acordo com as projeções da Fenabrave e é uma prova do fortalecimento desse mercado, favorecido, em boa parte, pelo custo de aquisição e de abastecimento mais baixos”, comenta Andreta Jr., presidente da Fenabrave. O executivo também reconhece que a alta demanda para uso comercial favorece as vendas. São principalmente entregadores de documentos e motociclistas que trabalham no delivery de comida. Em setembro, o número de emplacamentos teve uma queda de 4,4% em relação a agosto. Foram 156.607 emplacamentos, contra 163.880 motocicletas no mês anterior. Apesar de um mercado feroz de novas motos a combustão, os modelos elétricos seguem patinando no Brasil. A amostragem é bastante reduzida, mas a queda dos modelos movidos a bateria é de 18,98% no ano. No mês a mês, houve alta de 17,81% nos emplacamentos em setembro. “Este é um segmento que pode crescer nos próximos anos, no Brasil, mas ainda não se consolidou no mercado nacional”, comentou Andretta sobre as motos elétricas. As motos mais vendidas de 2024 Sem surpresa, a Honda CG 160 continua puxando o segmento com mais de 330,2 mil motos vendidas em nove meses deste ano. Só em setembro foram 37.423 novos emplacamentos. A Honda, inclusive, aparece nas seis primeiras posições das motos mais vendidas neste ano, com mais de dois terços do mercado nacional. Veja o top 10. Honda CG 160: 330.254 unidades; Honda Biz: 213.054 unidades; Honda Pop 110i: 122.703 unidades; Honda NXR 160: 115.317 unidades; Honda CB300F: 45.010 unidades; Honda PCX 160: 43.948 unidades; Mottu Sport 110: 42.603 unidades; Yamaha YBR 150: 38.755 unidades; Yamaha Fazer 250: 36.148 unidades; Yamaha XTZ 250: 35.344 unidades. Veja a fatia de mercado para cada marca. Honda: 69%; Yamaha: 17,93%; Shineray: 3,72%; Mottu: 3,02%; Haojue: 0,99%; Avelloz: 0,88%; Royal Enfield: 0,88%; BMW: 0,80%; Triumph: 0,61%; Kawasaki: 0,49%. Nova Shineray Storm 200 por R$ 18.990

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Mega-Sena pode pagar R$ 50 milhões neste sábado; +Milionária pode chegar a R$ 14 milhões


Apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 A Caixa Econômica Federal promove neste sábado (5), a partir das 20h, os sorteios dos concursos 2.783 da Mega-Sena e 187 da +Milionária. A +Milionária tem prêmio estimado em R$ 14 milhões. As chances de vencer na loteria são menores do que na Mega-Sena: para levar a bolada, é preciso acertar seis dezenas e dois trevos. (veja no vídeo mais abaixo) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que podem chegar a R$ 83.160,00. A +Milionária se destaca por oferecer o prêmio principal mínimo de R$ 10 milhões por sorteio e possuir dez faixas de premiação. Veja os detalhes: +Milionária: veja como jogar na loteria da Caixa Mega-Sena Já a Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 50 milhões para os acertadores das seis dezenas. No concurso da última quinta-feira (3), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.

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'Culto ao capacitismo' e isolamento: entenda a ação que condenou a Mercedes-Benz a pagar R$ 40 milhões por assédio moral


Segundo a denúncia ao MPT, há relatos de funcionários da fábrica de Campinas que eram chamados de 'vagabundos', 'gordo' e 'macaco'. Confira detalhes do processo e da decisão da Justiça do Trabalho. Funcionários da Mercedes-Benz em Campinas (SP). (foto de assembleia realizada em 2023) FEM-CUT/SP/Divulgação A ação que levou à condenação, na Justiça do Trabalho, da montadora Mercedes-Benz do Brasil, para pagar R$ 40 milhões em danos morais coletivos por conta de assédio a trabalhadores da fábrica de Campinas (SP), detalha as denúncias relacionadas à discriminação e isolamento de profissionais lesionados e que precisaram se afastar da rotina durante um período. A decisão, em segunda instância, é do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (TRT-15), e ainda cabe recurso da decisão ao Tribunal Superior do Trabalho (TST). Em nota, a Mercedes-Benz informou que "não comenta" processos que estejam em andamento e adota medidas de respeito, proteção, saúde e segurança de seus trabalhadores. A ação civil pública que levou à condenação da montadora foi ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), que recebeu denúncia do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região. O processo havia sido julgado improcedente na primeira instância e, agora, a Justiça do Trabalho acatou o recurso do MPT. De acordo com a sentença, assinada pelo desembargador relator Luis Henrique Rafael, os funcionários que voltavam do afastamento temporário eram isolados e proibidos de desempenhar qualquer atividade, além de serem submetidos a humilhações e xingamentos de colegas e chefias imediatas, no que o juiz chamou de "culto ao capacitismo". Entenda ponto a ponto a denúncia e a ação: Como começou? 'Gordo', 'mijão', 'macaco': Quais eram as ofensas? Quais são as punições? Quais obrigações a empresa deve cumprir? Como começou? De acordo com a denúncia do sindicato, as sequências de discriminações e assédio moral começavam a partir do momento em que os trabalhadores, que se lesionavam em alguma atividade dentro da planta da montadora, ficavam afastados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), e retornavam ao serviço. De acordo com o MPT, a prática acontecia na empresa desde 2015. A ação civil pública aponta ainda que as ofensas aos funcionários eram por: padrões estéticos, raça, origem, etnia e doença (por conta de alguma limitação ou lesão causada em atividades desempenhadas no trabalho). 'Gordo', 'mijão', 'ruim de serviço': quais eram as ofensas? Entre os xingamentos, estavam ofensas como "preguiçosos", "ruins de serviço", "vagabundo", "barrigudo" e "gordo". Há ainda relatos de funcionários que eram "massacrados" e perseguidos pela chefia após não conseguirem mais fazer a função que desempenhavam antes. Um dos trabalhadores chegou a ser chamado de "macaco filho da p***" e ouviu que não entraria nos Estados Unidos "por ser preto". Outro trabalhador foi isolado dos demais, segundo ele, por ser muito “articulado”. Os colegas de trabalho foram proibidos pela chefia de interagir com ele, para que não fossem “contaminados”. De acordo com a acusação do MPT, os encarregados da Mercedes colocaram um grupo de trabalhadores lesionados no meio do setor de produção, entre os demais trabalhadores, e os fazia abrir caixas de papelão, com a finalidade de humilhá-los. Em outras graves situações, um dos chefes do trabalhador lesionado teria afirmado que gostaria de acertá-lo com uma "12" (arma de fogo), e um outro metalúrgico, que tinha diabetes, chegou a urinar nas calças porque foi impedido pelo chefe de ir ao banheiro e passou a ser chamado de "mijão". "Verifica-se no comportamento reiterado da recorrida e seus prepostos verdadeiro culto ao "capacitismo", pretendendo estabelecer quais são os corpos adequados e suas possibilidades, assim como quais não são. Ressalta-se que referidas práticas revelam, inclusive, conduta tipificada no Art. 88 da Lei nº 13.146/2015, que reconhece como crime a discriminação em razão da deficiência. Aceitar as práticas incontroversamente realizadas como "fatos isolados", como defende a recorrida, representaria grave retrocesso social que obstaculizaria as garantias constitucionais aos direitos da PcD", diz o magistrado na sentença. Qual é a punição? Além do pagamento da indenização de R$ 40 milhões, os desembargadores determinaram o cumprimento de todas as obrigações pleiteadas pelo MPT sob pena de multa de R$ 100 mil por trabalhador vítima de assédio ou discriminação, ou multa diária de R$ 10 mil, a depender do item descumprido. No processo, a montadora defendeu que os fatos não representam a conduta da empresa, que adota protocolo de prevenção ao assédio no ambiente de trabalho e possui Código de Ética e Responsabilidade Social próprios, além de canais de denúncia. Quais obrigações a empresa deve cumprir? Com a condenação, a Mercedes-Benz deverá cumprir obrigações que incluem: Fim das práticas de assédio moral, especialmente contra os trabalhadores reabilitados; Elaboração de programas internos de prevenção ao assédio e discriminação (diagnóstico do ambiente de trabalho, adoção de estratégias de intervenção, treinamentos, palestras, etc); Instituição de processos de mediação e acompanhamento da conduta dos assediadores; Implementação de normas de conduta e de uma ouvidoria interna para tratar os casos de assédio, dentre outras. VÍDEOS: Tudo sobre Campinas e Região Veja mais notícias da região no g1 Campinas

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Saiba até quando pode ser sacado o dinheiro de bets não aprovadas pelo governo

Governo divulgou nesta semana lista de bets que começaram a se regularizar – e poderão seguir operando. Sites que nem sequer pediram a autorização serão banidos ainda este mês. Apostadores terão 10 dias para resgatar valores de bets irregulares, diz Haddad Apostadores que têm dinheiro depositado em empresas de aposta online irregulares têm até o próximo dia 11 para sacar os recursos. O prazo foi anunciado nesta semana pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Também nesta semana, o governo divulgou a lista das bets autorizadas a operar até o fim do ano. No início do ano, começa uma nova fase da regulamentação (veja a lista aqui). As que não estão na lista serão proibidas de operar e terão os sites derrubados – mas só a partir do dia 11, para que os apostadores possam sacar os valores depositados nesses serviços. "Quem não pediu credenciamento não vai poder operar desde já, vai ter 10 dias. Esses 10 dias são mais para o apostador do que para a casa de aposta, porque tem muita gente que tem recurso financeiro depositado na casa de aposta", explicou Haddad. "Então, os 10 dias é para a pessoa verificar se tem saldo e pedir a restituição. Caso contrário, nós já tiraríamos do ar imediatamente, mas não vamos fazê-lo pra proteger a poupança do eventual apostador", disse Haddad a jornalistas. O secretário da Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, Regis Dudena, afirmou que após os 10 dias de prazo as casas de apostas deverão se responsabilizar pela devolução dos valores. "É de responsabilidade das casas com dinheiro depositado providenciar a devolução. As casas com dinheiro depositado vão ter dever de devolver aos consumidores", afirmou. Haddad diz que 600 bets irregulares sairão do ar nos próximos dias Até 600 sites sairão do ar Nesta segunda-feira (30), o ministro Fernando Haddad afirmou que até 600 sites de apostas online serão banidos do Brasil nos próximos dias por apresentarem irregularidades em relação à legislação aprovada pelo Congresso Nacional. Ele recomendou que os jogadores resgatem os recursos nesses sites, para evitar que o dinheiro seja perdido. E anunciou que o governo adotará novas medidas e fiscalizará, de forma mais dura, regras que já estão em vigor – como o acompanhamento das apostas por CPF, a limitação das formas de pagamento e a regulamentação da publicidade das empresas. Segundo o ministro, a equipe econômica vai banir determinadas formas de pagamento para as apostas online, como os cartões de crédito e, também, o cartão do Bolsa Família. Somente em agosto de 2024, 5 milhões de beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões com as bets. A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão já instaurou um procedimento para verificar o impacto das apostas online nas pessoas em situação de vulnerabilidade social e econômica. Em outra frente, a pedido do diretor-geral Andrei Passos, a Polícia Federal abriu uma investigação preliminar para apurar a atuação de grupos internacionais suspeitos de lavar dinheiro no mercado de apostas esportivas. Regulamentação No fim do ano passado, o Congresso aprovou e o governo sancionou uma lei que regulamenta as apostas online no Brasil. A regulamentação traz uma série de regras para que essas empresas possam operar no país e estipula pagamento de impostos — o que hoje não acontece. Desde 2018, as apostas de quotas fixas, as bets, são autorizadas no Brasil. Mas a maioria desses sites de apostas hoje está hospedada em outros países e oferece seus serviços aos brasileiros pela internet. “Nós vamos ter total controle de quem são os apostadores, quais são os meios de pagamento que esses apostadores estão se utilizando. Nós vamos ter regras muito claras de combate à lavagem de dinheiro", afirmou Régis Dudena, secretário de prêmios e apostas do Ministério da Fazenda em entrevista ao Fantástico no início do mês. Com a regulamentação, a partir de janeiro de 2025 elas terão que estar hospedadas no Brasil, o que vai facilitar a fiscalização, de acordo com o governo. "Nós temos regras também de proteção do apostador. Sabemos qual é o volume financeiro que esses apostadores estão gastando nas casas de apostas. Elas vão ser monitoradas e elas vão ser fiscalizadas pelo Ministério da Fazenda”, completou.

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Juíza do AM rejeita recurso e Aneel marca reunião para votar venda de distribuidora ao grupo J&F na terça


A Amazonas Energia é a distribuidora responsável pelos serviços de energia no estado do Amazonas. Âmbar Energia – a empresa do grupo J&F, corre contra o tempo para aprovar a transferência de controle. Reunião de diretores da Aneel em 26 de março de 2024 Aneel/Youtube/Reprodução A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) marcou para a próxima terça-feira (8) uma reunião para aprovar a venda da distribuidora do Amazonas, a Amazonas Energia, ao grupo J&F, dos irmãos Wesley e Joesley Batista. A reunião extraordinária foi marcada pouco depois de uma decisão da Justiça Federal do Amazonas, que nega um recurso da Aneel contra determinação para aprovar a venda da distribuidora conforme a proposta do grupo J&F. Na decisão, a juíza Jaiza Maria Pinto Fraxe diz que há "inconformismo" da agência para aprovar a venda da Amazonas Energia (entenda mais abaixo). Na quinta-feira (3), a Aneel entrou com "embargos de declaração" contra a decisão da juíza que obrigava a agência a aprovar a venda da distribuidora conforme a proposta submetida pela Âmbar Energia – a empresa do grupo J&F. Integrantes da agência consideraram a decisão "confusa". Isso porque, ao determinar o seu cumprimento, Fraxe não esclarece exatamente o que deveria ser cumprido. Ao relatar o pedido judicial da Amazonas Energia, a decisão apenas sugere que a agência deveria aprovar, em até 24 horas, a venda da distribuidora do Amazonas conforme a proposta apresentada pelo grupo J&F. Nesta sexta-feira (4), quando rejeitou o recurso, a juíza disse que "resta claro que a irresignação revela tão somente o inconformismo da parte referente à obrigação de fazer". Fraxe prossegue: "Os presentes embargos se revestem, em verdade, em tentativa de se alterar o entendimento do Juízo em relação ao caso concreto." Âmbar Energia recusa termos da Aneel Plano aprovado Na terça-feira (1⁰), a Aneel aprovou o plano de transferência para a Âmbar. Contudo, os termos aprovados foram determinados pela área técnica, com custos menores aos consumidores, de R$ 8 bilhões. A Âmbar se recusou a assinar o contrato conforme os termos aprovados pela Aneel e, na quarta-feira (2), entrou com um recurso contra a decisão. Por força de uma decisão judicial, a Aneel votou a transferência da Amazonas Energia para a Âmbar na sexta-feira (27) e na terça-feira (1º). Dois votos foram apresentados: o diretor Ricardo Tili seguiu a área técnica, limitando o custo aos consumidores a R$ 8 bilhões – esse foi o voto vencedor; a diretora Agnes Costa seguiu a determinação judicial, aprovando a transferência de controle conforme o último plano submetido pela empresa, com custo de R$ 14 bilhões aos consumidores. Prazo apertado A Âmbar Energia corre contra o tempo para aprovar a transferência de controle. 🕐 Isso porque o governo Lula publicou uma medida provisória que prevê a venda da Amazonas Energia com flexibilizações de custos, transferidas ao consumidor, o que torna o negócio mais atrativo para a empresa. 🕐 Contudo, por falta de deliberação pelo Congresso, essa MP perde validade no próximo dia 10. Por causa da MP, os seguintes custos da distribuidora podem ser transferidos para a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) – paga por todos os consumidores: ▶️furtos de energia, que são altos no Amazonas; ▶️ônus com sobrecontratação involuntária --quando a distribuidora tem mais geração de energia contratada que o consumo de seus clientes; ▶️e outras despesas regulatórias, como custos operacionais e receitas irrecuperáveis (contas de consumidores inadimplentes). Pela decisão da Aneel, na última terça-feira (1º), esses custos seriam limitados a R$ 8 bilhões, mas a Âmbar Energia considera que as condições tornariam a recuperação da Amazonas Energia inviável. Entenda o impasse A Amazonas Energia é a distribuidora responsável pelos serviços de energia no estado do Amazonas. A empresa enfrenta uma crise financeira que levou à recomendação de cassação do contrato junto ao Ministério de Minas e Energia ANEEL discute transferência da Amazonas Energia pro Grupo Âmbar A Eletrobras detinha a concessão no estado. Após a Eletrobras sair do segmento de distribuição, o contrato foi assumido pelo Consórcio Oliveira Energia em 2019. "Mesmo após o processo de desestatização e garantido o atendimento aos dispositivos legais, regulamentares e contratuais aplicáveis, a distribuidora [Amazonas Energia] não conseguiu atingir níveis sustentáveis do ponto de vista econômico-financeiro", afirmou a Aneel em relatório de 2023. A extinção do contrato foi recomendada pela Aneel em novembro de 2023, após verificar que a empresa não tinha condições financeiras de manter a concessão. Ela tem uma dívida de R$ 10 bilhões. Uma medida provisória publicada em junho pelo governo previa uma mudança de controle da distribuidora. Pelo texto, os adquirentes teriam que apresentar um plano de transferência de controle societário, que deveria ser analisado e aprovado pela Aneel. A MP previa também tirar da Amazonas Energia um custo que ela tinha que arcar, por contrato, com o acionamento de usinas termelétricas no estado. A flexibilização das regras para a Amazonas Energia, por meio da medida provisória, foi uma forma de garantir a continuidade da prestação de serviços à população, ameaçada pela situação econômica da concessão. Em 28 de junho, a Âmbar Energia apresentou o plano para assumir o controle da distribuidora. O documento enviado à Aneel previa a compra da distribuidora pelos fundos Futura Venture e Fundo Milão, da J&F. Esse plano foi considerado insatisfatório pela área técnica da Aneel, por não solucionar o endividamento da empresa. Uma decisão judicial, da juíza Jaiza Maria Pinto Fraxe, deu à agência um prazo de 48 horas para que a Aneel aprovasse o plano apresentado em 28 de junho. Momentos de discussão A Aneel votou o tema em duas reuniões: ▶️na sexta-feira (27), a diretoria colegiada empatou na decisão, com dois votos a dois. Isso impossibilitou a aprovação da venda, como determinava a decisão da juíza Fraxe; ▶️na terça-feira (1º), o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, mudou seu voto e possibilitou a aprovação a venda da Amazonas Energia, conforme as determinações da área técnica da agência. Na ocasião, o diretor-geral informou que a Âmbar pediu uma reunião com a Aneel sobre a análise da área técnica, que foi aprovada "A empresa avaliou que, em um primeiro momento, precisaria avaliar melhor aquela proposta. Nem disse sim, nem disse não", declarou. Para Feitosa, a Aneel deu uma resposta administrativa ao impasse. "O desfecho: o que posso dizer é que estamos bem melhor do que estávamos na sexta-feira [27 de setembro]. Nós não temos a insegurança apenas de uma decisão judicial", declarou. Ainda na terça, a Âmbar disse que não tinha interesse em continuar com a compra da Amazonas Energia nos termos aprovados. No dia seguinte, informou que entrou com recurso na Aneel. Enquanto isso, a Amazonas Energia ingressou com um pedido na Justiça Federal para que a Aneel cumpra a decisão judicial aprovando o último plano submetido pela Âmbar, no dia 26 de setembro. Foi esse pedido que foi acolhido pela juíza Jaiza Maria Pinto Fraxe nesta quinta-feira (3). Valores 'insuficientes' Em nota, a Âmbar Energia afirmou que "os valores propostos pela nota técnica da Aneel nesta sexta-feira (4) não são suficientes para tornar economicamente sustentável uma empresa que perdeu R$ 40 bilhões em 25 anos, apesar de ter contado com diversas flexibilizações regulatórias e ter sido gerida por dois grupos econômicos". "A diferença de R$ 4,3 bilhões entre os planos da Âmbar e da área técnica representa um valor muito inferior aos gastos de até R$ 20 bilhões que recairão sobre os contribuintes caso a transferência de controle não ocorra", diz o texto. "Diante disso, a Âmbar confia que a diretoria da Aneel aprovará o plano de transferência nos termos apresentados pela empresa, garantindo uma solução definitiva e mais vantajosa para a população do Amazonas, os consumidores de energia de todo o país e a União", conclui.

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